A UCCLA e a Mercado de Letras Editores organizam, pela quarta vez consecutiva, mais uma edição do Curso Livre História de Angola. Com a coordenação do Professor Doutor Alberto Oliveira Pinto, a 4.ª edição do Curso Livre História de Angola irá decorrer de fevereiro a julho de 2021, todas as terças-feiras, às 18 horas. A primeira sessão terá lugar no dia 23 de fevereiro.
Excecionalmente, e atendendo à situação da pandemia que vivemos, a 4.ª edição do Curso Livre História de Angola decorrerá, na sua maioria, online, permitindo assim a inscrição de alunos não residentes em Lisboa.
Ocorrerá, em princípio, uma sessão presencial mensal (na última 3.ª feira de cada mês), onde se pode rever a matéria tratada online, embora se leccione igualmente matéria nova.
El ciclo “Cines de la diáspora negra”, comisariado por Beatriz Leal y organizado en colaboración con la Filmoteca de Cataluña, propone un recorrido cronológico por algunas de las películas clave de la diáspora negra. Desde el cine mudo hasta el cine-ensayo contemporáneo, presenta nueve sesiones programadas alternativamente en el CCCB y en la Filmoteca. La sesión inaugural, que tendrá lugar en el CCCB este miércoles 27 de enero, estrenará en nuestro país Borderline (1930, Kenneth Macpherson), un clásico del cine mudo del Reino Unido pionero en el tratamiento de las relaciones interraciales. La sesión contará con la música en directo de la Clarence Bekker Band.
Las películas seleccionadas, que abarcan casi un siglo y tres continentes, reúnen por vez primera en nuestro país a Kenneth Macpherson, Lionel Rogosin, John Akomfrah, Charles Burnett, Haile Gerima, Safi Faye, Isaac Julien, Raoul Peck, Abderrahmane Sissako, Med Hondo i Jean-Marie Teno, autores que se sitúan dentro de una tradición radical negra internacional y cimarrona, marcada, según el académico cultural norteamericano Fred Moten por «su prioridad ontológica e histórica de resistencia al poder y oposición a la subordinación».
A imbricação entre o digital e a logística, conjugada com a irrupção de poderosos conflitos sociais relacionados com o controlo das infraestruturas, distribuição e transportes ou as condições de trabalho nos portos, plataformas de distribuição de comida e armazéns é sintomática de uma expansão das fronteiras do que é da competência da logística. Até há pouco tempo considerado apenas como questão técnica, entregue a engenheiros e gestores, o campo da logística tem vindo a alterar-se ao longo das últimas décadas interessando a geógrafos e arquitetos, antropólogos e cientistas políticos, designers e especialistas em estudos urbanos, dando lugar ao que se tem vindo a chamar “critical logistics studies”.
Em duas lições online, Sandro Mezzadra introduzirá algumas das suas noções básicas, história e atuais desenvolvimentos críticos. Relacionando o trabalho de autores relevantes nesta área como Deborah Cowen, Keller Easterling ou Brett Neilson, apresentar-se-ão também exemplos de lutas sociais e laborais atualmente em curso, terminando com uma discussão sobre “capitalismo de plataforma” na sua relação com a logística.
Seminários CH-ULisboa | II Sessão do ciclo: “História e Políticas de Memória” |Memórias de impérios (período colonial e descolonização) | 10 de Fevereiro | 17h30 | Online
Programação “Cinema de Urgência”, em colaboração com o SOS Racismo e inserido no programa do DocLisboa, que se realiza no espaço do Padrão dos Descobrimentos.
14 de Janeiro, 18h00: “30 Anos, olhares sobre o racismo” de Bruno Cabral, Eddie Pipocas e Dércio Ferreira | Convidado: Dércio Ferreira
15 de Janeiro, 18h00: “Racismo à Portuguesa: Há uma preferência ‘óbvia’ dos senhorios em arrendarem casa a brancos”; “Racismo à Portuguesa: A justiça em Portugal é ‘mais dura’ para os negros” de Joana Gorjão Henriques e Frederico Baptista | Convidada: Joana Gorjão Henriques
16 de Janeiro, 10h30: “Mikambaru” de Vanessa Fernandes | Convidada: Vanessa Fernandes
17 de Janeiro, 10h:30: “Treino Periférico” de Welket Bungué | Convidados: Isabél Zuaa e Bruno Huca
18 de Janeiro, 18h00: “Nós Terra”de Ana Tica | Convidada: Ana Tica
19 de Janeiro, 18h00: “Canto do Ossobó” de Silas Tiny | Convidado: Silas Tiny
20 de Janeiro, 18h00: “Era uma vez um arrastão” de Diana Adringa, Mamadou Ba, Bruno Cabral, Joana Lucas, Jorge Costa, Pedro Rodrigues | Convidada: Maria do Carmo Piçarra
Os horários apresentados preveem restrições de fim-de-semana, passando as sessões de Sábado e Domingo para o período da manhã (aguarda confirmação).
