ESTREIA | Aquilo que ouvíamos | 15 a 25 Junho - 20h | LuxFrágil - Lisboa

Aquilo que ouvíamos Uma criação do Teatro do Vestido

ESTREIA 15 JUNHO | 20H00 | LUX FRÁGIL - LISBOA  
Sessões 15, 16, 17, 18, 19, 20 Junho | 20h00
e 22, 23, 24 e 25 Junho | 20h00   
Bilhetes à venda em www.teatrosaoluiz.pt 

Foto(c) João Paulo SerafimFoto(c) João Paulo Serafim

Aquilo que ouvíamos

era exactamente assim que era
se nos lembrássemos de como era
e,
de certa forma,
lembramo-nos.

‘Está a gravar?’
Desta vez voltámos para nós próprios o gravador.
Convidámos uma banda (3 músicos) e mais 2 músicos, num total de 5, para que, no barulho ensurdecedor que fazem (chama-se música, pá!, ah, pois é), não nos deixarem pensar assim muito. Lembrarmo-nos, chega. Contar uns aos outros, chega. Dançar, também. Cantar, por vezes, trautear, outras. Outras, só ficar a ouvir, chega.
Desta vez, voltámos para nós o gravador.
Está a gravar, sim, o que é contas sobre isto?

Aquilo que ouvíamos parte das nossas experiências de escuta de música alternativa – de diferentes estilos – de meados dos anos 80 à passagem para os anos 90 (sendo que, em cena, estão diferentes gerações, por isso será mais rigoroso dizer que se estende no tempo para além [e antes] desse tempo). É, sobretudo, um espectáculo sobre como a música foi e é parte da identidade das pessoas que a escutam, e sobre um tempo em que a materialidade da música era crucial e em que muitas das nossas actividades e vivências se organizavam em torno disso.
Por exemplo, comprar vinis com parcas mesadas, trocá-los no pátio da escola secundária, fazer amigos por causa disso, comprar cassetes para gravar esses vinis, que assim se multiplicavam, ou comprar cassetes de concertos mesmo raros e mesmo mal gravados mas muito preciosos, ou cassetes gravadas com programas de rádio feitos por nós e para nós. Ou, quando aquilo que ouvíamos era muito daquilo que nós éramos – ou, como a música nos conferia uma identidade.

Aquilo que ouvíamos leva-nos numa viagem por histórias pessoais de relação com a música e o seu consumo, que criaram e definiram identidades ao longo do tempo que ainda perduram.

Há uma proposta de dress code para esta peça. Não a tomem como imposição, mas como um convite: aos que ouviam ‘aquilo’, recuperar esses figurinos da adolescência, a roupa preta, as doc martens e tudo o resto que nos distinguia. Aos que não ouviam, convidamo-vos a vestirem-se de forma especial para esta viagem. Fica o convite. Até já.

Apresentações integradas nas programações de São Luiz Fora de Portas e Junho em Lisboa.

Texto e Direcção Joana Craveiro 

Co-criação e interpretação Estêvão Antunes, Inês Rosado, Joana Craveiro e Tânia Guerreiro 

Músicos convidados (co-criação, composição e interpretação) Bruno Pinto, Francisco Madureira e Loosers (Guilherme Canhão, José Miguel Rodrigues e Rui Dâmaso) 

Participação especial Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya 

Colaboração criativa Sérgio Hydalgo 

Cenografia Carla Martinez 

Figurinos Tânia Guerreiro 

Imagem João Paulo Serafim 

Vídeo directo João Paulo Serafim, e Henrique Antunes, Sónia Guerra, Tatiana Damaya 

Iluminação Leocádia Silva 

Som Pedro Baptista, Sérgio Milhano (PontoZurca) 

Operação de Som Pedro Baptista 

Direcção de Produção Alaíde Costa 

Assistência Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya 

Apoios Centro Cultural Vila Flor, FX RoadLights, ZDB 

Co-produção EGEAC – Programação em Espaço Público e São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João e Teatro do Vestido

Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra e Tatiana Damaya participam no projecto no contexto de estágio curricular, ao abrigo de protocolo entre o Teatro do Vestido e a ESAD.CR 

11.06.2021 | por Alícia Gaspar | aquilo que ouvíamos, EGEAC, lisboa, LuxFrágil, Teatro do Vestido

PORTA 33 | Exposições

PEIXE-PATO

Exposição de [exhibition by] Laetitia Morais e Mattia Denisse.

Inauguração [opening] Sexta-feira 11 de JUNHO às 19h


Tomando como ponto de partida uma viagem relâmpago em tempo de pandemia, a exposição PEIXE-PATO parte de indícios recolhidos em incursões furtivas dos cumes às margens da ilha. Transições e oposições da mais variada índole, tais como os meros que nascem fêmeas e transitam para machos; bananeiras na neve; árvores sexuais e órgãos milenários; montanhas trespassadas; túneis ao inverso; vacas caídas no mar; arestas arquitectónicas a penetrarem o oceano, e outras leituras aquáticas e insulares que subiram à superfície da memória, são algumas das imagens retinianas, que servem de jargão à exposição. “Que peixe será aquele? Em verdade, só por nadar debaixo da água ele parecia um peixe. Se andasse ao cimo da água, ao lume dela, seria pela espécie de penas (eram penas, sem dúvida) que o cobriam, pelas barbatanas que pareciam dois pés, pelos toquinhos de barbatana que pareciam asas, pelo jeito cambaleante e vacilante de mover-se, um pato. Era, portanto, um peixe-pato.”

“Daí em diante, raro era o dia em que ele não ia à pesca e o peixe-pato lhe não aparecia trazendo no bico um dos peixes de que ele mais gostava, para oferecer-lhe, e em que depois o peixe-pato se não deixava apanhar para, sentado o homem à beira de água, ficar no seu colo a receber as festas de que vibrava novamente, ronronando de satisfação.”

excertos do conto História do Peixe-Pato, de Jorge de Sena (in Antigas e Novas Andanças do Demónio, Edições 70)

JULHO NA PORTA33!

Estão de regresso as Oficinas para crianças no âmbito das Artes Plásticas, Expressão Dramática e Movimento. Juntos vamos conhecer e experimentar diferentes técnicas de expressão artística, num processo criativo e lúdico, pensado em estreita relação com a exposição Peixe Pato, de Laetitia Morais e Mattia Denisse.

Estas oficinas decorrerão em espaços interiores e exteriores, seguindo todas as recomendações da DGS no que respeita à COVID-19.
Duração | Segunda a sexta-feira; manhãs e/ou tardes
Destinatários | crianças dos 6 aos 11 anos 
Lotação máxima | 12 participantes

ESCOLA DO PORTO SANTO

Semana de abertura: 21—26 JUNHO

Em breve mais informação

Escola Primária do Porto Santo. Autor desconhecido. Cedência Secretaria do Turismo e Cultura | Direção Regional  do Arquivo e Biblioteca da Madeira. Escola Primária do Porto Santo. Autor desconhecido. Cedência Secretaria do Turismo e Cultura | Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira.

Mais do que uma travessia, um mergulho. Uma imersão de coração inteiro na ilha do Porto Santo, a partir de um lugar de princípio(s): a Antiga Escola da Vila. Não nos esquecemos que foi ali que ateámos o primeiro sopro e fizemos do desejo um projeto de “redesenho”, de encontro com um território tantas vezes remetido para margens invisíveis, da ação e do pensamento. Entendemos que o arquipélago se cirze com a mesma linha e se desenha do afiar do mesmo lápis. Abrimos a Porta para dentro e esticámos as mãos e os braços até ao invisível, até ao outro lado do mesmo corpo. Um só corpo. Este.  
A arte, a escuta, o pensamento e os afetos serão sempre a nossa porta de entrada, e prometemos entrar como quem mergulha, porque a ilha, como nós, será sempre mais fundo do que superfície, mais entrada do que saída.  
É urgente o “Mergulho”. E quem vier por aqui, virá connosco.

