We Want no Fucking One for Fresident

We Want no Fucking One for Fresident We want a black dyke for president. We want a person with AIDS for president and we want a trans person for vice president and we want someone with no health insurance and we want someone who grew up in a place where the earth is so saturated with toxic waste that didn’t have a choice about getting leukemia. We want a latino faggot for president who saw their best friends die in a mass shooting. We want a president that had an abortion at sixteen and we want a candidate who is a part-time hooker. We want a differently abled refugee for president. We want a president with no airconditioning, who has stood in line at the clinic, who stole their last meal and has been unemployed and was sexually harassed and gaybashed and deported.

Cara a cara

15.09.2016 | por Pedro Marum

Lançamento da REVISTA 'Jeux Sans Frontières #2 – espaços de resistência

Lançamento da REVISTA 'Jeux Sans Frontières #2 – espaços de resistência A revista será apresentada por Maria Alice Samara e Luhuna Carvalho, seguindo-se uma conversa com os editores Sandra Lang, Ana Bigotte Vieira e Nuno Leão onde se procurará abordar especificamente a ligação entre o território metropolitano e uma série de formas de resistência contemporâneas que passam pelo habitar colectivo comum de espaços concretos. Lançamento no âmbito do ciclo 'Tomar Posição, o político e o lugar', em organização da plataforma baldio. Dia 12 de Setembro às 18.30 no Pólo Cultural Gaivotas | Boavista, Escola das Gaivotas, 8.

Jogos Sem Fronteiras

11.09.2016 | por vários

A pátria de Camus (acerca do artigo homónimo de Henrique Raposo)

A pátria de Camus (acerca do artigo homónimo de Henrique Raposo) Para Henrique Raposo competia à França «aculturar os argelinos aos valores da França». O argumento é conhecido e, apesar das sangrentas aventuras do Afeganistão, Iraque, Líbia etc.. haverá sempre suprematistas iluminados para defender que o Ocidente deve ensinar a democracia ao resto do mundo se necessário com bombas.

A ler

05.09.2016 | por Nicole Guardiola

Percurso-paisagem

Percurso-paisagem Nesta viagem há condições: o percurso é ditado pelo que se busca na paisagem, a época deve ser a da floração, ao mesmo tempo que evitamos a estação das chuvas, os improváveis são presumíveis — os do caminho e das pessoas (como não?) — seguimos uma espécie de guião da natureza, e à narrativa composta por materiais diversos se juntará a fluidez, unidade e ritmo que faz o filme acontecer.

Vou lá visitar

01.09.2016 | por Marta Lança

Kabasele, percurso e história de vida

Kabasele, percurso e história de vida No inverno de 1991, Kabasele chega a Lisboa. À saída do aeroporto, é surpreendido pela chuva e pelo vento. Não tem casaco nem guarda-chuva. A chegada é de certa forma brutal. No caminho encontra uma pessoa do seu país que propõe recebê-lo em sua casa. Mas, na verdade, não o leva para o seu apartamento, mas sim para outro onde não há água quente e no qual já vivem 80 pessoas. Kabasele tinha-se cruzado com um “marchand de sommeil”.

Cara a cara

30.08.2016 | por Hélène Mazin

Fime Resgate em campanha de crowdfunding.

Fime Resgate em campanha de crowdfunding. Depois de passar quatro anos na famosa Cadeia Central de Maputo por roubar carros, BRUNO (34) é finalmente um homem livre e quer distância da antiga gangue. Com o apoio da dedicada namorada, MIA (28), abre uma pequena oficina de mecânica. A vida deles parece estar no caminho certo quando Bruno é surpreendido por um misterioso empréstimo bancário feito pela falecida mãe. Se não pagar USD30.000, o banco ficará com a casa que herdou. Sem dinheiro, ele está determinado a defender a dignidade da mãe e a casa. A única saída é fazer alguns ‘jobs’ para a antiga gangue.

Afroscreen

18.08.2016 | por vários

Festival Música do Mundo - reportagem vídeo do BUALA

Festival Música do Mundo - reportagem vídeo do BUALA Durante 4 dias Mariana Pinho e Giorgio Gristina estiveram em Sines a seguir os concertos, a entrevistar músicos e a recolher ritmos e histórias para fazer este vídeo. Um olhar BUALA para o Festival de Músicas do Mundo de 2016.