Nesta que é a sua 18.ª edição, a Mostra apresenta-se num formato híbrido com parte da programação a decorrer no Cinema São Jorge, em Lisboa, e outra parte disponível em streaming, numa parceria com a Filmin.pt.
Com um total de 18 filmes, a KINO aposta uma vez mais na promoção de longas-metragens que se destacaram nos grandes festivais internacionais. Na secção Perspetivas serão exibidas primeiras obras de realizadoras e realizadores de expressão alemã e na secção Visões serão destacadas obras de realizadoras, realizadores e elencos já consagrados. A KINO apresenta nesta edição quatro documentários premiados em festivais de cinema internacionais.
Os filmes selecionados têm em comum uma forte componente política e social, assim como um foco temático em torno do conceito de “pertença” (em alemão, Heimat ou Zugehörigkeit), mostrando novas perspetivas sobre a construção de identidade, tanto do ponto de vista individual como regional ou até nacional, passando pelo ponto de vista do migrante ou por aspetos linguísticos, culturais ou sexuais. Através de narrativas vibrantes e originais, os filmes apresentados vão para além dos estereótipos e conseguem desconstruir lugares-comuns.
A programação é assegurada pela atual programadora cultural de cinema do Goethe-Institut Portugal, Teresa Althen, e por Susana Santos Rodrigues, que colabora na programação dos festivais de cinema de Roterdão e Bildrausch, integrou o comité de seleção do Festival do Rio de Janeiro e foi delegada de programação latino-americana no Festival de Karlovy Vary e no Festival Cinéma du Réel.
Nesta edição, mantém-se a atribuição do Prémio do Público, criado pelo Goethe-Institut Portugal em parceria com o Turismo da Alemanha. O prémio tem como objetivo homenagear as primeiras e segundas longas-metragens de cineastas apresentadas na KINO, que representam uma maioria na programação deste ano.
A programação completa da KINO – Mostra de Cinema de Expressão Alemã será anunciada em breve.
Temos o prazer de vos convidar para uma sessão de cinema com três curtas-metragens de Ana Vaz, Billy Woodberry e Daniel Barroca, esta quinta-feira, 26/11, às 19h no belíssimo salão de festas da Voz do Operário, na Graça. A projecção será seguida de uma conversa com os realizadorxs, moderada por Nuno Lisboa. Em parceria com o royal_cine, cineclube da Graça.
O ´ELA-Espaço Luanda Arte´ participa em duas feiras internacionais de arte, ainda em 2020.
A primeira, de nome ´African Galleries Now´/´Galerias Africanas Agora´ é uma nova feira de arte online a decorrer via o site www.artsy.net, com a Associação de Galerias de África - do qual é membro-fundador - entre os dias 23 de Novembro e 13 de Dezembro de 2020. O ´ELA-Espaço Luanda Arte´ apresenta uma exposição colectiva intitulada ´ÁFRICA ATLÂNTICA´ com o trabalho de quatro artistas: três Angolanos e um da República do Congo. Como refere Dominick A Maia Tanner: “um corpo de trabalho coletivo, mostrando um corte transversal de algumas das práticas únicas em desenvolvimento na arte contemporânea desta região geográfica da Costa Atlântica da África. Todas as obras abrangem ficção e não ficção; incorporando temas e comentários pessoais, políticos, económicos, culturais, sociais e mitológicos”. Adianta: “nunca o papel da arte foi tão importante para fomentar novas questões e debates, novas noções e narrativas dos muitos fios emergentes da ´ÁFRICA ATLÂNTICA´”.
