Filhos da Independência angolana

Filhos da Independência angolana São uma geração de “transição”. Cresceram ainda sob influência de uma geração educada em regime colonial, a Guerra civil faz parte das suas memórias de infância e juventude, e hoje têm praticamente a mesma idade de Angola, enquanto país livre e soberano. Passados 35 anos da Independência de Angola, e oito anos da chegada da Paz, como olham para o país os jovens angolanos que nasceram na década de 1970?

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26.11.2010 | por Joana Simões Piedade

Cine-Teatro Monumental - Palco de memórias

Cine-Teatro Monumental - Palco de memórias Durante largos anos, o Monumental é o único cinema a funcionar em Benguela. Só mais tarde surgem o Cine-Benguela e o Kalunga. Na altura da independência, passa a ser propriedade do Estado e após décadas a marcar gerações, entra em decadência durante a guerra. Em 2004 volta a abrir as portas. O primeiro filme projectado, em DVD, é “Matrix”. A casa enche com bilhetes a 50 kz, mas o preço é incomportável e a afluência diminui.

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25.11.2010 | por Maria João Falé

O Cheiro da Feijoada

O Cheiro da Feijoada Preta-velha lavadeira, enquanto lava roupas, relembra uma feijoada que foi feita no tempo da escravidão e traz a tona fatos da história do Brasil, da formação do nosso povo. Iléa Ferraz dirige e interpreta sete personagens neste monólogo musical. a trilha sonora do espetáculo composta de Sambas, xotes e um inusitado funk.

Palcos

23.11.2010 | por Iléa Ferraz

Sobre a exposição "Angola Figuras de Poder"

Sobre a exposição "Angola Figuras de Poder" Se o escritor e poeta francês Paul Valéry fosse vivo, ele só teria de atravessar a rua: aquela que foi a sua casa está mesmo defronte do museu Dapper. Durante meses, poderia entrar, visitar minuciosamente a exposição, compreender como é que o poder político, o poder mágico-religioso e o poder artistico e cultural estão representados. Antes de sair do museu, Paul Valéry poderia ir ainda ao restaurante e comer um “calulu à la française”: e essa hoje muito provavelmente já nem seria até uma hipótese, mas sim um facto, porque a exposição “Angola, figuras de poder” é um acontecimento.

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23.11.2010 | por Adriano Mixinge

Angola: dicas para o sucesso da 1 milhão de casas

Angola: dicas para o sucesso da 1 milhão de casas Em Luanda vive um terço da população de Angola. O desafio de se construir um milhão de fogos em 4 anos poderá constituir uma viragem de página, quer na redução dos preços exorbitantes das habitações, permitindo o surgimento de uma indústria de materiais de construção, quer no reforço institucional na interacção das administrações municipais, imobiliárias e ordens profissionais.

Cidade

22.11.2010 | por Ilídio Daio

Carlos Cardoso foi morto há dez anos

Carlos Cardoso foi morto há dez anos A 22 de Novembro de 2000, o jornalista Carlos Cardoso foi assassinado a tiro numa rua de Maputo quando seguia para casa após um dia de trabalho. Moçambique perdeu um jornalista sem medo, comprometido com a verdade e a justiça. Tinha 48 anos.

Cara a cara

22.11.2010 | por Nuno Milagre

Narrativas comunitárias e pré-textos identitários - O caso Malé

Narrativas comunitárias e pré-textos identitários - O caso Malé A partir da análise de um escrito malê, se pretende aqui, apreender a estrutura discursiva subjacente a todo projeto comunitário e desvelar a dimensão narrativa que ‘modela’ seu ethos e o inscreve no mito fundador responsável por seu enraizamento no passado e sua projeção para o futuro. Uma das teses defendidas neste trabalho é relativa à dupla virtualidade de todo projeto comunitário: de um lado, no sentido da precedência de sua pregnância e potencialidade discursiva sobre sua manifestação material concreta e, por outro, precisamente no caso religioso, enquanto “práxis” e “poiesis” a-espaciais e atemporais instituídas numa fala original e uma narratividade primordial, eterna e onipresente.

