Três anos de Primaveras Árabes

Três anos depois das “Primaveras Árabes”, o futuro destes países contínua incerto, enquanto a Síria está mergulhada numa guerra comandada por interesses exteriores. Quando tudo está em aberto, é pertinente fazer um balanço das revoltas, questionar e analisar como será o futuro do Médio Oriente e do Norte de África.

A Casa Árabe, AfrikPlay, ISCTE-IUL e o programa Visão Global da Antena 1, organizam um conjunto de três sessões, em três quartas-feiras seguidas, no mês de janeiro de 2014, no ISCTE-IUL.

A primeira, no dia 8, será um debate, gravado ao vivo para o programa Visão Global da Antena 1, entre quatro analistas, dois portugueses, um egípcio e um tunisino para falar das mudanças, das transições e transformações que estamos a assistir nesta zona do planeta.

As seguintes, nos dias 15 e 22, têm como mote um filme sobre as revoluções da Tunísia e do Egito, comentado por jornalistas que fizeram a cobertura das revoltas, portugueses que as viveram e árabes que estão em Portugal.

As sessões são abertas e livres, com tempo para perguntas e respostas com o público.

08.01.2014 | por franciscabagulho | primavera árabe

Universidade Kwame Ture - Plataforma Gueto

18.12.2013 | por martalanca | movimento negro, Plataforma Gueto

“Guiné-Bissau, Terra Sabi” e “Produtos, Técnicas e Saberes da Tradição Bijagó”

No âmbito da celebração do Dia do Consumo Nacional, que se a 20 de Dezembro, a Tiniguena realiza, em parceria com Artissal, Coajoq, No Kume Sabi e Kafo, organizações que integram o Grupo de Trabalho para a Promoção dos Produtos da Terra, um conjunto de atividades que decorrerão das 9H30 às 14H00 no Complexo do Espaço da Terra, sita nas dependências da sede da Tiniguena, no Bairro Belém.
Durante o evento, será lançado a 2ª Edição do Livro de Receitas da gastronomia tradicional guineense “Guiné-Bissau, Terra Sabi” e do 2º Caderno Cultural do CRET sobre “Produtos, Técnicas e Saberes da Tradição Bijagó”.

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16.12.2013 | por martalanca | Guiné Bissau, Tiniguena

As One ft WJ NHA LIFE ...

16.12.2013 | por martalanca | Guiné Bissau

Lil Pasta Sacerdote & Tchubilla: Paula Paula

16.12.2013 | por martalanca | kuduro

Nada Tenho de Meu, um diário de viagem no extremo oriente

16.12.2013 | por martalanca | viagem

A Kindumba da ANA: “Gente que se parece consigo mesma”

Imagem que explica a origem do nome “A Kindumba da ANA” em sua página no Facebook.Imagem que explica a origem do nome “A Kindumba da ANA” em sua página no Facebook.

Francisca Nzenze Meireles, a Chiquinha, é angolana e mora no Brasil há poucos anos. Seu interesse por ”cabelos naturais, curiosidade e amor aos cabelos naturais crespos” foi a inspiração para “A Kindumba da ANA”, seu primeiro trabalho de histórias em quadrinhos (HQs) que lhe trouxe destaque pelas tiras bem-humoradas e pela temática que sempre gira em torno de um personagem forte: o cabelo natural crespo. O nome ANA brinca com as iniciais de Angolanas Naturais e Amigos, um fórum online. As tiras podem ser acompanhadas na página da Chiquinha.


Francisca Nzenze Meireles, também conhecida como Chiquinha - “Na rua, vejo surgir aos poucos, outro modelo de gente. Gente que se parece consigo mesma”. Foto utilizada com permissão.Francisca Nzenze Meireles, também conhecida como Chiquinha - “Na rua, vejo surgir aos poucos, outro modelo de gente. Gente que se parece consigo mesma”. Foto utilizada com permissão.Na semana em que se comemora o 
Dia da Consciência Negra, conheça um pouco mais dessa artista, suas impressões sobre trabalhar entre diferentes culturas e sobre a afirmação das identidades. E, no espírito das lusofonias, aproveite para conhecer um pouquinho mais do sotaque e das coisas de Angola.