*Mais informações em Porta 33 

11.06.2021 | por Alícia Gaspar | arte, exposições, peixe-pato, Porta 33

Convite | Inauguração LELU KIZUA: Lino Damião + Nelo Teixeira

Abertura : Quarta-feira, 9 de Junho  |  17:00 - 20:00
Duração : 09.06 – 11.07.2021


A exposição Lelu Kizua decorrerá em Lisboa, no Espaço Espelho D’Água, com inauguração oficial dia 9 de junho e encerramento dia 11 de julho de 2021.
Lelu Kizua com co-curadoria de João Silvério Inês Valle, é a segunda exposição conjunta dos artistas angolanos Lino Damião e Nelo Teixeira em Portugal e tem como mote um diálogo de criações artísticas entre os dois autores que se encontravam ambos em Portugal no início da pandemia em 2020.

Num momento em que a história do Planeta colocou em questão tantos aspetos que considerávamos como garantidos, os artistas encontram nesta encruzilhada, a inspiração para refletir sobre essas mudanças, sobre os desafios e a coragem para encontrar formas de enfrentar as alterações e ultrapassar os obstáculos.

O título da exposição Lelu Kizua pode ser interpretado, numa tradução livre da língua Kimbundu, como uma referência à actualidade, aos dias de hoje, mas sem esquecer as histórias e as estórias recentes que ambos os artistas viveram. Esta relação com o presente não é estribada numa nostalgia do passado, mas numa certa melancolia que se presente por entre as diversas formas, figuras e personagens que as composições pictóricas e tridimensionais convocam. Como uma espécie de folha de diário que guarda as memórias de cada um. No limite, de cada um de nós.

Esta exposição faz parte de uma programação mais alargada, denominada VENTO SUL, que é uma programação cultural desenvolvida pela associação the CERA PROJECT com o Espaço Espelho D’Água e tem o apoio da DGArtes.

08.06.2021 | por Alícia Gaspar | convite, exposição, inauguração, lelu kizua, Lino Damião, Nelo Teixeira

Curso de Curadoria de exposições

Curso online para profissionais dos PALOP da área curatorial

Nuno Crespo e Paula Nascimento coordenam este curso, composto por dez módulos sobre temas fundamentais da formação de um curador contemporâneo, mesas-redondas online com convidados e um encontro semanal para a discussão de leituras e projetos.

O curso vai decorrer entre setembro e dezembro de 2021.

Prazos de Candidatura e Elegibilidade 

Dirigido a 20 profissionais dos PALOP, com o mínimo de 3 anos de experiência profissional ou de aprendizagem em áreas como artes visuais, história de arte, estudos culturais, filosofia ou teorias das artes, museologia, produção e gestão cultural, literatura ou novos media, que demonstrem apetência pelo estudo e prática curatorial no campo das artes visuais contemporâneas. 

Os candidatos devem ter entre 25 e 40 anos e o domínio da língua inglesa será condição preferencial.

O curso tem inscrições abertas de 7 de junho a 22 de julho. As candidaturas devem ser submetidas online. (Não é possível guardar a informação no formulário, aconselhamos que preencha num documento à parte. Quando tiver a informação completa, submeta).

Na avaliação e seleção dos formandos será tido em conta o interesse do curso para a formação do candidato, o curriculum vitae e a motivação do candidato, incluindo preocupações concretas em relação à sua atividade profissional. Os candidatos selecionados deverão comprometer-se a frequentar a totalidade do curso e a apresentar uma proposta de projeto curatorial. A apreciação das candidaturas será feita por um júri independente, podendo incluir uma entrevista final online.

Módulos 

Temas de museologia e História das exposições 
Laura Castro, coordenação

Genealogia das exposições africanas no ocidente 
Paula Nascimento, coordenação

Temas de curadoria 
Nuno Crespo, coordenação

Colecionismo 
Sylvie Chivaratanond, coordenação

Galerias, leilões e economia da arte 
Maura Marvão e Alberto Castro, coordenação

Conservação preventiva e Documentação 
Carla Felizardo e Joana Teixeira, coordenação

Circulação, Armazenamento e Instalação de Obras de Arte 
Filipe Duarte, coordenação

Comunicação de arte numa era digital 
João Pedro Amorim, coordenação

Planeamento, financiamento e gestão de projectos 
Miguel Magalhães, coordenação

Montagem de exposições 
Sylvie Chivaratanond, coordenação

Mesas-Redondas

Estão previstas 3 mesas-redondas sobre temas-chave na agenda da pesquisa curatorial que serão uma oportunidade para os alunos conhecerem artistas e curadores, do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, do meio artístico internacional, português e africano, e participarem nalguns dos debates que marcam os discursos contemporâneos da arte.

Seminário Permanente de discussão dos projetos dos alunos

Encontros semanais de discussão sobre os projetos dos participantes.

Biografias

Nuno Crespo (Lisboa, 1975) diretor da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, curador, crítico de arte e investigador, que se tem dedicado ao estudo dos cruzamentos entre arte, filosofia e arquitetura. Licenciado e doutorado em filosofia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é professor e colaborador habitual, enquanto crítico de arte, do suplemento cultural Ipsilon (Jornal Público) tendo sido membro do seu conselho editorial.

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é arquiteta e curadora formada pela Architectural Association School of Architecture e pela London South Bank University em Londres. Colaborou com ateliers de arquitetura no Porto e em Londres antes de fundar com Stefano Pansera Beyond Entropy um coletivo de investigação que opera nos campos da arquitetura – urbanismo – artes visuais e geopolítica. É consultora em vários projetos, incluindo o Pavilhão de Angola para a Expo Milano 2015 e colabora com diferentes instituições artísticas e coletivos. É curadora da Arco Lisboa edição de 2019, 2020 e 2021.

Contactos

Todos as questões e pedidos de informação deverão ser enviados para o email pgpd@gulbenkian.pt

Uma organização da Fundação Calouste Gulbenkian e da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto.

07.06.2021 | por Alícia Gaspar | Calouste Glubenkian, curso, curso de curadoria, curso online

Séminaire « Que peut le récit ? »

Vendredi 11 juin – Rencontre avec Romain Bertrand

Le detail du mondeLe detail du monde

10h-12h – Le Détail du monde : (d)écrire, entre histoire et littérature.

Les mots nous manquent pour dire le plus banal des paysages. Vite à court de phrases, nous sommes incapables de faire le portrait d’une orée. Un pré, déjà, nous met à la peine, que grêlent l’aigremoine, le cirse et l’ancolie. Il n’en a pourtant pas toujours été ainsi. Au temps de Goethe et de Humboldt, le rêve d’une « histoire naturelle » attentive à tous les êtres, sans restriction ni distinction aucune, s’autorisait des forces combinées de la science et de la littérature pour élever la « peinture de paysage » au rang d’un savoir crucial. La galaxie et le lichen, l’enfant et le papillon voisinaient alors en paix dans un même récit. Ce n’est pas que l’homme comptait peu : c’est que tout comptait infiniment.

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Qui a fait le tour de quoiQui a fait le tour de quoi14h-16h – Qui a fait le tour de quoi ? : lecture et discussion de l’Affaire Magellan.

L’histoire de l’expédition de Fernand de Magellan nous a toujours été racontée tambour battant et sabre au clair, comme celle de l’entrée de l’entrée triomphale de l’Europe, et de l’Europe seule, dans la modernité. Et si l’on poussait à son extrême limite, jusqu’à le faire craquer, le genre du récit d’aventures ? Et si l’on se tenant sur la plage de Cebu et dans les mangroves de Bornéo, et non plus seulement sur la Victoria ? Et si l’on faisait peser plus lourd, dans la balance du récit, ces mondes que les Espagnols n’ont fait qu’effleurer ? Et si l’on accordait à l’ensemble des êtres et des choses en présence une égale dignité narrative ? Et si les Indiens avaient un nom et endossaient parfois le premier rôle ? Et si l’Asie tenait aussi la plume ? Que resterait-il, alors, du conte dont nous nous sommes si longtemps bercés ?