A segunda, de nome ´Prizm Miami´ é uma feira de arte online com base física nos EUA, a decorrer entre os dias 30 de Novembro e 21 de Dezembro de 2020. Com curadoria da Africana-Americana Mikhaile Solomon, o tema este ano é: “´Noir, Noir: Meditações sobre o Cinema Africano e sua Influência nas Artes Visuais´, através das lentes de obras selecionadas de artistas visuais contemporâneos de locais globais, que irão expor as intersecções entre a prática dos artistas visuais contemporâneos e o espectro das tradições cinematográficas africanas / diaspóricas. Ao fazer referência à tradição cinematográfica de vanguarda africana, bem como aos cineastas africanos / diaspóricos contemporâneos, exploraremos como os artistas visuais criaram corpos de trabalho inspirados por narrativas, estéticas, notas culturais e comentários sociais poeticamente reproduzidos nas várias modalidades cinematográficas.” O ´ELA-Espaço Luanda Arte´ apresenta uma exposição individual do artista Angolano Francisco Vidal em torno da obra ´Sambizanga´ - uma homenagem do pintor à cineasta Africana Sarah Maldoror realizadora do filme com igual título. Como refere Dominick A Maia Tanner: “tanto quanto financeiramente possível, é importante que a Arte Angolana mantenha o seu esforço e a sua presença de querer participar nestes certames internacionais, não só para continuar a alcançar novos feitos, como para não deitar fora todo o esforço desenvolvido até hoje de forma a colocar Arte Angolana entre os primeiros dos seus pares pan-africanos, e consistentemente no palco internacional.”.
Foi feito o convite a figuras que cremos fundamentais na cena artística portuguesa para uma entrevista que relaciona o seu trabalho e a sua posição crítica e profissional no mundo da arte contemporânea com o ProjectoMAP. As suas opiniões estão expressas nas entrevistas filmadas, que nos permitem ouvir, compreender e julgar a plataforma ProjectoMAP de uma forma externa a si própria.
Todas as entrevistas vão ser disponibilizadas online. A primeira entrevista à artista Ana Pérez-Quiroga já está disponível. Todas as quintas-feiras às 18H sai uma nova entrevista com um interveniente importante para a compreensão do mundo artístico português.
Exposição patente até 10 Janeiro 2021.
Horários: Aberto todos os dias da semana, das 10h00 às 19h00 (última entrada às 18h30).
A convite da Casa Mocambo em Lisboa e do dramaturgo moçambicano Venâncio Calisto o blog participará no sarau poético em homenagem ao poeta moçambicano Eduardo White com alguns convidados especiais.
O recital poético-musical começa às 18 horas, mas a banca de livros de Eduardo White e de antologias de poesia moçambicana já pode ser visitada a partir das 16 horas até ao final do jantar.
Apareçam!
Obrigatório o uso de máscara e distância de segurança.
Helena Uambembe (artista angolana/sul-africana baseada em Joanesburgo) e Luamba Muinga(curador) apresentam um projecto independente intitulado Home and the other na feira de arte contemporânea FNB Art Joburg deste ano. Convite para visitar nosso painel de exibição, através do link e com a leitura do QR code para o ambiente virtual: Helena Uambembe Home
Helena Uambembe, Eu vou morrer em Angola 2018
Sobre o projecto: Home and the other olha para a memória pessoal e a nostalgia do lar. As obras exploram o pertencimento em situação de isolamento, abandono, como temas centrais do lar e da domesticidade, que fizeram parte das narrativas dominantes da infância da artista Helena Uambembe, em torno do 32º Batalhão das Forças de Defesa Sul-Africanas (SADF) e da sua herança angolana.
As obras retratam objectos e cores que estavam em casa quando a artista ainda era uma criança. Home and the other é uma exploração em curso que não se completa em poucas obras, é uma viagem de descoberta, exílio e passagem de fronteiras porque existe também as casas que ligam estes territórios, Angola e um pouco a Namíbia.
Um ciclo de cinema muito especial organizado entre os dias 13 e 25 de Novembro.
O ciclo temático Confronting the Gaze – Os Olhares em Confronto, com curadoria de Alexey Artamonov, Denis Ruzaev e Ines Branco Lopez, nasce do desejo de homenagear filmes que ousaram questionar a natureza controversa da imagem cinematográfica e desafiar o olhar hegemónico do cinema, procurando novas e mais autênticas perspectivas.
Inicialmente introduzida na teoria do cinema através da crítica feminista, a noção de “gaze” / de “olhar”, que serve de premissa ao ciclo, vem sendo examinada através de diferentes perspectivas: de género, de raça, de classe, de resistência colonial, etc. O ciclo Confronting the Gaze procura ir ao encontro dessas perspectivas.