Global Voices em Português (GV): Fale um pouco sobre o cenário dos quadrinhos de Angola. (falamos em cenário, e não em mercado, para que não fique restrita ao mercado comercial. Ao contrário, preferimos que pense nos quadrinhos que te interessam). O que você leu e lê? O que você recomenda?

Chiquinha:
 Eu era leitora assídua de uma tirinhas Angolanas nos anos 90. O MANKIKO [en, pt], de Sérgio Piçarra, um Angolano. Era muito bom, mas já não existe. Aliás o mercado livreiro e editorial em Angola não é muito vivo. Não sei o que se produz agora. Fui convidada a participar de uma exposição de banda desenhada em Angola promovida pelo OLINDOMAR estúdios. Enviei alguns trabalhos, mas nem sei se foram expostos. Eles não voltaram a me contactar. Mas imagino que a banda desenhada, como se chamam os quadrinhos em Angola, estejam sim “vivos e bem de saúde”. Jovens talentosos lá há muitos! Problemas existem nas editoras.

GV: Seu trabalho começou em Angola e agora segue no Brasil. Isso mudou de alguma maneira a inspiração do dia-a-dia que alimenta seu trabalho?

Chiquinha:
 Em Angola eu tenho um livro infantil escrito e ilustrado por mim, mas não tinha nada feito nada parecido com ilustração em quadrinhos. Os quadrinhos A Kindumba da ANA começaram aqui mesmo no Brasil (onde hoje moro) a partir do meu interesse em cabelos naturais, curiosidade e amor aos cabelos naturais crespos. Foi quase por acaso que nasceu “a Kindumba da ANA”. Eu participava de um grupo do Facebook chamado Angolanas Naturais e Amigos, e lá se discutia muito sobre cabelos naturais.

Na conversa com outras meninas , sempre surgiam cenas do quotidiano engraçadas, chatas, polêmicas, tristes, alegres… enfim, como gosto muito de desenhar, decidi brindar algumas meninas com historinhas que teriam um final feliz e/ou engraçado. Assim nasceu a Kindumba da ANA.

O facto de estar no Brasil não mudou, porque a fonte de inspiração continua sendo cabelo crespo natural, e nada mais. Alguns episódios referem-se ao Brasil especificamente, mas sempre tendo o cabelo como protagonista principal.

A Kindumba da ANA. Tira em quadrinhos utilizada com permissão.A Kindumba da ANA. Tira em quadrinhos utilizada com permissão.

GV: Como é, para Chiquinha, trabalhar entre diferentes culturas?

Chiquinha:
 Eu não considero o Brasil tão diferente de Angola culturalmente falando. Aliás, Angola consome actualmente muita cultura do mundo inteiro. Principalmente os mais jovens. Nem a língua chega a ser um entrave à compreensão das tirinhas que faço. Aliás, a maioria dos fãs da Kindumba da ANA são Brasileiros. Não sei se porque a internet é mais acessível aqui no Brasil, ou se existem outros motivos para isso.

GV: Para os quadrinhos brasileiros, as possibilidades do mundo online e o aumento da participação de autores de outros cantos do país, fora do eixo Rio-São Paulo, parece estar levando a uma maior diversidade, com a inclusão de novos temas e outras visões de mundo nas obras que chegam aos leitores. Do seu ponto de vista, como estrangeira, acredita que é uma tendência? Como foi sua acolhida?

Chiquinha: 
Eu não conheço muitos quadrinhos Brasileiros. Conheço a Turma da Mônica, as charges do Laerte, Henfil… mas não sou leitora assídua de revistinhas em quadrinhos. Então não saberia responder se existe essa tendência de mudança e inclusão de novos temas.