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Directeur de recherche au Centre de recherches internationales (CERI, Sciences Po-CNRS), Romain Bertrand est notamment l’auteur de L’Histoire à parts égales. Récits d’une rencontre Orient-Occident (XVIe-XVIIesiècle), (Seuil, 2011, Grand Prix des Rendez-vous de l’Histoire de Blois 2012). Récemment, il a dirigé L’Exploration du monde. Une Autre histoire des grandes découvertes (Seuil, 2019) et publié Qui a fait le tour de quoi ? L’Affaire Magellan (Verdier, 2020).

07.06.2021 | por Alícia Gaspar | histoire, litterature, romain Bertrand, séminaire

Le Monde diplomatique - junho

Na edição de Junho destacamos um dossiê sobre a exploração de trabalhadores migrantes e o agrocapitalismo no Alentejo, numa abordagem que reflecte sobre os limites da mobilização do conceito de «tráfico de pessoas», que pouco tem beneficiado as vítimas (Mara Clemente), e que retrata as várias vulnerabilidades do quotidiano de trabalho e da vida destes migrantes, inseridos nas cadeias globais de valor (Ana Estevens, Jorge Malheiros, Katielle S.N. Silva). Fazemos também um balanço do que está previsto no Plano de Recuperação e Resiliência para os sectores da Saúde (Cipriano Justo) e da Habitação (Rede H) em Portugal. Na secção Outras Palavras deste mês propomos poesia, prosa e ilustrações feitas no âmbito da Leitura Furiosa 2021 no Porto.

No internacional revisitamos, à luz das mais recentes agressões, as guerras sem fim de Israel contra os palestinianos (Alain Gresh). Fazemos o relato da brutal repressão que se abate sobre os manifestantes na Colômbia, tratados como «inimigos internos» (Lola Allen e Guillaume Long). Analisamos os movimentos tendentes a transformar o Brasil numa «democracia militarizada» (Anne Vigna) e as causas do desastre pandémico indiano (Christophe Jaffelot). As tensões geopolíticas que levam a Aliança Atlântica a explorar o terreno asiático (Martine Bulard) e as divisões na esquerda francesa quanto à proposta de anulação da dívida (Renaud Lambert) são outros temas em destaque. Bem como um dossiê sobre «a cidade desfigurada» pelas escolhas ligadas, designadamente, ao consumo e à mobilidade. E muito mais.

Com o jornal está nas bancas o livro Os Três D dos Media – Desigualdade, Desprofissionalição e Desinformação, organizado por José Nuno Matos, Filipa Subtil e Carla Baptista.

ÍNDICE DE ARTIGOS aqui.TAMBÉM DISPONÍVEIS:
«Um povo de pé», SERGE HALIMI «O jornalismo no novo negócio dos media», SANDRA MONTEIROASSINATURA: Assinar é reforçar a independência e a estabilidade financeira do jornal.Veja como assinar por 1 ou 2 anos aqui.Nós cuidamos de lhe levar o jornal.CONHECE OS NOSSOS LIVROS?Veja aqui.

04.06.2021 | por martalanca | jornalismo, Le Monde diplomatique

"Les récits impliqués de l'art" une rencontre avec Sophie Orlando & Olga Rozenblum

Vendredi 4 juin à 14h aura lieu la sixième et avant-dernière séance en ligne du séminaire “Que peut le récit ? Pratiques historiennes, artistiques et curatoriales” proposé par Vanessa Brito dans le cadre d’un partenariat entre les Beaux-Arts de Marseille, le Collège International de Philosophie, le Frac Provence-Alpes-Côte d’Azur, le Mucem, le cinéma La Baleine et la librairie L’Hydre aux mille têtes.

À noter que la dernière séance du séminaire aura lieu le vendredi 11 juin, toujours en ligne, en compagnie de l’historien Romain Bertrand.

Pour cette table ronde intitulée Les récits impliqués de l’art, les Beaux-Arts de Marseille invitent Sophie Orlando (historienne de l’art) et Olga Rozenblum (commissaire d’exposition, productrice et programmatrice).

Comment participer à un récit de l’art qui ne parle pas à la place des artistes, des militant·e·s, des communautés mais leur laisse leur place à table ? Comment les remettre au centre de la situation et de l’énonciation de l’art ? Olga Rozenblum et Sophie Orlando discuteront de leurs manières de faire, de leurs différentes relations à la fois aux personnes et aux archives. Elles échangeront sur leurs manières de faire émerger les tissages entre différentes générations afin de proposer des généalogies d’affinités politiques. Olga Rozenblum discutera notamment de ses projets autour de Guillaume Dustan, Maïa Izzo-Foulquier et Griselidis Réal, tandis que Sophie Orlando parlera des écritures des récits féministes de l’art, de son travail avec les pensées et les œuvres du Black art britannique, mais surtout de l’écriture des récits produits par et autour des écoles d’art.

Pour vous connecter à cette séance, suivez le lien Teams suivant :

Cliquez ici pour rejoindre la réunion

Les informations complètes sur la séance du 4 juin se trouvent sur le site de l’école et sur Facebook.  

Olga Rozenblum est co-fondatrice de l’espace indépendant Treize à Paris et des structures red shoes et les Volcans, à travers lesquelles elle accompagne des artistes dans leurs projets de films ou d’exposition, cherchant avec elles/eux des systèmes alternatifs de production et de diffusion. Elle a organisé ces dernières années le festival UNdocumenta (festival de films disparus), la rétrospective des films de Guillaume Dustan, l’activation du fonds du Centre de documentation international sur la prostitution créé par Grisélidis Réal.

Basée à Paris, Sophie Orlando enseigne les théories de l’art à la Villa Arson, à Nice. Elle écrit, édite, diffuse à propos de pratiques artistiques situées dans la sphère du conceptualisme, des arts noirs européens et elle partage des formes culturelles et pratiques antiracistes et antisexistes. Elle développe actuellement des textes, entretiens et programmes sur les pédagogies critiques appliquées au champ de l’art.

Vanessa Brito est professeure aux Beaux-Arts de Marseille et directrice de programme au Collège International de Philosophie.

À noter que la dernière séance du séminaire aura lieu le vendredi 11 juin, toujours en ligne, en compagnie de l’historien Romain Bertrand.

01.06.2021 | por Alícia Gaspar | Art, Beaux-Arts de Marseille, Conference, historien

Aurora Negra regressa ao D. Maria II em junho

Depois de ter aberto a Temporada 2020/2021 do Teatro Nacional D. Maria II, com várias sessões esgotadas, Aurora Negra, de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, regressa à Sala Estúdio de 10 a 20 de junho

Com criação, direção artística e interpretação de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, Aurora Negra nasce da constatação da invisibilidade a que os corpos negros estão sujeitos nas artes performativas, sendo-lhes negado constantemente o acesso à construção das suas narrativas.

Neste espetáculo, o canto começa na voz de uma mulher que fala: fala crioulo, fala tchokwe, fala português. Em cena, três corpos, três mulheres na condição de estrangeiras falam também essas três línguas. Três mulheres que buscam as raízes mais profundas e originais das suas culturas, celebrando o seu legado e projetando um caminho onde se afirmam como protagonistas das suas histórias.

Aurora Negra foi o espetáculo vencedor da segunda edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, um projeto promovido pelo Teatro Nacional D. Maria II, o Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, o Teatro Viriato, em Viseu, e o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e que se destina a apoiar jovens artistas e companhias emergentes.

Depois da sua estreia no D. Maria II, em setembro de 2020, Aurora Negra foi já apresentado em vários espaços do país e regressa agora a Lisboa, para 9 apresentações na Sala Estúdio. A sessão de 20 de junho, domingo, contará ainda com interpretação em Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.

Mais informações sobre o espetáculo aqui.

