Novembro de 1975, num relâmpago milhares de pessoas abandonam a cidade. Termina a colónia, recomeça a contagem. Luanda, capital de Angola, na costa ocidental de África é agora um espaço vazio e aguarda, ansiosa, pelos novos inquilinos. Novos habitantes, nova liberdade. Tal como “ocupas” hoje dentro de edifícios marcados por momentos, recordações, odores de outrora, Luanda antecipa o conceito e recebe de portas abertas os novos ocupantes.
Cidade
13.05.2010 | por Kiluanji Kia Henda
No livro ficamos a conhecer detalhes sobre vários aspectos da vida da Rainha Nzinga adolescente: a relação com o seu pai Kiluanji e com os outros membros da família, a sua sede de saber, a sua formação no domínio dos provérbios, a aprendizagem para ajustar flechas, o conhecimento sobre plantas curativas, as consultas de previsão ao seu futuro político, as primeiras preferências amorosas, a sua concepção da resistência e a atenção acordada com a defesa militar do Ndongo.
A ler
16.04.2010 | por Simão Souindoula
Criticando ou combatendo o paradigma humanista e prognosticando a recuperação de políticas do equilíbrio, os neoanimistas pretendem antes recolocar o desempenho e a livre existência das pessoas em equilíbrio, precisamente, com os interesses comuns das pessoas, de todas as pessoas e de toda a criação.
Ruy Duarte de Carvalho
15.04.2010 | por Ruy Duarte de Carvalho
Para um crítico brasileiro não deixa de ser interessante visitar a exposição de um angolano – Yonamine – na galeria 3 + 1 arte contemporânea em Lisboa. Vislumbram-se afinidades poéticas pouco exploradas e recalcadas historicamente. Soma-se a isto, o nome do artista que lembra uma das principais etnias ameríndias que ainda sobrevive no Brasil: a Yanomami. Em um mundo globalizado, onde circulam livremente o capital e as ideias, mas se constrange impiedosamente fluxos migratórios, o contacto entre diferenças culturais se torna um fato político por excelência. Por um lado, há uma tendência a homogeneização, que mede todas as produções artísticas e todas as formações culturais a partir de um mesmo metro poético e social. Em um sentido inverso, na ânsia de se preservar o Outro, acaba-se inviabilizando a tensão das diferenças na defesa de um multiculturalismo sem conflitos e sem trocas. O importante, a contrapelo do politicamente correcto, é fazer com que o heterogéneo se afirme nas suas dissonâncias, revelando o quanto há de convivência e antagonismo neste refluxo pós-colonial da Europa contemporânea.
Cara a cara
12.04.2010 | por Luiz Camillo Osório
No início dos nos 50 a cidade de Dakar fica sobrepovoada. O Estado colonial decide deslocar as famílias dos bairros populares de Dakar: trata-se de verdadeiros "despejos" enquadrados nos projectos de planeamento urbano. Cria-se o Departamento de Pikine que reagrupa "todos os excluídos de Dakar". Conta-se hoje em dia perto de um milhão de habitantes: fala-se de "Pikine-Pequim".
Afroscreen
12.04.2010 | por Rosa Spaliviero
Lily vai à igreja, reza o mais que pode, depois pergunta a si própria quando é que, finalmente, este filho da p*** de Jesus se vai decidir a bater à sua porta: truz, truz, truz...
Mukanda
12.04.2010 | por Barthélémy Toguo
Aos arquitectos ocidentais que, como é o meu caso, têm vindo a desenvolver trabalho como projectistas ou como investigadores em Angola, a questão que ressalta é a aparente clivagem entre Luanda e o restante território angolano.
Ruy Duarte de Carvalho
12.04.2010 | por Cristina Salvador