Sobre a minha acolhida, devo dizer que a resposta tem sido bastante positiva. As pessoas gostam de se ver representadas. Eu tento dar à A.N.A uma personalidade leve e agradável, um tipo abordagem que permita que crianças e adultos considerem os cabelos naturais, simplesmente como eles são: cabelos naturais. A A.N.A vem para imprimir leveza a um tema que poderia facilmente ser revestido de polêmica.

A Kindumba da ANA. Tira em quadrinhos utilizada com permissão.A Kindumba da ANA. Tira em quadrinhos utilizada com permissão.

GV: Vivemos um tempo de afirmação das identidades em suas múltiplas variantes – etnia, gênero, religião, e outras. A manifestação dessas identidades é bastante perceptível online, e um dos exemplos é o seu próprio trabalho com A Kindumba da Ana. Entende que essa mudança consegue ultrapassar o mundo virtual e firmar-se nas ruas também.

Chiquinha:
 Acho que sim, e devo dizer que as redes sociais permitem que isso aconteça de um modo bastante abrangente. Eu mesma consegui voltar a usar o meu cabelo natural depois de pesquisar no You Tube o que fazer com o meu cabelo, porque eu de facto não sabia como cuidar dele. Não sabia o que usar, como pentear , estilizar, lavar… Depois foi o Facebook, troca de experiências, contacto com outras pessoas iguais a mim e a cada dia eu me sentia mais encorajada a perseguir um modelo meu, um modelo que não se vê na televisão , nas revistas, na literatura.

Na rua, vejo surgir aos poucos, outro modelo de gente. Gente que se parece consigo mesma. Gente que não quer se parecer com o padronizado da sociedade pré fabricada!

A Kindumba da ANA. Tira em quadrinhos utilizada com permissão.A Kindumba da ANA. Tira em quadrinhos utilizada com permissão.

Este artigo é parte da cobertura especial 20.11 – Dia da Consciência Negra. 
Leia a primeira entrevista: Estereótipos persistentes, preconceitos latentes: negros e histórias em quadrinhos no Brasil.

fonte: 
http://pt.globalvoicesonline.org/2013/11/21/a-kindumba-da-ana-gente-que-se-parece-consigo-mesma/

12.12.2013 | por herminiobovino | baía, Brasil, consciência negra

CICLO DE CINEMA - CINEMA E IMPÉRIO: CENSURA A FILMES DE AUTOR DURANTE O ESTADO NOVO - 12/13 DEZEMBRO - 17,30h - ENTRADA LIVRE

10.12.2013 | por raul f. curvelo | cinema, colonialismo português, Estado Novo, FILIPA LOWNDES VICENTE, instituto de ciências sociais, maria do carmo piçarra

Concerto Mamadou Sulabanku

10.12.2013 | por martalanca | Mamadou Sulabanku

YONAMINE | LUZ VEIO, LUANDA

 

 

 

 

 

 

Exposição de Yonamine

no Espaço Cultural Elinga Teatro

OPENING 11-12-13, 19H 

Largo Tristão da Cunha 17   Luanda, Angola 

05.12.2013 | por franciscabagulho | angola, arte contemporânea africana, yonamine

"Ciência ao serviço do Império: da "natureza exótica" à "sociedade colonial"

Aula aberta no ISEG no âmbito de um mestrado sobre ciência, inovação e economia, com comentários do Prof. João Caraça

29.11.2013 | por martalanca | ciência, colonialismo

artistas selecionados Prémio BES Photo 2014

DÉLIO JASSE (Angola)| JOSÉ PEDRO CORTES (Portugal)| LETÍCIA RAMOS (Brasil)

Esta é a 4.ª edição marcada pelo estatuto internacional que o prémio assumiu, não só pelo alargamento do âmbito da seleção dos artistas (que poderão ser de nacionalidade portuguesa, brasileira ou de um dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa); como pela itinerância da exposição (que, após a sua apresentação no Museu Coleção Berardo, viajará para o Brasil, para ser instalada no Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo).