Palcos

17.08.2016 | por Mariana Pinho e Giorgio Gristina

Das ruas de Kinshassa até Sines: KONONO Nº 1 meets BATIDA (dia 29)

Das ruas de Kinshassa até Sines: KONONO Nº 1 meets BATIDA (dia 29) À conversa com o BUALA, Pedro Coquenão (BATIDA) contou-nos que o encontro com os KONONO Nº1 começou no WOMEX (World Music Expo): “estava lá a dar um concerto e estavam várias pessoas próximas dos Konono a assistir que acharam que havia ali um ponto qualquer de contacto entre o que eu faço e a banda deles. Além de ser muito lisonjeiro terem pensado nisso, eu identifico-me muito com o que a banda faz e com essa ideia de música africana urbana e experimental que eles fazem e que já tem tanto tempo e que continua a ser sempre actual.” Mais tarde decidiram então encontraram-se, “fui ter com eles, jantámos – comer junto é importante – e foram todos muito simpáticos, o sentimento foi de amizade, de proximidade, e quisemos voltar a estar juntos”.

Palcos

03.08.2016 | por Mariana Pinho e Giorgio Gristina

Com BIXIGA 70 gritámos bem alto: FORA TEMER! e depois dançámos até ao alvorar na companhia de DJ SATELITE (28 de Julho)

Com BIXIGA 70 gritámos bem alto: FORA TEMER! e depois dançámos até ao alvorar na companhia de DJ SATELITE (28 de Julho) Quando perguntámos aos BIXIGA 70 se a música reflectia a tensão política que se vive no Brasil hoje, afirmaram logo que “o que vem acontecendo desde o golpe, desde o governo de Temer - um governo que a gente não reconhece - é um governo ilegítimo. A nossa música quer resistir a este momento político! A gente participa bastante nos movimentos sociais, sempre tivemos juntos. Tocámos nas escolas ocupadas e estamos juntos contra este governo”. Durante o concerto gritaram bem alto: FORA TEMER! e o público acompanhou com assobios e palavras de protesto.

Palcos

01.08.2016 | por Mariana Pinho

O mundo inteiro em Sines (27 de Julho)

O mundo inteiro em Sines (27 de Julho) Numa breve conversa com o BUALA, MOH contava que cresceu a ouvir os clássicos de blues, rock e jazz mas afirma a sua grande inspiração na tradição mandinga e nos artistas guineense mais antigos.

Palcos

28.07.2016 | por Mariana Pinho e Giorgio Gristina

Carregar o mundo nos cabelos: T'Ayó, o Musical

Carregar o mundo nos cabelos: T'Ayó, o Musical Há ainda quem questione a importância da representatividade. É chover no molhado, mas vale repetir que, certamente, essas são as pessoas que sempre se viram pelas revistas, filmes e novelas; cuja pele está no sinônimo estrutural daquela palavrinha: beleza! É, também, dizer do óbvio, mas vale repetir que é justamente na infância que construímos os significados do que é desejável, confiável, do que é ser bom e que esses adjetivos estão historicamente associados às pessoas brancas.

Mukanda

27.07.2016 | por Daisy Serena

Arte Angolana Contemporânea (2006-2016), é possível falar em revolução artística?

Arte Angolana Contemporânea (2006-2016), é possível falar em revolução artística? O ritmo com que a arte, a literatura e, em geral, a cultura angolana se transfigurou na primeira década de paz em Angola poderá abrandar devido à atual crise económica, política e social, mas o certo é que percebemos que, apesar dos constrangimentos, há uma revolução cultural em curso, cujas características, dimensão e profundidade precisam ainda de ser avaliadas.

Mukanda

07.07.2016 | por Adriano Mixinge

As marcas urbanas da violência colonial

As marcas urbanas da violência colonial Reconhecer o protagonismo de mulheres e homens negras/os é inadiável para descolonizar a memória, chave para o empoderamento e a emancipação coletivos. Construtoras/es de cidades e de cidadania, suas histórias desconstroem a versão embranquecida de um 13 de maio que pretendeu, durante muito tempo, reiterar a subalternização e o apassivamento. Ao contrário de comemorativa, esta é uma data de luta contra as marcas da violência colonial arraigadas nas estruturas e nos territórios brasileiros.

Cidade

05.07.2016 | por Andréia Moassab, Joice Berth e Thiago Hoshino

Pronome

Pronome Os dois grupos se assustaram um com o outro, mas perceberam que se tratavam do mesmo grupo encontrado anteriormente. Os Xinaubô estavam com cheiros de plantas impregnados em todo o corpo e pintados dos pés à cabeça, com manchas de todas as cores que conheciam e produziam, enquanto que os Xinaubaté usavam mascaras de madeira pintadas com rostos nunca vistos e galhos e folhas amarrados nas pernas, braços e cabeça. E os Xinaubô disseram aos Xinaubaté: “Nós somos nós e estamos aqui e agora em nós”. E os Xinaubaté rebateram: “Vocês habitam vocês e nós a nós”.