Organizado em torno de sete sessões duplas, o ciclo afirma olhares historicamente marginalizados, tradicionalmente menosprezados, procurando confrontar as relações de poder que o cinema produz e reproduz. As duplas de filmes seleccionadas estabelecem oposições ou relações de simbiose, por vezes complementam-se e, noutras alturas, resultam num diálogo pontuado pela ambiguidade.
Auditório da Quinta da Caverneira Águas Santas, Maia
“Desumanização” é uma versão cénica do romance “A Desumanização”, do consagrado escritor português Valter Hugo Mãe, prémio literário José Saramago, numa dramaturgia de José Pedro Pereira, com direcção e encenação de José Leitão, fundador e director da companhia. Esta é uma história de perda, luto e superação que nos faz questionar acerca dos limites (ou sua transgressão) da humanidade. Numa pequena aldeia abafada pela monumentalidade dos fiordes islandeses, Halldora surge em cena a partir da boca de Deus para nos contar como foi lidar com a morte de Sigridur, sua irmã gémea. Como preencher a metade que se perdeu? Como viver pelas duas? Como ocupar o outro lado do espelho? Halldora diz-nos que “O mundo mostrava a beleza, mas só sabia produzir o horror”. “Desumanização” é Gelo, Terra e Fogo; é o “corpo interior da Islândia”. Esta obra é, segundo o autor, um autêntico cântico de amor à Islândia. A encenação, tal como a obra, vai à Islândia buscar referências para a sua ficção teatral, num olhar “estrangeiro” sobre um país e suas gentes e numa visão artística que confronta os vários olhares de que é feita a vida, entre o real e imaginário.
PRAÇA NHO JON leva a praça, o encontro, para a internet e alarga cumplicidades entre todos para refletirmos sobre nós próprios que, dia a dia, tentamos fazer OUTROS BAIRROS, bem como, para deixar que se ouçam as vozes das comunidades. A semana terá, então, uma roda de conversa diária com transmissão em directo no canal do OUTROS BAIRROS no youtube e, paralelamente, uma projeção em streaming na Praça Nho Jon, no Alto de Bomba. Um processo que pretende efectuar a reabilitação urbana a partir do modo de vida da população local, com o fim de construir uma metodologia transgressora capaz de questionar os modelos vigentes e de se relacionar com os constrangimentos que as práticas utilizadas encontram, entendendo o território como uma área de potência, esta semana, abre, igualmente, as suas portas e disponibiliza dois momentos de visita às obras realizadas e/ou em curso. Para isso, a cada dia as visitas poderão ter um número limitado de 15 pessoas e realizar-se-ão nas seguintes datas: 11 de Novembro - 9:00 14 de Novembro - 9:00 Todos os interessados devem enviar inscrição para iniciativaoutrosbairros@gmail.com até às 17:00 do dia 10 de Novembro, para a visita de 11 de Novembro, e até às 17:00 do dia 13 de Novembro, para a visita de 14 de Novembro. Contamos com todos!
Programa
Painel 01 - 09 de Novembro, 17:00 (BR) I 19:00 (CV) I 20:00 (PT)
Das áreas informais aos territórios em resistência - Álvaro Domingues (PT) I Ema Barros (CV) I Kenny Paris (CV) I Daniel Wagner (BR) I Moderador - Redy Lima (CV)
Painel 02 - 10 de Novembro, 17:00 (BR) I 19:00 (CV) I 20:00 (PT)
O modo de vida e o lugar - Irlando Ferreira (CV) I Fabiane Vencezlau (BR) I Eliano Nascimento (CV) I Miriam Kargbo (CV) I Elaine de Pina (CV) I Euclides dos Santos (CV) I Moderador - José Paiva (PT)
Painel 03 - 11 de Novembro, 17:00 (BR) I 19:00 (CV) I 20:00 (PT)
Hortas comunitárias - Tomaz Lotufo (BR) I Claudia Visoni (BR) I Jakob Kling (GR) I Nélida Correia (CV) I Gesseila Garcia (CV) I Moderação: Guilherme Gonçalves (BR)
Painel 04 - 12 de Novembro, 17:00 (BR) I 19:00 (CV) I 20:00 (PT)
Kubaka - BNegão (BR) I Elisa Lucinda (BR) I Patrícia Ramos (CV) I Reven Almeida (CV) I Bia Ferreira (BR) I M.A.B. 6 (cv) I Moderador - António Tavares (CV)
Painel 05 - 13 de Novembro, 17:00 (BR) I 19:00 (CV) I 20:00 (PT)
Amdjers na obra - Astu Kargbo (CV) I Sara Estrela (CV) I Calceteiras do Carriçal (CV) Maísa Fortes (CV) I Celeste Fortes (CV) I Moderação: Rita Raínho (PT)
Painel 06 - 14 de Novembro, 17:00 (BR) I 19:00 (CV) I 20:00 (PT)
Iniciativa OUTROS BAIRROS: QUE FUTURO? - Raquel Rolnik (CV) I Flavio Higuchi + Alessandra Iturrieta (BR) I Bernardino Gonçalves (CV) I Kenny Paris (CV) I Redy Lima (CV) I Moderação: Nuno Flores (PT)
No âmbito do projecto de investigação Mapeamento Cognitivo dos Tradutores Portugueses, realiza-se a 11 de Novembro de 2020, entre as 16:00 e as 18:00, no Auditório 3 (Torre B, Piso 5) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, mais uma sessão intitulada A Arte de Traduzir As Mil e Uma Noites com tradução, a partir do Árabe, de Hugo Maia, e moderação de Ana Maria Bernardo.