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21.11.2010 | por Mohammed ElHajji

Não é sobre você que devemos falar

Não é sobre você que devemos falar "Caçadas de Pedrinho", publicado em 1933, teve origem em "A caçada da onça", de 1924. Portanto, poucas décadas após a abolição da escravatura, que aconteceu sem que houvesse qualquer ação que reabilitasse a figura do negro, que durante séculos havia sido rebaixada para se justificasse moralmente a escravidão, e sem um processo que incorporasse os novos libertos ao tecido da sociedade brasileira. Os ex-escravos continuaram relegados à condição de cidadãos de segunda classe e o preconceito era aceito com total normalidade.

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21.11.2010 | por Ana Maria Gonçalves

A arte da felicidade é uma soma de cores noctívagas - sobre Roberto Chichorro

A arte da felicidade é uma soma de cores noctívagas - sobre Roberto Chichorro Destes quadros soltam-se notas de jazz e marrabenta; ouvem-se timbilas de Zavala por detrás de um certo cantar de “blues”; Jamelão, o velho e amado sambista brasileiro (ou será Martinho da Vila, ali naquela esquina?), mascara-se de Arlequim para nocturnas serenatas, jorrando pássaros − pássaros-garimpeiros de luas antigas e dos segredos do seu ouro esvoaçado e límpido − sobre a «Espera em noite dourada» ou sobre a «Janela com gato e mulher de vermelho», nesse «Fim de Carnaval para jantar de peixe frito». E eis o tom de voz e o dom desta pintura − que é pura música fluindo das suas cores e formas −, onde a felicidade assenta, faz morada, e pelo olhar se nos vem sentar à mesa dos sentidos.

Cara a cara

20.11.2010 | por Zetho Cunha Gonçalves

"Fora de campo" – sobre o Arquivo de Cinema de Moçambique.

"Fora de campo" – sobre o Arquivo de Cinema de Moçambique. O projecto "Fora de Campo" propõe olhar o Arquivo de Cinema de Moçambique através das práticas materiais e simbólicas da sua própria estrutura de memória. O arquivo é entendido como um corpo autónomo mas simultaneamente dependente de uma cadeia de ideologias associadas à condição tecnológica e política que a máquina moderna do cinema implicou.

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19.11.2010 | por Catarina Simão

Quem foi o Joãozinho das Garotas? conversa com Zézé Gamboa sobre o "Grande Kilapy"

Quem foi o Joãozinho das Garotas? conversa com Zézé Gamboa sobre o "Grande Kilapy" Encontrámo-nos há dois anos em Ipanema, Rio de Janeiro, onde Zézé Gamboa e alguns membros da equipa passam uns dias de descanso depois de intensa rodagem depois de terem filmado em Portugal e na Paraíba brasileira. Prepara-se “Grande Kilapy”, um filme que conta a história do Joãozinho das Garotas, um angolano que no tempo colonial dá um golpe nas finanças coloniais e espelha bem as incoerências de um regime. É hora de fazer o balanço desta experiência e dar a conhecer alguns aspectos do trabalho do mais consistente realizador angolano. Entretanto o Grande Kilapy acaba de estrear no Festival de Cinema de Toronto, com um belo elenco no qual se destaca o baiano Lázaro Ramos. Retomamos aqui esta conversa à espera que o filme venha para Portugal.

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18.11.2010 | por Marta Lança

É Dreda Ser Angolano

É Dreda Ser Angolano "É dreda ser angolano" é um mambo tipo documentário inspirado no disco Ngonguenhação do Conjunto Ngonguenha. É mais uma produção da Família Fazuma. Aqui fica uma entrevistaemail com o Pedro Coquenão sobre o Mambo (o filme), a Família (a Fazuma) e a Banda (Luanda).

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17.11.2010 | por Francisca Bagulho

Pensar a pobreza entre o discurso e a acção

Pensar a pobreza entre o discurso e a acção Para sustentar a acção na perspectiva do desenvolvimento, é preciso alimentar o debate e criar pensamento em torno do modelo vigente e estratégias alternativas para o crescimento socioeconómico. É essa a função do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), que lança este ano três publicações subordinadas ao tema “Padrões de Acumulação Económica e Dinâmicas da Pobreza em Moçambique” na sequência de conferência homónima realizada em Maputo, em Abril de 2010.

