20ª Edição DocLisboa

20ª Edição DocLisboa São conhecidos os prémios do 20º Doclisboa.

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18.10.2022 | por vários

Visão de África I

Visão de África I A única solução potencial para a Europa, onde os reformados excedem os trabalhadores, sendo duas vezes mais do que estes, e onde as mortes superam os nascimentos, será contar com um fluxo constante de imigrantes, com a maioria dos recém-chegados a serem oriundos do único continente que ainda apresenta um crescimento na população: África.

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18.10.2022 | por Ednilson Leandro Pina Fernandes

Afro Portugal 2022

Afro Portugal 2022 Este amplo programa insere-se nos debates atuais sobre memória colonial, o racismo, e coloca em destaque as vozes artísticas negras, africanas e afrodescendentes em Portugal, de várias gerações. Inclui performances, exposições, filmes, debates, literatura, música, workshops e ações socioeducativas, culminando na peça “Aurora Negra”.

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14.10.2022 | por vários

Fotografia contemporânea polaca na Alemanha

Fotografia contemporânea polaca na Alemanha A exposição, que visa dar voz a uma jovem geração de fotógrafxs da Polónia, inclui ainda o trabalho de Irena Kalicka, jovem artista crítica à tendência do seu país em virar para a extrema-direita. Tive a oportunidade de apresentar uma fotografia dela na revista “Fantasia Macau” no ano passado.

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13.10.2022 | por Cheong Kin Man

As histórias de jovens mortas nas manifestações por liberdade e contra o uso do véu no Irão

As histórias de jovens mortas nas manifestações por liberdade e contra o uso do véu no Irão A morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial levou à eclosão de uma onda de protestos no Irão. A jovem foi detida pela chamada "polícia da moralidade" por causa da forma como usava o véu islâmico – segundo relatos, teria deixado alguns fios de cabelo visíveis sob o hijab. Segundo testemunhas, Mahsa foi agredida numa viatura. A polícia nega, e diz que ela morreu por causa de um problema cardíaco pré-existente. O uso do véu tornou-se obrigatório no país após a Revolução Islâmica, em 1979, que transformou a vida dos iranianos – principalmente as mulheres, que viram os seus diretos serem bastantes restringidos.

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12.10.2022 | por Haniya Ali

Informalizar o formal

Informalizar o formal A cidade informal “fala” e “grita” sobre o desajuste da gestão urbana e do planeamento às necessidades de uma enorme maioria habitacional em todo o mundo. Contém, subentendida, as problemáticas, lógicas, necessidades, dinâmicas que caracterizam as sociedades hipertexto e ensaia algumas das respostas urbanas que estas sociedades necessitam. Fá-lo de entranhas expostas pondo a nu o que Acher chama “as cinco grandes evoluções que parecem caracterizar a terceira revolução urbana moderna”.

Cidade

12.10.2022 | por Maria João Teles Grilo

Não estamos em Hollywood! Conversa com Licínio Azevedo e Gabriel Mondlane

Não estamos em Hollywood! Conversa com Licínio Azevedo e Gabriel Mondlane O cinema tem um papel político em Moçambique, mesmo que os nossos filmes não sejam políticos. Foi criado como um instrumento político, teve uma influência regional enorme: os nossos documentários tiveram influência na África do Sul pós-apartheid, no Zimbabué, na Namíbia, em Angola, em todos os países da região. Foi uma ideia genial e extraordinária da Frelimo pós-independência, que trouxe para cá [Jean-Luc] Godard, Jean Rouch, Ruy Guerra e dezenas de outros cineastas e gente do cinema: cubanos, italianos, ingleses, franceses.

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11.10.2022 | por Lurdes Macedo

Do artista enquanto ferramenta reacionária

Do artista enquanto ferramenta reacionária Eram significados semióticos que me alertavam que, em caso de ser inevitável isto de ser artista, seria preciso mudar, ser assimilada, enquadrada em um devir. A macaca já era fêmea, de território inóspito. Não seria permitido que fosse ainda incontornável, barulhenta. Era preciso adequar-se. Ser silenciosa, discreta, enigmática, misteriosa. E não, eu não era a Clarice Lispector.

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06.10.2022 | por Manuella Bezerra de Melo

Batalha Centro de Cinema inaugura a 9 de dezembro

Batalha Centro de Cinema inaugura a 9 de dezembro Com a missão de promover o conhecimento e a fruição cultural através do cinema e da imagem em movimento, o Batalha inclui no seu programa ciclos temáticos, retrospetivas e focos em práticas contemporâneas, bem como ligações entre o cinema e outras artes. Estimular a cinefilia e cultura fílmica através de projetos educativos, editoriais, formativos e de debate está no centro da atividade da nova instituição.