A escolha de Délio Jasse, José Pedro Cortes e Letícia Ramos foi da responsabilidade de um júri de seleção representativo do triângulo geográfico referido, composto por Jacopo Crivelli Visconti(Brasil), crítico e curador independente; João Fernandes (Portugal), subdirector do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid; e Bisi Silva (Nigéria), fundadora e diretora do Centre for Contemporary Art, em Lagos, que analisaram o panorama expositivo da fotografia no período a que reporta o prémio (2013).

Segundo o júri, a nomeação de Délio Jasse (Angola) prende-se com «a apresentação de três trabalhos distintos, mas inter-relacionados, que exploram as formas como o passado continuam a ter impacto no presente. Estes vestígios do passado manifestam-se de maneiras diferentes: através da história colonial, como na série Além_Mar (2013); através da transformação da paisagem urbana (especialmente numa cidade como Luanda, que cresce a um ritmo fenomenal, com a arquitetura dos anos de 1950 e 1970 a ser apagada por novos edifícios), como em Arquivo Urbano (2013); ou apenas através de imagens de indivíduos encontradas pelo mundo fora, em feiras de objetos usados, como em Contacto (2012). Com a utilização de imagens encontradas aleatoriamente e de imagens de arquivos, Délio Jasse faz o tempo confluir de uma forma que nos confronta com a nossa própria efemeridade». 

Délio Jasse, Sem Título, 2010 Gelatina de Prata sobre Papel Fibra. Painel de 15 fotografias 50X40 cm (cada)Délio Jasse, Sem Título, 2010 Gelatina de Prata sobre Papel Fibra. Painel de 15 fotografias 50X40 cm (cada)

Para o júri, José Pedro Cortes (Portugal) «tem-se destacado com uma obra fotográfica que cruza o registo da vida urbana contemporânea com uma narrativa muito pessoal da intimidade e da anonímia na delimitação entre o espaço público e o privado, centrada na relação entre os lugares e as pessoas que os vivem. Costa, o projeto que apresentou no espaço Carpe Diem, em Lisboa, foi também selecionado para a European Exhibition Photo Award, apresentada em 2012 na Deichtorhallen, em Hamburgo.”  

Na opinião do Júri, o trabalho de Letícia Ramos (Brasil) «revela um amadurecimento da sua prática artística, evidenciado pelas recentes exposições no espaço Pivô, em São Paulo, e no Museu do Trabalho de Porto Alegre. Para ambas, a artista construiu aparatos que mostram o processo de criação de imagens ao mesmo tempo simples e sofisticadas, sugerindo também uma reflexão sobre a evolução do meio fotográfico.»

28.11.2013 | por franciscabagulho | délio jasse, fotografia, José Pedro Cortes, Letícia Ramos

Hoje é sempre ontem - um Rio de Janeiro, de DANIEL BLAUFUKS - lançamento I LISBOA

26 de Novembro, 22h na Barraca

26.11.2013 | por martalanca | Daniel Blaufuks, Rio de Janeiro

Artist Talks da residência Entre Trânsitos e Viagens

As Artist Talks da residência Entre Trânsitos e Viagens começam hoje no Arquivo Municipal Fotográfico.

Para mais informações ver aqui

26.11.2013 | por martalanca | residências artísticas

Colóquio Internacional "António Jacinto e a sua época. A modernidade nas literaturas africanas em língua portuguesa"