29.05.2021 | por Alícia Gaspar | aurora negra, corpo, crioulo, dança, tchokwe, teatro

Fantasmas do Império | 3 Junho nos Cinemas

SESSÕES

Estreia a 3 de junho
Cinema City Alvalade (Lisboa)
Cinema City Alegro Setúbal
Cinema NOS Alma Shopping (Coimbra)

10 de junho – hora a confirmar 
Tavira

23 de junho – 19h00 
Teatro Sá da Bandeira (Santarém) – em parceria com o Cineclube de Santarém

Debates no Cinema City Alvalade no final da sessão das 19h

3 Junho – Ariel de Bigault (realizadora)
4 Junho – Fernando Matos Silva (realizador, montador e produtor; personagem principal de Fantasmas do Império)
7 Junho – António Pinto Ribeiro (Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e no projeto Memoirs Filhos do Império)
8 Junho – Margarida Cardoso (cineasta; personagem principal de Fantasmas do Império)
9 Junho – Ariel de Bigault (realizadora)

28.05.2021 | por Alícia Gaspar | cinema, colonialismo, estreia, Fantasmas do Império, filme

Memória Ambiental — MAAT

29 de Maio | 15.00 - 18.00

Programa: Clima: Emergência > Emergente

Curadora:Margarida Mendes

Com: Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Ruivo, Julia Seixas, proTEJO, Movimento SOS Serra d’Arga

Local: Sala dos Geradores [Central]

João Ruivo, 'Monólitos Solo'João Ruivo, 'Monólitos Solo'

Este fórum composto por dois painéis – integrado na iniciativa de programação do maat Clima: Emergência > Emergente – aborda legados críticos do extrativismo e a atual transição energética propondo futuros restaurativos. O fórum reúne investigadores e ativistas que operam nos campos da engenharia do ambiente, conservação e humanidades, para discutirem o legado colonial da política de recursos e opções alternativas para a utilização da terra e da água.
Cruzando o campo da crítica infraestrutural com o discurso descolonial, Memória Ambiental introduz perspectivas históricas sobre o planeamento agrário, a gestão de recursos e práticas de conservação, definindo um eixo entre a injustiça climática contemporânea e o legado colonial das políticas ambientais, tanto em Portugal como noutros locais. Pondo em causa o extrativismo que permeia os modelos económicos contemporâneos, os convidados analisam a sua origem em regimes prévios de instrumentalização de solos e recursos, fundeando o debate em casos de estudo em territórios previamente colonisados. São também introduzidas perspectivas críticas sobre modelos emergentes para uma transição energética justa, questionando-se o conceito de “energia verde” em relação à manutenção hidrográfica da bacia do Tejo que atravessa a Península Ibérica, e à extração de lítio no Alto Minho.

As conversas (em inglês) contam com a participação de Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Ruivo, Júlia Seixas, proTEJO – Movimento pelo Tejo, Movimento SOS Serra d’Arga, a convite de Margarida Mendes.

Painel 1:
Disputas territoriais em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal

Com Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Prates Ruivo.
Moderação Margarida Mendes.

Boaventura Monjane fala-nos das dinâmicas agrárias e de extração, de penetração de capital em zonas rurais do Sul Global, olhando em particular para processos de acumulação históricos, mas também dos nossos dias. A conferência traz luz às raízes muitas vezes obscuras do contínuo conflito de Cabo Delgado no norte de Moçambique, ou seja, o modo militarista do extrativismo de enclave, que amplia desigualdades sociais e económicas existentes, e os usuais défices no que diz respeito à tomada de responsabilidade, transversalmente evidentes no sector de extração em África. Monjane fala-nos ainda sobre o que é cunhado por ele como “reações políticas vindas de baixo” para destacar agências rurais (e urbanas) no confronto e resistência ao extrativismo (e militarização).

Através de fotografias e narrativas criadas por um grupo variado de agricultores da Guiné-Bissau que vivem no Parque Nacional de Cantanhez, a apresentação de Joana Roque de Pinho examina as descrições locais de uma paisagem culturalmente muito valorizada e as próprias práticas dos agricultores de conservação de biodiversidade, ambas as quais desafiam narrativas dominantes sobre o parque e os seus residentes.

Partindo de uma leitura crítica da história recente do aproveitamento hidroelétrico, a conferência de João Prates Ruivo foca o papel das missões de reconhecimento pedológico na reconfiguração territorial ocorrida durante o conflito anticolonial em Angola, e refletir hoje sobre as possibilidades de práticas situadas de resistência, no contexto das transformações ambientais decorrentes do projeto de cultivo intensivo da Barragem de Alqueva, no Alentejo.

Painel 2:
Vectores energéticos e modelos de conservação
Com Júlia Seixas, Carlos Seixas (Moviemento SOS Serra d’Arga) and Paulo Constantino (Movimento proTEJO).
Moderação Margarida Mendes.

O uso de recursos energéticos tem aumentado desde a revolução industrial, particularmente depois do fim da Segunda Guerra Mundial, para suportar o número crescente de serviços humanos e sociais. Os modelos de abastecimento de combustível fóssil têm colocado uma enorme pressão ambiental e social em algumas zonas do planeta, nomeadamente em países vulneráveis, com poucos ou nenhuns benefícios para as suas populações. Segundo Júlia Seixas, a transição energética traz um novo modelo muito baseado em recursos energéticos locais, mas muito exigente para com a terra, os minerais e metais. A “velha” relação entre países fornecedores de recursos e países consumidores de tecnologia ainda persiste, dificultando a transição justa desejada pelas novas gerações.

Endereçando a questão da prospecção de lítio em Portugal, Carlos Seixas do Movimento SOS Serra d’Arga esclarece como a população do Minho tem resistido ao projeto governamental de fomento mineiro, expondo como os cidadãos podem combater a mentira da mineração verde e ganhar esta batalha.

proTEJO – Movimento pelo Tejo questiona o conceito de energia verde e irá apresentar a sua posição sobre as questões hídricas e energéticas ligadas à bacia do Tejo, que vem a observar desde 2009. Prestando especial atenção às questões de conservação e salvaguarda da biodiversidade do rio Tejo e seus afluentes, o movimento propõe uma gestão sustentável, transparente e participativa da bacia hidrográfica do Tejo a fim de assegurar a disponibilidade de água em quantidade suficiente e de qualidade tanto para nós como para as gerações futuras. Com este objetivo considera fundamental a defesa dos pilares da vida do rio: a quantidade de água com a circulação de caudais ecológicos, em consonância com os ritmos sazonais e com condições que permitam a migração das espécies; a qualidade da água para suprir as necessidades humanas e ecológicas; e a conectividade fluvial que mantém um rio livre e vivo para assegurar as condições naturais para termos água em quantidade e com qualidade, bem como para preservar a biodiversidade e o património cultural material e imaterial associado.

Sobre o programa
Ao chamar a atenção para a emergência climática, a iniciativa de programa público Clima: Emergência > Emergente estimula análises críticas e propostas criativas que procuram ir além do catastrofismo, fazendo emergir futuros ambientalmente sustentáveis.
De âmbito internacional e interdisciplinar, o programa foi idealizado pelo recém-fundado Coletivo Climático do maat, dirigido por T. J. Demos, e destina-se a reunir diferentes profissionais de cultura que trabalham na interseção das artes experimentais com a ecologia política.

Leia a declaração do Coletivo Climático no maat ext. (em inglês).

25.05.2021 | por Alícia Gaspar | ambiente, angola, conversas, Guiné-Bissau, maat, memória ambiental, Moçambique, Portugal, proTEJO

Celebrar África: palavra, vozes e ritmos

Organização: Roda Viva – restaurante e espaço cultural

Parceria: Junta de Freguesia Santa Maria Maior e Projecto Literaturas Afrikanas

Músico convidado: Mbalango

Curadoria: Venâncio Calisto

No âmbito das comemorações do mês de África, o Roda Viva: restaurante e espaço cultural moçambicano em Lisboa, numa parceria com a Junta de Freguesia Santa Maria Maior promove o evento “Celebrar África: palavra, vozes e ritmos” a ter lugar no dia 27 de maio a partir das 16 horas.