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04.10.2022 | por vários

Os fantasmas de Tlatelolco

Os fantasmas de Tlatelolco No verão de 1968, uma crise estudantil no México põe o governo de Gustavo Díaz Ordaz à beira de um ataque de nervos. O braço-de-ferro acaba de forma abrupta a 2 de outubro, com o massacre de um número indeterminado de manifestantes na Praça das Três Culturas, no bairro de Tlatelolco.

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03.10.2022 | por Pedro Cardoso

De "bastarda" a discípula, entrevista a Sofia Pinto Coelho sobre o filme "Daniel e Daniela"

De "bastarda" a discípula, entrevista a Sofia Pinto Coelho sobre o filme "Daniel e Daniela" Um pai exigente e, tantas vezes, “chato” e uma filha pré-adolescente, numa fase ainda autocentrada, que se espicaçam permanentemente para ver qual deles é mais esperto e estão unidos por um amor incondicional. (...) Quantos fariam o mesmo? Quanto viraram costas a filhos que deixaram em África, fruto de relações (fossem amorosas ou violentas) com raparigas africanas, sem um remorso ou hesitação?

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01.10.2022 | por Marta Lança

Matéria, Memória e Máquina: A Política e a Poética do Olhar em ‘Factory of Disposable Feelings’ de Edson Chagas

Matéria, Memória e Máquina: A Política e a Poética do Olhar em ‘Factory of Disposable Feelings’ de Edson Chagas Esta série dá continuidade às indagações que singularizam a obra de Chagas, nomeadamente a atenção às relações vivenciais e afetivas que os sujeitos estabelecem com objetos e espaços quotidianos, contrariando rápidos ritmos de consumo através de um olhar desacelerado que perscruta em proximidade matérias, formas e texturas descartadas. Contudo, a série marca simultaneamente uma espécie de viragem, na medida em que, ao contrário de séries anteriores realizadas em vários espaços públicos urbanos a Norte e a Sul, vagamente identificados (as ruas e praias de Luanda, Veneza, Londres e Newport, etc.), nesta série, pela primeira vez, o fotógrafo concentrou-se nos espaços interiores e exteriores de uma arquitetura específica.

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29.09.2022 | por Ana Balona de Oliveira

Nós, brasileiras e brasileiros residentes em Lisboa

Nós, brasileiras e brasileiros residentes em Lisboa A comunidade internacional está alerta e denuncia que Bolsonaro representa uma grave ameaça à Democracia para o Brasil e para o mundo. Hoje, este candidato reitera ataques ao Estado de Direito, incitando golpes e pondo em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, comprovadamente seguro e confiável, referência internacional.

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29.09.2022 | por Coletivo Andorinha

O que é que Bissau não devorou?

O que é que Bissau não devorou? Uma cidade cuja dinâmica resume a situação em que se encontra o resto da Guiné-Bissau, tal como é apresentada ao longo da história: de hospitais onde a cura é sinónima de morte; escolas representadas por edifícios em que o funcionamento das aulas disputam terreno com constantes greves dos professores; estradas com buracos que concorrem entre si para acolher o país a fundar na miséria, corrupção, assassinatos, tráfico de drogas ou tabaco de irã de todas as espécies, machismo embrenhado no patriarcado que suplanta as mulheres na posição de subalternas, delinquência forjada pela ausência de um Estado que velasse pela dignidade da população, impunidade...

Cidade

27.09.2022 | por Sumaila Jaló

Textos de Viagem. Casablanca, Eid al-Adha 1443 AH

Textos de Viagem. Casablanca, Eid al-Adha 1443 AH Acabamos por sair do souk sem encontrar os vendedores de arte, para umas ruas interiores diferentes do resto da cidade, onde percebo que se trata da antiga Medina, zona destruída pelo “nosso” terramoto de 1755 e reconstruída logo depois. Com os seus prédios baixos, contrasta com a Casablanca das grandes avenidas e prédios imponentes. As ruas labirínticas inspiram a familiaridade agradável dos bairros populares. Seguindo os cursos mais naturais afastamo-nos do mercado e do objetivo.