Mukanda

03.07.2016 | por Leonardo Araújo

O voluntariado do eu

O voluntariado do eu Acabe-se com esta realidade que desajuda, que incapacita, que incha, desincha e passa. Que deixa a sua pegada ecológica – viagens de avião, contentores carregados, megabytes de internet despendidos – e um EU muito cheio, muito transformado, uma lágrima na despedida aos sorrisos rasgados dos pobres meninos africanos. E ainda assim, o avião parte, a vida das pessoas continua, com mais uma camisola do Benfica, mas sem nada desenvolvido, sem nenhuma aprendizagem feita, sem nenhuma nova competência adquirida.

A ler

21.06.2016 | por Alice Gomes

Quem vai poder morar em Lisboa?

Quem vai poder morar em Lisboa? Um grupo informal de habitantes da cidade de Lisboa juntou-se à volta de uma preocupação comum: a percepção de uma abrupta alteração das dinâmicas da cidade e sobretudo da grande subida do preço da habitação. Começaram por conversar casualmente sobre o que os preocupava. Essas conversas tornaram-se mais regulares. As inquietações comuns tornaram-se mote para a organização de um debate à volta do tema. Das conversas e de alguma pesquisa foi escrito, a várias mãos, este texto. Qual é o problema do preço da habitação subir em Lisboa?

Cidade

13.06.2016 | por vários

OCUPAÇÃO: uma carta de São Paulo

OCUPAÇÃO: uma carta de São Paulo Um espetro secundarista percorre o movimento social (...) A ocupação da Funarte não se reduz à polarização Fora Temer – Volta Dilma. Desde os primeiros momentos crescem várias ocupações dentro da ocupação. A do GAPP, a partir de uma evidência inicial: a branquitude maioritária da assembleia e a invisibilidade da periferia. (...) Uma “guerra dos lugares” está em curso. (...) Chegou o tempo de ocupar tudo. De plantar mata atlântica, de despoluir o Tietê, o Pinheiros, o Tamanduateí. De virar negra e negra da terra. Negro e negrex. Enfim, de quebrar as estátuas dos bandeirantes e queimar a Casa Grande.

Vou lá visitar

03.06.2016 | por Manuel Bivar e Miguel Carmo

If Truth Was a Woman… entrevista a Eurídice Kala

If Truth Was a Woman… entrevista a Eurídice Kala "E se a verdade fosse mulher_ porque não?" faz conexões entre a escravatura e tempos coloniais, pretende desafiar a construção da brancura como a ideia de pureza, criando imagens que revelam vários recursos do continente que são todos brancos - marfim, algodão, pó, etc. Mas também chega ao tempo presente e olha para os heróis africanos - a construção do herói de forma individual - e as possibilidades que o acervo tem de incluir outros parceiros, e eu reflito apresentando nomes dos seus cônjuges na conversa, no entanto, aberta a outras acrescentos e a sermos os autores das nossas histórias.

Cara a cara

31.05.2016 | por Euridice Kala

As trocas culturais atlânticas, entrevista com Goli Guerreiro

As trocas culturais atlânticas, entrevista com Goli Guerreiro As trocas culturais começaram a manifestar-se desde o século XVI nas grandes navegações. E as formas dessas trocas se processarem foram-se alterando. Na primeira diáspora, aquando do tráfico de africanos, os negros chegavam despidos de qualquer bem material. Traziam o seu imaginário, então havia um tipo de troca a partir dessa realidade a ser reconstruída no Ocidente.

Cara a cara

25.05.2016 | por Marta Lança

A História é como a colonização: reprimiu-nos mas não nos roubou as almas, entrevista a Jihan El-Tahri

A História é como a colonização: reprimiu-nos mas não nos roubou as almas, entrevista a Jihan El-Tahri Se aqueles que consideramos os nossos heróis — que lutaram pela nossa liberdade - não tivessem feito o que fizeram, e não tivessem mobilizado outras pessoas, não estaríamos onde estamos agora. Como é que o meu herói se tornou no meu opressor? O que é que lhe aconteceu? Tenho algumas reflexões, mas nenhuma resposta. O que me parece é que lutar pela libertação é muito diferente de governar.

Mukanda

23.05.2016 | por Sofia da Palma Rodrigues e Boaventura Monjane