Com uma programação em que o livro assume o centro das atenções, este evento é um convite para olhar o continente mãe com os “olhos bem de ver” como vaticinou a poeta Noémia de Sousa, a partir das lentes dos seus pensadores, poetas e escritores, cujas obras estarão expostas no emblemático lavadouro municipal de Alfama, mesmo em frente ao Roda Viva, No Beco do Mexias nº 11.

Para além da feira do livro à cargo do projecto Literaturas Afrikanas, a música também marca especial presença nesta festa de África, através do concerto “Mbira ya Inhagoia”, uma breve apresentação do mais recente álbum do músico moçambicano Mbalango. Trata-se de uma viagem ao encontro das sonoridades e ritmos do passado e do presente, uma oportunidade para conhecer as narrativas de luta e de esperança do povo moçambicano.

O Dia da África comemora-se anualmente a 25 de maio. Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu esta data como o Dia da África ou o Dia da Libertação da África. E recorda a luta pela independência do continente africano, contra a colonização europeia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre.

25.05.2021 | por Alícia Gaspar | Africa, celebrar África, concerto, exposição, feira do livro, Noémia de sousa, roda viva

SLAVERY — Ten true stories

Rijksmuseum, the national museum of arts and history of the Netherlands, will stage its first ever major exhibition dedicated to the subject of slavery this spring. Slavery is inextricably bound up with Dutch history. It is the first time stories of slave trade across the Atlantic and the Indian Oceans are told together in one exhibition in the Netherlands.

The Slavery exhibition presents ten true stories. Ten personal stories about enslaved people and slave owners, people who resisted, and people who were brought to the Netherlands in slavery. What were their lives like? What was their attitude to the system of slavery? Were they able to make their own decisions?

Slavery exhibition, Photo RijksmuseumSlavery exhibition, Photo Rijksmuseum

The exhibition will include objects from national and international museums, archives and private collections like the Nationaal Museum voor Wereldculturen, British Museum, National Gallery of Denmark, Iziko Museums of South Africa, St Eustatius Historical Foundation, National Archeological Antropological Memory Management (NAAM) in Curaçao, the National Archives of South Africa, Indonesia and the Netherlands and private collections in Sint Eustatius, Suriname, the Netherlands.

Valika Smeulders, head of History Rijksmuseum: By focusing on ten true personal stories, ‘Slavery’ gives an insight into how individuals dealt with legalized injustice.

Taco Dibbits, General Director Rijksmuseum: The Rijksmuseum is the national museum of art and history. Slavery is an integral part of our history. By delving into it, we can form a more complete picture of our history and a better understanding of today’s society.

Ten true stories

During the 250-year colonial period, people were made into property and objects to be recorded in accounts. The exhibition highlights the lives of ten people who lived at the time. They each tell their own story: about living in slavery or taking advantage of it, about resistance and – ultimately – freedom. 
They include enslaved people and slaveholders, as well as individuals who broke the shackles of slavery, an African servant in the Netherlands, and an Amsterdam sugar industrialist. An audio tour leads visitors through these widely differing lives. Among the narrators are Joy Delima, Remy Bonjasky and Anastacia Larmonie, who each have a connection with one of the ten people through their own background.

The exhibition includes objects, paintings and unique archival documents, and visitors will hear oral sources, poems and music. To tell a more complete story, there will be exhibits that have never been shown in the Rijksmuseum before, such as objects that were cherished by people in slavery, and tools that were used on plantations.

Once visitors have seen the exhibition, artists David Bade and Tirzo Martha from Instituto Buena Bista in Curaçao invites visitors to process their impressions in new, own artworks, entitled Look at me now.

Tronco (Multiple Foot Stocks) for the constraining enslaved people, c. 1600–1800. Rijksmuseum, gift from Mr J.W. de Keijzer, GoudaTronco (Multiple Foot Stocks) for the constraining enslaved people, c. 1600–1800. Rijksmuseum, gift from Mr J.W. de Keijzer, Gouda 

The Dutch colonial period on four continents

The exhibition spans the Dutch colonial period from the 17th to the 19th century. It features the trans-Atlantic slavery in Suriname, Brazil and the Caribbean, and the part played by the Dutch West India Company (WIC); and Dutch colonial slavery in South Africa and Asia, where the Dutch East India Company (VOC) operated. The effects of the system in the Netherlands during the period are also highlighted. As a whole it offers a geographically broad and at the same time specifically Dutch view which has never been seen before in a national museum.

Look at me now

The stories in the exhibition – about João, Wally, Oopjen, Paulus, Dirk, Lokhay, Van Bengalen, Surapati, Sapali and Tula – stand for millions of other stories about the slavery past of the Netherlands, and its continued effects. At the end of the exhibition, the artists David Bade (Curacao, 1970) and Tirzo Martha (Curacao, 1965), both from Curacao’s Instituto Buena Bista, invite visitors to give expression to their own stories through the ten new artworks making up the Look at Me Now project. 
Visitors can follow the progress of this project via the website.

Collaboration

The exhibition and accompanying events and activities are the result of collaboration with a wide variety of external experts, including historians, heritage experts, cultural entrepreneurs, artists, theatre practitioners and performers.

Narrative advisor
Jörgen Tjon A Fong

Think tank 
Reggie Baay, Raul Balai, Aspha Bijnaar, Mitchell Esajas, Karwan Fatah-Black, Martine Gosselink, Dienke Hondius, Wayne Modest, Ellen Neslo, Matthias van Rossum, Maurice San A Jong, Alex van Stipriaan, Jennifer Tosch, Urwin Vyent, Simone Zeefuik and Suze Zijlstra

Online exhibition

The Rijksmuseum is also presenting the ten stories in an online exhibition that features video and audio clips, animations, an overview of the exhibition galleries, and objects that can be viewed in exceptional detail. Visitors to the website will be able to see the Slavery exhibition in ten episodes, whenever and wherever it suits them.

Rijksmuseum & Slavery

For the coming year, more than 70 objects in the permanent collection will have a second museum label that explores and highlights what has been, until now, an invisible relationship between the object and slavery. Subjects covered range from former rulers to the presence of people of colour and the way they are portrayed. &Slavery is taking place concurrentlxy with the Slavery exhibition, but it is not part of the exhibition. 

Audio tour

The audio tour is an integral part of the exhibition and is offered free of charge. There is a special interactive audio tour for children.

Accompanying book

The Rijksmuseum and Atlas Contact Publishers are jointly publishing Slavery, a richly illustrated book describing the lives of ten people who were part of the Dutch colonial history of enslavement. Authors: Eveline Sint Nicolaas, Valika Smeulders et al. Available in the Rijksmuseum shop and in bookshops.

Exhibition design

The exhibition design is by AFARAI, the agency led by architect Afaina de Jong.
The graphic design of the exhibition and the book are by Irma Boom Office.

Symposium

The Rijksmuseum partnered with the National Library of the Netherlands and the National Archive of the Netherlands to present an English-language online symposium on 23 April 2021, focusing on what it means to increase inclusivity in source usage by museums, archives and libraries. What sources are available to people making presentations and conducting research on the subjects of slavery and the slave trade? Click here to view the symposium.

Benefactors

The Slavery exhibition is made possible in part by the Mondriaan Fund, Blockbuster Fund, Fonds 21, DutchCulture, Democracy & Media Foundation, Stichting Thurkowfonds, ThiemeMeulenhoff, Boomerang Agency and via the Rijksmuseum Fonds: Scato Gockinga Fonds, Fonds de Zuidroute, Zusjes Nieuwbeerta Fonds, Fonds Dirk Jan van Orden, Henry M. Holterman Fonds and Bestuursfonds Hollandse Meesters.