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17.11.2010 | por Cristiana Pereira

Namibe vasto

Namibe vasto Namibe vasto é um belo livro de fotografias de Jorge Ferreira “sobre paisagens, gentes, animais e plantas da província do Namibe”, com texto e legendas de Cristina U. Rodrigues e design gráfico do João Ribeiro Soares.

Ruy Duarte de Carvalho

17.11.2010 | por Cristina Salvador

Funeral de Jazz em Nova Orleães

Funeral de Jazz em Nova Orleães Em Nova Orleães, depois de abolida a escravatura, formaram-se "Social Aid and Pleasure Clubs" - clubes de beneficência que organizavam actividades sociais e os funerais dos seus membros, ajudando assim a manter viva a tradição. Quando muitos duvidaram de que Nova Orleães pudesse renascer do furacão Katrina, foi essa e muitas tradições enraizadas na psique do povo que motivou muitos a regressar e a reconstruir as suas vidas na cidade que amam.

Cidade

16.11.2010 | por José Fernandes

Desta nossa-de-todos Lisboa, sobre os espectáculos de Outras Lisboas

Desta nossa-de-todos Lisboa, sobre os espectáculos de Outras Lisboas "Lisboa está diferente, cheia de outros e novos lisboetas, de novos cheiros e novos sons” e é construída por “muitas Lisboas, outras gentes, outros públicos”. Em 2008 foi encomendada a construção de três espectáculos-reflexão sobre as comunidades de imigrantes existentes na cidade de Lisboa: ao Teatro Meridional foi atribuída a africana, ao Teatro Praga a de leste e a’O Bando a brasileira.

Palcos

16.11.2010 | por Marta Lança e Ana Bigotte Vieira

Bety e os “pikinoti” dançam por um mundo melhor

Bety e os “pikinoti” dançam por um mundo melhor “52 histórias” é um livro ilustrado evocando uma agenda perpétua onde, ao longo de 52 semanas, sucedem-se 52 histórias, rostos, direitos, geografias de coragem, dignidade, mas também de privação e de injustiça. “52 histórias” integra a colecção “Arquipélago” da ACEP, que procura novas abordagens de comunicação com a sociedade portuguesa para combater estereótipos e desocultar pessoas e iniciativas que geram mudanças no mundo de que somos parte.

Palcos

16.11.2010 | por Rita Vaz da Silva

"Sei que esteve em África. Quer contar?"

"Sei que esteve em África. Quer contar?" Para as acompanhantes dos militares portugueses a guerra colonial (1961-75) foi uma aprendizagem. Muitos depoimentos dão conta do momento emancipatório na vida destas mulheres, pela saída de um país conservador para lugares modernizados e multiculturais, com costumes mais brandos, vida social descontraída e maior liberdade, onde entravam com segurança no mercado de trabalho. Ou seja, apesar da guerra, «África era uma libertação», ou uma expansão, física e mental, uma experiência formativa e humana: «Vim de Angola uma mulher mais forte».

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15.11.2010 | por Marta Lança

Safari de Táxi

Safari de Táxi Uma palavra suaíli viria a viajar para se integrar em inúmeras outras línguas. Safari, que significa viagem. Turcos, chilenos, indonésios, suecos, australianos, lituanos e muitos outros habitantes dos cinco continentes, todos entendem esta palavra, porque faz parte do seu vocabulário, embora no sentido mais restrito de viagem para observação de animais selvagens.

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14.11.2010 | por Nuno Milagre

Falemos de House in Luanda

Falemos de House in Luanda A propósito do concurso A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILION, falemos de casas e falemos de Luanda. Pretendendo com esta fala juntar algumas reflexões ao debate lançado pela Trienal de Arquitectura de Lisboa, em parceria com a Trienal de Luanda, sobre a forma como os arquitectos podem intervir na solução do problema urbanístico e habitacional desta cidade, que tem crescimento explosivo, ao ritmo do crescimento das desigualdades sócio-territoriais.

Cidade

14.11.2010 | por Cristina Salvador