O que se celebra é o conhecimento e não uma qualquer forma de mobilização ou adesão à acção. Bem o contrário do que foi a tradição em Portugal de usos da história para celebrações identitárias no período colonial, mas também no pós-25 de Abril, e sempre ancoradas na grande metáfora das descobertas. Foi assim com a exposição do mundo português de 1940, foi assim com a adopção do luso-tropicalismo como narrativa moderada e afectuosa das consequências das descobertas, mas, depois, também nos anos 90, a emular a sequência das datas de descobrimentos que se memorizava na escola básica, a Comissão dos Descobrimentos de 1992 e a própria Expo-98.
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27.04.2018 | por André Barata