22.05.2021 | por Alícia Gaspar | colonial period, dutch slavery, exhibition, history, slavery

VOARTE – Dias de Dança, Cinema e Comunidade

1 a 5 de Junho de 2021

Teatro do Bairro


Está a chegar uma semana de programação da VOARTE, com dias dedicados à dança, cinema e comunidade, que visam dar a conhecer o trabalho que a estrutura tem vindo a desenvolver ao longo de 23 anos de projectos artísticos multidisciplinares, inclusivos e inovadores. Decorrerá entre o dia 1 e 5 de Junho, no Teatro do Bairro, e contará com a exibição de filmes, conversas, ações de formação e a estreia do novo espectáculo de dança da CiM – Companhia de Dança.

Dia 1 de Junho (terça-feira) – InShadow _ LittleShadow – teremos uma sessão de animação destinada ao fechada ao público geral e articulada directamente com as escolas, desenvolvida no sentido de suscitar a imaginação e desenvolver a reflexão crítica entre os mais jovens. Um apanhado do melhor que nos tem chegado à Competição Internacional de Animação da secção Little Shadow, em combinação com produções inéditas entre nós. São oito filmes - desde poemas visuais, com o corpo e a abstracção em constante movimento, a apontamentos narrativos de crescente complexidade - assentes em temáticas actuais (da inclusão, à sustentabilidade ambiental), cuja exibição pretende promover o cinema de animação enquanto ferramenta activa no desenvolvimento de mentes e identidades socialmente conscientes.

Dia 2 de Junho (quarta-feira) – Projecto Educativo _ Geração Soma – durante a tarde decorrerá uma ação de formação para professores, sobre práticas artísticas e inclusivas em contexto escola, que terá como ponto de partida o Documentário Geração SOMA. Todas as memórias têm um contexto, um tempo e um espaço. Através do processo criativo do projeto Geração SOMA, iremos explorar um olhar para trás, um mundo onde se multiplicam momentos e uma caixa de memórias onde se somam experiências vividas que resultaram numa aventura inesquecível. Um projeto inclusivo e social que trabalhou com crianças entre os 5 e os 16 anos de escolas do Ensino Básico de Lisboa, integrando também crianças com NEE (Necessidades Educativas Especiais) e os respetivos educadores (professores e pais), através da criação e prática artística. Ao fim do dia, pelas 19h30, será novamente exibido o documentário Geração SOMA, para famílias e público geral.

Dia 3 de Junho (quinta-feira) – Cinema _ Documentário & Vídeo-Dança – Um dia dedicado ao universo cinematográfico de Pedro Sena Nunes, passando pelo formato documentário, pelas 15h - com os filmes A Morte do Cinema e Qualquer Coisa de Belo, que partem da premissa do papel do cinema enquanto potenciador/criador de memórias - e pela sua valência mais cine-coregráfica, às 19h30 – com os filmes Poti Pati, Four Void, Hope e Pequena Desordem Silenciosa, de natureza experimental, povoados pela poesia nas suas mais variadas formas - vocal e imagética, cénica e coreográfica.

Dia 4 de Junho (sexta-feira) – InArt & InShadow _ Documentário & Vídeo-Dança – Um dia dedicado aos Festivais produzidos pela VOARTE, o INART – Community Arts Festival e o InShadow – Lisbon Screendance Festival. A tarde inicia-se às 15h, com os documentários Ícaro e 2 and 2 Are Four de Pedro Sena Nunes, numa alusão ao INART, um festival dedicado à promoção de projectos artísticos baseados na diversidade das comunidades, numa arte plural e participativa. Uma sessão fechada ao público geral e dirreccionada a estudantes de dança. Pelas 19h30, numa exibição dedicada ao Festival InShadow, serão projetados nove vídeo-dança, selecionados de entre aqueles que mais se destacam ao longo de uma década de programação, e que testam os limites da relação cine-coreográfica entre a câmara e corpo nas suas mais variadas formas.

5 de Junho (sábado) – CiM – Companhia de Dança _ Geografia Humana – a fechar a semana, no sábado, às 19h30, haverá a estreia do novo espectáculo produzido pela CiM, Geografia Humana.

“Estudamos as superfícies, um possível território, uma paisagem, um lugar. Observamos a distribuição das coisas, dos movimentos, de fenómenos e ajustamos. Medimos o espaço, criamos memória do corpo que o habita e criamos relações com o meio ambiente. São detalhes em transformação com uma ordem inacabada onde podemos escutar o delicado de um espaço e tempo aberto.”

Gostaria de conhecer melhor os projetos da VOARTE e experienciar uma semana enriquecedora a nível cultural e pessoal? Esperamos por si no Teatro do Bairro, de 1 a 5 de junho!
Bilhetes de cortesia, com preços que variam entre 2€ e 5€, brevemente à venda em teatrodobairro.bol.pt.

A voarte, com 23 anos, nasceu da vontade de produzir, promover e valorizar a criação contemporânea, através do cruzamento de linguagens artísticas. Desde 2007, produz a CiM - Companhia de Dança que integra profissionais com e sem deficiência, assim como a produção dos festivais InShadow – Lisbon Screendance Festival e o InArt – Community Arts Festival. Sob a Direcção Artística de Ana Rita Barata (coreógrafa) e Pedro Sena Nunes (realizador).

20.05.2021 | por Alícia Gaspar | arte, cinema, conversas, dança, Teatro do Bairro, voarte

Literaturas Afrikanas

O blog na rua 

Acompanhando a conferência “Desafios das línguas nacionais e da língua portuguesa nalguns países da CPLP”, o blog participará com uma banca de livros de autoria africana  escritos em línguas nacionais ou em versão bilingue com o português. Haverá também dicionários e gramáticas de várias língua nacionais africanas e, até, do Brasil.

Uma mesa especial será consagrada a obras das e dos ilustres palestrantes da conferência e do programa de acompanhamento. 

Vejam a programação do evento  aqui.  

A banca estará pronta para vos acolher a partir das 12.00 horas até às 20.00 horas , na sexta feira , dia 21 de maio, no “Bistrô Crioulo” do Centro Cultural de Cabo Verde , na Rua de São Bento, em Lisboa. 

A conferência começa às 17 horas e pode ser acompanhada online aqui. Para a participação presencial é necessária uma inscrição prévia.

 Apareçam nesta celebração da palavra africana (e não só)  e divulguem!!!!

20.05.2021 | por Alícia Gaspar | cabo verde, centro cultural de cabo verde, língua portuguesa, lisboa, literaturas afrikanas

Memórias de um filme + 66 cinemas

Agora que, finalmente, podemos regressar aos cinemas, O FILME DO MÊS de Maio é precisamente composto por dois filmes que nos falam sobre a magia da sala de cinema e sobre os perigos que ameaçam a sua existência.

MEMÓRIAS DE UM FILME 

de Tiago Resende, Documentário Experimental, Portugal, 2014, 26’

As cidades têm vindo a perder os seus templos do cinema. O ato de ir ao cinema está a perder importância social. Deixou-se de ir à sala escura em busca do sonho. Vivia-se o cinema e sentia-se o cinema, em conjunto. Hoje, estamos sozinhos.
Assim como estes lugares que estão isolados, sem público, sem projeccionistas, sem filmes, sem cinema. A sala enquanto lugar mítico e fábrica de sonhos está a desvanecer. Deixou-se de sonhar. Apagaram-se as memórias daqueles lugares e daqueles por que lá passaram e viveram, com emoção, o cinema. Era uma vez um filme e as memórias desse sonho. Restam-nos algumas memórias, memórias de um filme.