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27.09.2022 | por Ricardo Falcão

Da luta, da perda, da caboverdianidade: entrevista com Flávia Gusmão

Da luta, da perda, da caboverdianidade: entrevista com Flávia Gusmão #4 MANGIFERA é a quarta de cinco partes de um projeto artístico transdisciplinar sobre a perda e o luto, criado por Flávia Gusmão no seguimento da morte prematura da produtora, gestora e ativista cultural cabo-verdiana Samira Pereira. A criação NA LUT@ organiza-se em torno de cinco partes, a primeira das quais estreada há cerca de um ano, no Festival Internacional de Teatro Mindelact, em Cabo Verde; e que terá o seu último capítulo apresentado no Teatro São Luiz, em Lisboa, em abril de 2023. Concebido como forma de processar a perda, NA LUT@ cria um jogo de palavras que, em crioulo, significa simultaneamente “na luta” e “no luto”, e introduz como temas as fases do luto — negação, raiva, negociação, depressão e aceitação —, assim como noções e questionamentos de identidade e pertença, o sincretismo das comunidades cabo-verdianas, e os seus conceitos históricos, políticos e culturais.

Cara a cara

26.09.2022 | por Flávia Gusmão, P.J. Marcellino e Helena Ales Pereira

O Salgueiro da Ester

O Salgueiro da Ester Depois de mais de um ano e meio de investigação artística, história oral, recolha pública de documentação, palestras e sobretudo as correspondências à distância entre as irmãs Sala em Berlim e Sniderman nos EUA, os três artistas plantaram, no dia 3 de Julho, um jovem salgueiro-chorão num espaço aberto do antigo Largo da Ester (que traduzi anteriormente como “Praça de Ester” em português) da cidade polaca de Chrzanów, situada a 21 quilómetros do antigo campo de concentração e de exterminação de Auschwitz.

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23.09.2022 | por Cheong Kin Man

Uma abordagem crítica do romance “A Última Lua de Homem Grande”, de Mário Lúcio Sousa (parte II)

Uma abordagem crítica do romance “A Última Lua de Homem Grande”, de Mário Lúcio Sousa (parte II) Inserindo vários monólogos de Amílcar Cabral consigo próprio, vazados e lavrados em modo diarístico na sua depois desaparecida, ou, melhor, surripiada agenda azul, o romance 'A Última Lua de Homem Grande' pretende ser ser uma espécie de reconstituição póstuma dessa mesma agenda azul e de eventos marcantes da vida e da obra de Amílcar Cabral, esse Morto Imortal, cujos dilemas, paradoxos, ambivalências e notável coerência do ser e do estar são traçados à saciedade nesse deslumbrante e cativante, mas também trágico perfil social e psicológico de Amílcar Cabral que é o romance A Última Lua de Homem Grande, doravante um marco fundamental do percurso literário de sucesso de Mário Lúcio Sousa que vem, aliás, marcando com um verbo muito próprio e luzente as letras caboverdianas contemporâneas, tornando-se assim por mérito próprio um dos maiores, mais criativos, imaginativos e produtivos escritores

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22.09.2022 | por José Luís Hopffer Almada

"Margens Atlânticas" Espaço Espelho d'Água e Cinemateca

"Margens Atlânticas" Espaço Espelho d'Água e Cinemateca “Margens Atlânticas” nasce em Lisboa, do encontro entre Francisco Vidal, artista angolano-cabo-verdiano que explora as identidades africanas e diaspóricas, e Ariel de Bigault, autora e realizadora francesa cujos filmes focam culturas africanas, afro-lusófonas, afro-brasileiras e afro-europeias. Para além da exposição no Espaço Espelho D’Água, tem lugar na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, um ciclo com quase todos os filmes de Ariel de Bigault, entre 19 e 24 de setembro.

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22.09.2022 | por Francisco Vidal e Ariel de Bigault

Uma abordagem crítica do romance “A Última Lua de Homem Grande”, de Mário Lúcio Sousa (parte I)

Uma abordagem crítica do romance “A Última Lua de Homem Grande”, de Mário Lúcio Sousa (parte I) Lido e/ou ouvido o impressionante, poderoso e sempre cativante poema “Kabral ka More”, de Emanuel Braga Tavares (o saudoso Xanon), debrucemo-nos agora e mais detalhadamente sobre o livro que aqui nos traz e que certamente teve a sua génese mais remota nessa primeira vez que Mário Lúcio Sousa resolveu, ainda menino e por inexcedível curiosidade infantil, espicaçada pelos tempos de festiva ruptura com o statuo quo colonial-fascista, copiar (e, certamente, decorar) o poema de Emanuel Braga Tavares e fazê-lo ressoar entre os colegas meninos e os mais adultos da sua vila natal do Tarrafal, poema esse que para sempre mudou a vida dele e de todos nós, crescidos e amadurecidos nesses férteis e irruptivos tempos pós-1 de Maio de 1974.

Mukanda

22.09.2022 | por José Luís Hopffer Almada