A sessão de apresentação deste novo rebento — que assinala a minha estreia na narrativa de ficção — terá lugar no próximo dia 19 deste mês pelas 17.30 na lindíssima recém inaugurada Biblioteca de Alcântara (R. José Dias Coelho 29, 1300-327 Lisboa).
Gostava de contar com a vossa presença, a sala é grande, segura e ventilada, cumpre portanto as medidas necessárias para nossa segurança. É um espaço magnífico com vista para o Tejo e um jardim incrível. Até já.
Metrónomo sem função: nota de apresentação *Pedro Schacht Pereira, Professor associado de Estudos Portugueses e Ibéricos, The Ohio State University,in Posfácio *excerto adaptado na contracapa Nesta sua estreia literária Laura do Céu [pseudónimo de Soraia Simões de Andrade] procura uma linguagem ficcional a partir da autobiografia, entendida não como representação mimética de um percurso de vida da autora, mas como a ficcionalização da trajetória que a consciência subjetiva da narradora — uma voz inventada, portanto — empreende em busca de compreensão do seu lugar no mundo. Dois eixos me parecem igualmente determinantes e imbricados na estruturação desta narrativa: a reflexão sobre a dimensão proteica da perda, codificada nas perdas pessoais da narradora (a morte do pai, desde logo, mas também de outros familiares e o distanciamento em relação a amizades formativas), na fabulação do corpo em perda e do confinamento hospitalar, e nos caminhos que essas perdas abrem em termos da autocompreensão e da afirmação do sujeito da escrita; e a coincidência desse processo de descoberta e afirmação pessoais com o lento despertar da consciência cívica e da liberdade criativa e do lazer numa jovem democracia na periferia da Europa. O episódio da professora Cassilda e de como ela deixa de “reguar” os seus alunos é talvez o melhor indício da importância deste registo, como o metrónomo, com a sua história anticolonial, é o objeto que melhor marca um tempo fora dos gonzos, as ressurgências palimpsésticas da moralidade patriarcal na confluência do mundo rural e da urbe provinciana, um mundo ultrapassado mas não superado no Portugal “europeu” das décadas de 80 e 90, e como vimos descobrindo ultimamente, mesmo no presente. Mas a unir estes dois eixos está o trabalho romanesco sobre o nome próprio, e que cimenta a dimensão autobiográfica ficcional desta narrativa: a autobiografia é sempre o relato da conquista de um nome. O nome é o “pior de todos” os epítetos dispensados pelos colegas de escola à pequena Zoraide, e “deixou de ser um problema” apenas no culminar de um ato de coragem em que ela se insurge contra o abuso físico e psicológico da professora sobre os alunos, um dos rostos serôdios do outro tempo, e assim afirma e institui a consciência de um novo direito. Se até então a troca do nome por parte da professora e dos colegas era entendido como ato punitivo (e ferida narcísica), a partir desse episódio o nome é sentido como uma conquista. Mas a troca do nome é também uma estratégia literária, plasmada na escolha do pseudónimo “Laura do Céu” (os leitores atentos não deixarão de reconhecer as pistas que permitem descriptar este nome) para desdobrar e ficcionalizar a autoria, isto é, faz parte do contrato ficcional celebrado com os leitores.Por fim, sugiro que o motivo da escrita como costura merece atenção especial: costura entre o vivido e o diário, e entre o diário e a sua distensão crítica na efabulação. Este é um motivo que conjura uma das figuras mais poderosas do livro, a da cicatriz que a mãe exibe à filha sempre que lhe ralha, como marca de que o nascimento é para esta narradora uma história sem remate anunciado.
