2.ª edição do Curso Livre da História de Angola

Pela segunda vez, a Mercado de Letras Editores e a UCCLA estão a organizar a 2.ª edição do Curso Livre História de Angola. A exigência e a inquietude do seu conhecimento fizeram da 1.ª edição deste curso um enorme sucesso.

Em 2018, entre os meses de abril e julho, ao longo de 14 sessões, numa iniciativa que se mostrou inédita, tentámos contribuir para o entendimento e aprofundamento do conhecimento da realidade política, geográfica e cultural de Angola. Findo o mesmo, a única observação referida pelos alunos relacionava-se com a sua duração - o curso deveria ter uma maior duração, de forma a que o conhecimento sobre a história de Angola fosse mais aprofundado.

Dando azo a essa exigência, num esforço conjunto, e de novo, com a coordenação do Professor Doutor Alberto Oliveira Pinto, a 2.ª edição do Curso Livre História de Angola, prolongar-se-á pelos meses de janeiro a julho de 2019, ao longo de 26 sessões, que decorrerão às terças-feiras de cada semana, às 18 horas.  

À semelhança do que aconteceu na 1.ª edição, também nesta edição, serão convidadas uma série de individualidades cujos nomes serão anunciados tão breve quanto possível. As condições de inscrição encontram-se disponíveis no link

Qualquer questão poderá ser endereçada para o email cursohistoriaangola@gmail.com

Alberto Oliveira Pinto:

Angola, 1962. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, em 1986. É Doutorado (2010) e Mestre (2004) em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde colaborou como docente no Departamento de História. Lecionou igualmente noutras universidades portuguesas. Presentemente é Investigador do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e do CEsA - Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento do Instituto Superior de Economia e Gestão.

Como ficcionista publicou diversos romances e é autor de múltiplos livros de ensaio sobre a história de Angola, com destaque para História de Angola. Da Pré História ao Início do Século XXI (2016), primeira experiência no género em 40 anos de Independência de Angola, cuja 3.ª edição se prevê para breve.  

Em 2016, foi presidente do Júri do Prémio Internacional em Investigação Histórica Agostinho Neto da Fundação António Agostinho Neto (FAAN). No mesmo ano foi, pela segunda vez, vencedor do Prémio Sagrada Esperança 2016 com o livro de ensaios Imaginários da História Cultural de Angola.

Em 2018, coordenou o Curso Livre História de Angola/UCCLA/Mercado de Letras Editores, iniciativa igualmente inédita e com enorme adesão, do qual se prepara uma nova edição mais desenvolvida.

UCCLA Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa

Autocarros: 714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 - Belém Comboio: Estação de Belém Elétrico: 15E - Altinho 

14.11.2018 | por martalanca | Alberto Oliveira Pinto, angola, história de angola, UCCLA – União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa

Posso saltar do meio da escuridão e morder

O que vive abaixo da superfície da sujeição? A ausência de liberdade pode fazer morrer uma alma? A insubmissão surge como a única possibilidade de sobrevivência para uma mulher, que se descobre mulher e negra no contexto dos lugares estanques da escravatura. O percurso do espectáculo é afinal uma provação como via para a consciência. Entre o imaginário, o simbólico e o real, Daniel, Gio e Zia avançam em direcção à lucidez - na 1ª pessoa, na 3ª pessoa, por vezes em ambas - à própria palavra que gera uma voz e um corpo mineral, vegetal, animal. 