66 CINEMAS

de Philipp Hartmann, Documentário, Alemanha, 2016, 98’, M/12

Com a ajuda de uma única câmara, Hartmann filma os verdadeiros protagonistas do Cinema: os responsáveis pelos bastidores. As pessoas por detrás da bilheteira. Os seus animais de estimação. Os passatempos com que ocupam as horas mortas. As histórias de como se apaixonaram por este mundo, muitos ainda na infância e adolescência, e fizeram carreira nele para proporcionar a mais jovens essa mesma paixão. Os muitos telefonemas a pedir informações sobre os horários de exibição de determinada película. As toneladas de pipocas. O velho. As películas em 35 mm e os retroprojectores. O novo. O comercial e o mais ecléctico. As várias gerações de uma mesma família ligadas à gerência de uma sala de cinema. Os pessimistas, que vêem a evolução da indústria como desmoralizante. Os optimistas, que acreditam que a tecnologia pode conviver com métodos mais tradicionais. Os que defendem que os pequenos cinemas não estão todos condenados à falência e os corajosos que, ainda hoje, decidem abrir novas salas. A diminuição da afluência de expectadores. As artimanhas para contornar a crise. O declínio de uma arte que a digitalização veio mudar para sempre, e as soluções que se encontram para a manter viva.

Locais, Datas, Horários e Preços:
Biblioteca de Alcântara • 20 Maio 2021 • 19:30 • 4€/pessoa
Biblioteca de Marvila* • 21 Maio 2021 • 19:00 • 4€/pessoa
O Cinema da Villa • 28 Maio 2021 • 16:30 • Preçário em vigor no cinema

A sessão de 21 Maio, na Biblioteca de Marvila, será seguida por uma conversa com Rita Rio de Sousa, programadora da Castello Lopes Cinemas e d’O Cinema da Villa.

Para as Bibliotecas, é obrigatória reserva até às 15:00 do dia da sessão através do email: servicoeducativo@zeroemcomportamento.org

O Filme do Mês é um projecto de exibição, pensado para o público adulto, com filmes sobre temas tão distintos como: Política, Economia, Direitos Humanos, Educação, Arquitectura e Urbanismo, Artes, Ciência e Ecologia, entre muitos outros temas.

19.05.2021 | por Alícia Gaspar | 66 cinemas, cinema, documentário, evento, memórias de um filme, o filme do mês

Dublinense lança aguardado novo romance de Cristina Judar, vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura

”Elas marchavam sob o sol”, lançado 4 anos depois de seu último romance, apresenta narrativa sobre aprisionamentos relacionados ao feminino e a corpos dissidentes.

Em continuidade à trajetória iniciada pela autora em seus lançamentos anteriores, Elas marchavam sob o sol, segundo romance de Cristina Judar (ganhadora do Prêmio São Paulo de Literatura 2018 e finalista do Prêmio Jabuti) baseia-se em um extenso trabalho sobre o que é ser mulher no Brasil e no mundo, hoje e nas últimas décadas. 

“Neste romance, eu quis trazer à tona questionamentos sobre os mecanismos de exploração e de produção do corpo-capital, assim como sobre a estigmatização e o aprisionamento dos corpos do ser mulher (sejam elas cisgênero ou transgênero) e de uma infinidade de corpos dissidentes que são, há tempos, usados pelo sistema como território de contínuas invasões e aprisionamento”, declara a autora. 

 

SINOPSE

Elas marchavam sob o sol traz as trajetórias de duas jovens, Ana e Joan, que completarão 18 anos de idade em doze meses. Suas vozes e vivências são apresentadas em paralelo, a cada mês, até a data de aniversário.

Ana é diurna e contemporânea, é a mulher bombardeada por anúncios, pelo consumismo, pelas pressões de ordem estética e comportamental dos nossos dias. Joan é noturna, traz referências da ancestralidade, dos ritos de passagem e do entendimento sobre os ciclos da vida e da morte, do inconsciente e do imaginário popular. 

No decorrer da narrativa, são apresentadas as vozes de outras personagens relacionadas às protagonistas, assim como à vivência do cárcere e a tortura em diferentes níveis, inclusive com referência às experiências de prisioneiras políticas durante o período da ditadura militar no Brasil. Elas marchavam sob o sol é um romance sobre violência, perseguição religiosa, perda de liberdade e direitos, além de ser um libelo sobre a necessidade dos ritos, dos sonhos e da ressignificação dos corpos, questionando papeis sociais através da linguagem vibrante e singular de sua autora.

SOBRE A AUTORA

Cristina Judar nasceu em São Paulo, é escritora e jornalista, autora do romance Oito do Sete, ganhador do Prêmio São Paulo de Literatura 2018 e finalista do Prêmio Jabuti do mesmo ano. Escreveu o livro de contos Roteiros para uma vida curta (Menção Honrosa no Prêmio SESC de Literatura 2014) e as HQs Lina e Vermelho, vivo. Seus textos curtos também figuraram em diversas antologias publicadas no Brasil e no exterior. Elas marchavam sob o sol é o seu segundo romance.

OPINIÕES SOBRE O LIVRO

“Em Elas marchavam sob o sol, Cristina Judar construiu uma narrativa poética e pungente, numa linguagem-punhal que entra na pele, que tudo desfaz e reordena. Não há como fugir ou sair incólume. Um belíssimo romance, para se ler como quem sonha.” – Carola Saavedra

“Escritoras do porte de Cristina Judar são necessárias pela capacidade de imprimir uma identidade, pela busca de caminhos sem facilidades para desconcertar o leitor, pela coragem de experimentar e envolver com ficção temas cuja natureza a sociedade ainda não conseguiu assimilar.” – Sérgio Tavares

“Com ‘Elas marchavam sob o sol’, Cristina Judar executa na sua ficção o que o filósofo Paul Preciado sugeriu ao refletir sobre produções artísticas, que é preciso pensar produções de contraficções capazes de questionar modos dominantes de vermos a norma e o desvio. Nesse romance, Judar arquiteta – retorce, flameja, dança – nomes e significados não descobertos (ou redescobertos) e corpos falantes que se reinventam. Mas se trata de uma arquitetura de existências fluidas. As medidas de tempo localizadas no livro são, na minha leitura, um derramar sonoro da imaginação da escritora.” – Raimundo Neto

10.05.2021 | por Alícia Gaspar | corpos dissidentes, Cristina judar, feminismo, livro, mulher, romance

Visões do Império

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
Visões do Império
Comissários: Miguel Bandeira Jerónimo e Joana Pontes

Padrão dos Descobrimentos
16 de maio - 30 de dezembro de 2021

Comissariada por Miguel Bandeira Jerónimo e Joana Pontes, Visões do Império dá-nos um vislumbre dos contextos de produção e de uso da fotografia, relacionando-os com alguns dos eventos e processos mais relevantes da história do império colonial português.

Textos de Telma Tvon, Catarina Mateus, Cláudia Castelo, Carmen Rosa, José Pedro Monteiro, Myriam Taylor, Nuno Domingos, Afonso Ramos, Mia Couto e Aniceto Afonso guiam-nos, nos oito núcleos que compõem a exposição, por imagens captadas nas antigas colónias, em tempos e momentos muito diversos: da ciência ao trabalho, passando pelos hábitos, usos e costumes culturais, afetos a cada povo, terminando com uma instalação de Romaric Tisserand. 

O que nos conta uma imagem? A fotografia foi um elemento fundamental da história do moderno colonialismo português. Sem ela, a idealização e o conhecimento sobre os territórios coloniais, seus recursos e populações, teriam sido diferentes. As imagens fotográficas foram encenadas e comercializadas, com diferentes propósitos: alimentaram a imaginação da dominação colonial, concorrendo para a sua concretização, ajudaram a moldar uma visão do “outro” como essencialmente diferente, nos seus modos de vida, costumes e mentalidades, mas serviram também para denunciar a iniquidade e a violência da colonização, acalentando aspirações de um futuro mais humano e igualitário – sonhos esses com diferentes matizes e orientações políticas. Os seus usos no passado e os seus legados no presente foram e são vastos, heterogéneos e duradouros.
 
As fotografias expostas são provenientes de várias coleções particulares e de inúmeras instituições, como o Arquivo Nacional Torre do Tombo, a Fundação Mário Soares/Maria Barroso, o Arquivo & Museu da Resistência Timorense, o Arquivo Histórico de São Tomé e Príncipe ou Centro de Documentação e Formação Fotográfica, em Maputo e algumas serão mostradas ao grande público pela primeira vez.
 