Anfiteatro 3 da Faculdade de Letras de Lisboa

CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

25.11.2013 | por martalanca | António Jacinto

OFFLINE - Entre trânsitos e Viagens

Os artistas participantes são: André Avelãs | André Cepeda | Andrea Brandão | Bianca Baldi (África do Sul) | Cristina Ribas (Brasil) | Eugénia Mussa | João Paulo Serafim | Kimathi Donkor (Inglaterra) | Krishna Luchoomun (Ilhas Maurícias) | Mauro Pinto (Moçambique)| Monica Frycova (República Checa / Islândia)  | Nayari Castillo (Alemanha / Venezuela) | Sérgio Afonso (Angola) | Tânia da Fonte | Vasco Costa

ver programa

OFFLINE é uma residência da Triangle Network, organizada pela associação artística e cultural XEREM em parceria com o Largo Residências e o Arquivo Municipal de Lisboa - Fotográfico. Artistas internacionais e nacionais participarão neste projecto, que se realiza na zona do Intendente - Martim Moniz, em Lisboa. A residência tem como objectivo oferecer aos artistas a oportunidade de pesquisar, produzindo fora do seu contexto habitual, criando novos campos de trabalho e possibilidades de explorar as particulariedades em site-specific, processos colaborativos e participativos. Pretende-se incentivar o processo criativo baseado no dia-a-dia e nas vivências partilhadas, promovendo o trabalho em rede entre os artistas. A residência apoia a produção experimental de novos trabalhos e promove a troca cultural com a disseminação de ideias e de conexões criativas com o público, um programa constituído por apresentações dos próprios artistas, eventos e um Open Day.

O âmbito conceptual do workshop dá um enfoque particular à experiência de viagem como um meio de produção pessoal e colectiva, como um lugar entre o sonho, fantasia, ficção e realidade. O termo “off line” refere-se à experiência de “estar fora”, em silêncio, numa procura exterior aos circuitos fixos. Estar “off line” representa também estar “fora de linha”, “desalinhado”, alheio ao sistema. A experiência do turismo, nomadismo, diáspora, alteridade e imigração tem em si estas referências de ausências espaciais. “Off line” é assim o espaço entre as partidas e as chegadas, o silêncio entre as palavras, entre o trânsito e a viagem.

Largo Residências - Largo do Intendente, nº19 Arquivo Municipal Fotográfico - Rua da Palma, nº246 Carpintaria São Lázaro - Rua de São Lázaro, nº72

Coordenação: Mónica de Miranda | Susana Anágua I Andreia Páscoa

21.11.2013 | por martalanca | residências artísticas, viagens, Xerem

Novos Poderes, 4.º Observatório de África, América Latina e Caraíbas

Foto de James Bey, Future Next Exit Highway Road Sign, 2010.Foto de James Bey, Future Next Exit Highway Road Sign, 2010.

Novos Poderes, 4.º Observatório de África, América Latina e Caraíbas

Inserido no programa PRÓXIMO FUTURO da Fundação Calouste Gulbenkian, coorganização e coordenação: UNIPOP

O objetivo deste ciclo é discutir experiências históricas e atuais que contribuam para a inventariação de diferentes tipos de relações de poder. Trata-se de um programa que atravessa tanto os domínios da arte e da cultura como da política e da economia, convocando acontecimentos políticos, movimentos estéticos e debates teóricos e focando objetos tão diversos como textos literários, ações políticas, imagens cinematográficas, correntes académicas ou fluxos mercantis.

Será dedicada particular atenção às dinâmicas de territorialização implicadas nas relações de poder, da expansão colonial ao processo de globalização, da formação das metrópoles à transformação da natureza.

O programa inspira-se tanto na crítica à dominação colonial sobre territórios e sociedades africanas, asiáticas e sul-americanas como na contestação e nas alternativas que nesses mesmos contextos se têm afirmado, quer face às novas formas de dominação ocidental quer face aos poderes instituídos no contexto pós-colonial.

De 8 de fevereiro a 24 de maio de 2014 | 15h

Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian (Av. Berna, 45-A, Lisboa)

Entrada livre mas limitada aos lugares disponíveis: inscrição necessária através do email: cursopcc@gmail.com.   Mais info e programa completo.

20.11.2013 | por franciscabagulho | ...

Momentos de Luanda: Três Abordagens à Cidade, de 25 a 30 Nov., LUANDA

Exposição, debates e mesa redonda que apresentam os projectos Observatório da Chicala,Beyond Entropy Angola La Modernidad Ignorada. Os eventos realizam-se entre os dias 25 e 30 de Novembro de 2013 no anfiteatro do Departamento de Arquitectura.

