O mapa ou a cartografia resultante não pode, então, constituir-se senão como um desmapear, um descartografar, um baralhar das coordenadas actuais a partir dos três andares do Globo, das várias camadas de história e memória – colectiva e individual; colonial, anti-colonial, pós-colonial, pós-Marxista, pós-guerra civil – que estes albergam e que o relato sonoro de Almeida, contíguo à instalação vídeo, convoca em permanência. Este desmapear só pode compreender-se, também, a partir do desejo de inscrição de memória no presente e para o futuro que o projecto de requalificação e restauro nunca concretizado, posicionado diante do vídeo, evoca.
Vou lá visitar
08.11.2016 | por Ana Balona de Oliveira