A exposição será acompanhada por um programa paralelo que inclui visitas orientadas, um ciclo de cinema e o lançamento do catálogo Visões do Império.

Sobre os comissários da exposição

Joana Pontes é licenciada em Psicologia pela Universidade de Lisboa, fez estudos em Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema, na RTP e na BBC. Em 2003, concluiu o Programa Avançado em Jornalismo Político na Universidade Católica de Lisboa. Em 2018, doutorou-se em História na especialidade de Impérios, Colonialismo e Pós-Colonialismo, pelo ISCTE-IUL, tendo sido bolseira da Fundação da Ciência e Tecnologia. A dissertação, Sinais de Vida, Cartas da Guerra 1961-1974, foi publicada em 2019 pela editora Tinta da China tendo obtido o prémio Fundação Calouste Gulbenkian para a História Moderna e Contemporânea, da Academia Portuguesa da História. Dedica-se à escrita e realização de documentários, leccionando nessa área. Em 2007 recebeu o Grande Prémio da Lusofonia pelo documentário O Escritor Prodigioso, filme sobre a vida de Jorge de Sena, de que é autora e realizadora. Em 2011, recebeu o prémio da Sociedade Portuguesa de Autores pela realização e co-autoria de argumento do filme As Horas do Douro. Em 2018, recebeu o prémio Fernando de Sousa pela realização e co-autoria da série Europa 30. Tem editados em DVD, Portugal, Um Retrato Social, As Horas do Douro e a série O Valor da Liberdade - diálogos sobre as possibilidades do humano.
 
Miguel Bandeira Jerónimo (PhD History, King’s College, Universidade de Londres) é Professor Associado em História na Universidade de Coimbra (Portugal), na Faculdade de Letras, no Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes. É ainda investigador do Centro de Estudos Sociais (UC) e Professor e co-coordenador científico do programa de doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa (III/CES-UC). Os seus interesses de pesquisa centram-se na História global e comparada do imperialismo e do colonialismo (Sécs. XVIII-XX) e na História Internacional e Transnacional. Tem publicado com regularidade, em Portugal e no estrangeiro, em editoras e revistas de referência. Recentemente, publicou, em co-autoria, História(s) do Presente (Tinta-da-China/Público, 2020) e co-editou Internationalism, Imperialism and the Formation of the Contemporary World (Palgrave, 2017) e Os Impérios do Internacional (Almedina, 2020). Coordena o projecto internacional The worlds of (under)development: processes and legacies of the portuguese colonial empire in a comparative perspective (1945-1975), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

06.05.2021 | por Alícia Gaspar | colonialismo, exposição, fotografia, império colonial português, Padrão dos Descobrimentos, visões do império

Projecto Tomate - Exibição

Inauguração dia 7 de Maio às 17h30m na Galeria Paiol.

01.05.2021 | por Alícia Gaspar | corpo, exibição, pobreza, projecto tomate, trabalho

Memorializar e descolonizar a cidade (pós)colonial - debates

Por ocasião do lançamento do projeto ReMapping Memories Lisboa e Hamburgo, Lugares de Memória (Pós)Coloniais, levado a cabo pelo Goethe-Institut, têm lugar uma série de discussões abertas sobre a cidade. Iremos debater temas como as marcas coloniais visíveis na cidade e nos corpos de quem a habita; a luta anti-colonial e a inscrição africana e afrodescendente no espaço metropolitano; ou, de um modo mais global, políticas, abordagens e desafios do processo de “descolonização” nas cidades europeias. Os debates contarão com estudiosos, ativistas e artistas e podem ser assistidos pela FB do Goethe, do TBA e do BUALA. 

Curadoria Goethe-Institut e Marta Lança 

5, 6 e 7 de maio das 18h00 às 20h00  

Os encontros decorrem em zoom com streaming, são gravados para material do site.

Língua: dia 5 e 6: português, dia 7: alemão e português, com tradução simultânea.

O site ReMapping Memories Lisboa e Hamburgo, Lugares de Memória (Pós)Coloniais resulta de uma pesquisa, mapeamento e análise de lugares em Lisboa e Hamburgo que contam histórias de colonialidade, de resistência e disputa de memória (material e imaterial) no espaço urbano. Num processo entre várias cidades europeias, pretende-se contribuir para o não apagamento da história e da memória colonial e pós-colonial de Lisboa e Hamburgo, defendendo a igualdade na pertença e acesso à cidade, ainda segregada na sua geografia, vivência e representações. 

#ReMappingMemories

5 de maio de 2021 – 18-20h

As marcas coloniais na cidade e no corpo - Moderação: Marta Lança 


Vídeo 1 de Rui Sérgio Afonso

Isabel Castro Henriques -  Percursos históricos dos Africanos em Lisboa (séculos XV-XX)

Mamadou Ba - A geografia racial estrutura a relação entre estar na cidade e ser da cidade

António Brito Guterres - A forma (pós)colonial da Metrópole

Debate 

6 de maio de 2021 – 18-20h 

Vídeo 2 de Rui Sérgio Afonso

Inscrição de uma AfroLisboa  - Moderação: Marta Lança 

Nádia Yracema - Artista mo(nu)mento

Kalaf  Epalanga - A importância de criar um Museu da Kizomba

José Baessa de Pina (Sinho) - Como construir comunidade nos subúrbios de Lisboa 

Debate 

7 de maio 2021 – 18-20h 


Vídeo 3 de Rui Sérgio Afonso

Estratégias para descolonizar a cidade - Moderação: António Sousa Ribeiro  

Miguel Vale de Almeida - “Como abanar estátuas?” os debates sobre Descolonizar a cidade

Maria Paula Meneses - Lisboa: histórias ocultas e linhas contínuas 

Noa K. Ha - O desafio da memória pós-colonial. Legados de colonialidade na cidade

Debate

Sinopse dos debates e bios dos convidados disponível aqui.

01.05.2021 | por Alícia Gaspar | ativismo, cidade, colonialismo, debates, Descolonização, Goethe institut, Hamburg, história, lisboa, memorializar e descolonizar a cidade pós colonial, Portugal, re-mapping memories, ReMappingMemories, sociedade

Octopus e Miopia, de Ilídio Candja Candja

EXPOSIÇÃO

Octopus e Miopia é uma exposição que compõe uma selecção de processos e percurso do artista moçambicano Ilídio Candja Candja desde 2014 a 2021, que se estabeleceu na cidade de Porto, em 2006. Fazendo parte de uma geração de artistas que nascem num momento eufórico de Moçambique que culminou com a independência e um processo complexo de descolonização que ainda reclama um espaço de diálogo.

Se o Ilídio Candja nasce em 1976, um ano depois da independência de Moçambique e imprime esta consciência no seu trabalho, pensamos nas gerações pós-25 de Abril em Portugal, mas também dos territórios nacionais em África que estiveram sob domínios coloniais.
No seu processo, retraça o seu embate na tentativa do domínio ou inserção no espaço, imprimindo a sua preocupação com responsabilidade da sua sobrevivência. Com uma urgência e necessidade, desenvolve gestos e formas de organizar o sentido de um mundo exterior “caótico” que possamos apreender pelos sentidos, criando uma linguagem e um espaço imaginário através de uma capacidade de raciocínio abstracto, impregnado a partir de tintas, cores, formas, signos, símbolos, marcas sobre telas, servindo de “mediuniacção” na elaboração consciente para apreensão e construção da realidade em que ele está inserido.

– Rafael Mouzinho, curador

Ilídio Candja Candja, 'África minha'; técnicas variadas; 2018; Cortesia do artistaIlídio Candja Candja, 'África minha'; técnicas variadas; 2018; Cortesia do artista

 

curadoria
Rafael Mouzinho
data
24.04.2021
– 27.06.2021
horário
Terça e sexta: 10h-13h e 14h-18h
Sábado e Domingo: 10h-13h

mais infos.

 

29.04.2021 | por martalanca | EGEAC, Ilídio Candja Candja, Moçambique, pintura