Mais infos e programa aqui.

20.11.2013 | por franciscabagulho | arquitectura, Luanda, urbanismo

Memórias do Esquecimento

This film, shot in 2008, explores how memory of slavery intersects with life experience, black affirmation and urban reconversions in contemporary Rio de Janeiro. Despite the central place that Rio de Janeiro played in the Atlantic slave trade until the end of the 19th century, traces of this past have for long looked hidden in the urban landscape. This forgetting is not simply a random phenomenon, it also relates to the myth of racial democracy as an ideal that has actively tried to downplay racial inequalities in Brazil in the name of national mixture. Albeit little visible, the memories of a slave past are not deleted completely. They emerge ambiguously, but also powerfully, in the daily life of Tia Lúcia and Alder, the main characters of this film.

19.11.2013 | por martalanca | escravidão, Rio de Janeiro

COLÓQUIO INTERNACIONAL CONHECIMENTO E CIÊNCIA COLONIAL

Fábrica de Braço de Prata Lisboa, 26-29 

Colóquio internacional Conhecimento e Ciência Colonial resulta de uma parceria entre o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa e o Centro de História do Instituto de Investigação Científica Tropical, e visa promover um fórum de reflexão e discussão sobre a natureza do papel da ciência no contexto colonial e a sua relevância numa perspetiva pós-colonial. O encontro pretende juntar investigadores e especialistas, nacionais e internacionais, na área das ciências naturais, sociais e humanas para incentivar um debate em torno desta temática que, na última década, tem vindo a ganhar visibilidade.
A relação entre a ciência pós-Iluminista e a questão do progresso, do desenvolvimento e da modernização, trouxe um debate cada vez mais intenso sobre os conceitos, valores, ações e consequências da sua prática num contexto colonial que pretende explorar a reciprocidade e proximidade entre o Estado-nação moderno e a ciência e as suas instituições. Por sua vez, nas últimas décadas, a existência de uma ciência dita colonial com características específicas, inovadora e adaptada ao meio colonial, distinta da sua congénere metropolitana, ganhou um espaço próprio de discussão. O debate centrou-se na avaliação das relações entre a ciência ‘moderna’, produzida nas metrópoles e nas colónias, e os saberes ‘tradicionais’, em áreas tão diversas como a gestão dos recursos naturais, a agricultura, a alimentação, a medicina, a arquitetura, as armas e o mundo das artes. Neste sentido, o intercâmbio e a circulação de diferentes corpus de conhecimento, dentro e fora do espaço colonial, colocou a hipótese de formas híbridas e dinâmicas de saberes com trajetórias não-lineares na agenda académica, realçando a necessidade de analisar o conhecimento num quadro pluralista, transcultural e interdisciplinar. O tema da ciência no contexto colonial desperta assim uma série de interrogações sobre as relações complexas entre esta, as colónias e os impérios, que o colóquio tentará certamente desvendar.
Será que existiu uma ‘ciência colonial’? Qual a relação entre a ciência colonial e o conhecimento científico? Como é que a ciência colonial contribuiu para o discurso sobre e a imagem do outro, o colonizado, mas também do próprio colonizador? Qual a contribuição da ciência para a formação e consolidação do Estado Colonial? Em que medida é que a ciência foi subordinada ao poder político e posta ao serviço do colonialismo? Até que ponto as colónias serviram com laboratórios para a ciência e quais foram os limites da ciência dentro do projeto colonial? Quais as operações epistemológicas levadas a cabo? Como é que ciência criou raízes nas colónias e foi transmitida através do ensino? Qual a contribuição dos cientistas nascidos nas colónias? Existe uma quebra ou uma continuidade quanto ao papel da ciência entre o período colonial e pós-colonial?…

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19.11.2013 | por martalanca | ciência colonial, colonialismo