Professor: Azu Nwagbogu Horário: 20 Nov (18h - 21h), 21 e 22 Nov (15h - 18h)
Documentação necessária (em inglês):- Biografia curta, com telefone, WhatsApp e contacto por e-mail;- Carta de intenção. Participantes com limite: 10 participantes Procedimentos de selecção: Para cumprir o requisito e selecção com base na carta de intenção.
Para se registar: hangarcia.production@gmail.com
Língua: Este curso será ministrado em inglês.
Data limite para a inscrição: 17 de Novembro de 2020
Preço: 100 euros + inscrição
Este curso centrar-se-á no papel da imagem, dos objectos e dos seus conjuntos no pensamento crítico em torno dos fósseis futuros. Também colocaremos à prova esses tropos e ideias enquanto se relacionam com futuros, tornados populares na última década, na cultura visual contemporânea e examinaremos a sua aptidão para utilização na nossa realidade distópica actual. Por fim, reflectiremos sobre o debate sobre a restituição tópica e as possibilidades de acelerar o processo.
A estrutura do curso adoptará um calendário intenso sob estas rubricas: - Fósseis do futuro? Arquivo, Som, Documento, Memória.- Estética de Design Crítico e Fotografia de Estúdio em África.- Estudos de caso em arte, fotografia e design. Uma avaliação das principais exposições de arte, e tropas comuns na arte contemporânea em relação a África e diáspora.- Restituição e Museus em África. Azu Nwagbogu é o Fundador e Director da African Artists’ Foundation (AAF), uma organização sem fins lucrativos sediada em Lagos, Nigéria. Nwagbogu foi eleito como Director Interino/Curador Chefe do Museu Zeitz de Arte Contemporânea na África do Sul de Junho de 2018 a Agosto de 2019. Nwagbogu serve também como Fundador e Director do Festival LagosPhoto, um festival anual internacional de fotografia artística realizado em Lagos. É o criador do Art Base Africa, um espaço virtual para descobrir e aprender sobre a Arte Africana Contemporânea. Nwagbogu foi júri do Dutch Doc, POPCAP Photography Awards, World Press Photo, Prisma Photography Award (2015), Greenpeace Photo Award (2016), New York Times Portfolio Review (2017-18), W. Eugene Smith Award (2018), Photo Espana (2018), Foam Paul Huf Award (2019), Wellcome photography prize (2019) e é jurado regular de organizações como Lensculture e Magnum.Durante os últimos 20 anos, tem curadoria de colecções privadas para vários indivíduos e organizações empresariais proeminentes em África. Nwagbogu obteve um mestrado em Saúde Pública pela Universidade de Cambridge. Vive e trabalha em Lagos, Nigéria.
Ciclo ante-estreias com sessão de apresentação no Cinemateca.
“Há uma década que não vejo o meu pai. Juntamente com os meus colegas da escola de cinema, parto para o lugar onde nasci e o reencontro parece inevitável” (Miguel de Jesus). Filme sobre uma procura, ‘Cerro dos Pios’ interroga as possibilidades abertas pelo chamado cinema do real em formato diarístico e auto-reflexivo.
Vencedor do Prémio do Júri da Competição Nacional do Doclisboa 2019.
“Cerro dos Pios” de Miguel de Jesus com Afonso Mota, Bruno Côrte-Real, Francisco Costa, Manuel Martins, Miguel de Jesus Portugal, 2019
De terça-feira 3 novembro 2020 - quarta-feira 11 novembro 2020
Os monólogos da vagina são compostos por vários textos. Cada um deles lida com a experiência feminina, abordando assuntos como sexo, prostituição, imagem corporal, amor, menstruação, mutilação genital feminina, masturbação, nascimento, orgasmo. Um tema recorrente em toda a peça é a vagina como uma ferramenta de capacitação feminina e a personificação máxima da individualidade. Todos os anos, um novo monólogo é adicionado para destacar uma questão actual que afecta as mulheres em todo o mundo.