Encenação Rogério de Carvalho Texto selecção e montagem colectiva Actores Daniel Martinho, Gio Lourenço, Zia Soares

Design de som Chullage

Design de luz Jorge Ribeiro

Apoio ao movimento Cláudia Bonina

Espaço cénico e figurinos Teatro GRIOT

Fotografia Sofia Berberan

Produção Teatro GRIOT

Duração aprox. 1h30 

M/14

Em cena no Teatro do Bairro - Rua Luz Soriano, 63 (Bairro Alto),1200-246 Lisboa 5 a 16 de Dezembro qua a sáb, 21h30; dom, 17h RESERVAS: 21 347 33 58 | 91 321 12 63 (15h - 19h) Bilhetes:10€, normal7,50€, c/desconto5€, grupos +10 pax

13.11.2018 | por martalanca | teatro griot

Ângela Ferreira, Pan African Unity Mural

Opening 16 November | 5 - 9 pm  Bildmuseet, Umea, Sweden 
“Director Katarina welcomes you to the exhibition at 7 pm followed by a conversation between Ângela Ferreira and museum curator Anders Jansson. The exhibition is inaugurated by vice-chancellor Hans Adolfsson, Umea University. The bar is open 5 - 9 pm. Guest DJ: Jakob Algesten. 


What is a home, and what does belonging mean for a person who is constantly on the move? Ângela Ferreira references South African singer Miriam Makeba and the US fugitive George Wright, interweaving their life stories with her own. The title of the exhibition, Pan African Unity Mural, refers to a mural which Ângela Ferreira created together with thirteen other artists in 1986-87 in Cape Town, South Africa, in protest against the apartheid regime.
Lisbon based artist Ângela Ferreira (b. 1958), Mozambique) is interested in post-colonial issues and how architecture and built environments bear traces of history, politics and ideology. In Pan African Unity Mural, the artists first solo exhibition in Scandinavia, she presents sculptures and murals in different spaces inside Bildmuseet. The exhibition is produced by Bildmuseet in collaboration with MAAT in Lisbon, and runs until 14 April 2019.”
More information: 
http://www.bildmuseet.umu.se/en/exhibition/angela-ferreira/31712

13.11.2018 | por martalanca | ângela ferreira

2nd International Conference ACTIVISMS IN AFRICA

The Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (Guinea Bissau) is pleased to promote the 2nd International Conference “Activisms in Africa” to be held from 25 to 27 February 2019 in Guinea Bissau.  Following up on the first edition, the aim is to stimulate and deepen the discussions on the nature of social movements – and other forms of collective action – in Africa. In this way, the Academy’s commitment to reflect on these events as more than objects of study imposes the need to bring together researchers and activists to once again debate on the dynamics of social transformation in the continent. This Conference seeks to create synergies between activists and academics, in an egalitarian discussion between the scientific reflection and the actions of social movements.

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Dando continuidade à sua primeira edição, o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (Guiné Bissau), em parceria com Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL (Portugal), promove a II Conferência Internacional Ativismos em África, nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro 2019, com o objetivo de dar seguimento à reflexão em torno dos movimentos sociais que atuam no continente africano. Desta forma, o comprometimento da Academia em refletir sobre estes movimentos para além de meros objetos de estudo, impõe a necessidade de reunir investigadores e ativistas para, uma vez mais, se debater as dinâmicas de transformação social do continente. Este debate procura criar sinergias entre ativistas e académicos, em um intercâmbio igualitário de conhecimentos e saberes que permitem o arejamento da reflexão científica e da atuação dos movimentos.

12.11.2018 | por martalanca | ativismos

Festa Lançamento do Filme 'Djon África' c/ Pedrinho (ao vivo)

Pedrinho (live) FP.90’z - Apresentação Tape NADA FAZI (live)
Mãe Dela (dj set) Mama Demba (dj set)

  • Sábado, 24 de Novembro de 2018 às 23:30 – 06:30 Titanic Sur Mer
  •   Djon África

A história de Miguel “Tibars” Moreira, mais conhecido como Djon África, filho de cabo-verdianos, que nasceu e cresceu em Portugal. Sem jamais ter conhecido seu pai, acaba descobrindo que ele mora em Tarrafal, e decide aventurar-se além-mar, mesmo sem muitas pistas, à sua procura.

12.11.2018 | por martalanca | Djon África

MARIANA SILVA | Pavilhão das Formas Sociais

Pavilhão das Formas Sociais problematiza a relação histórica entre sociedades animais e humanas, entre o movimento de enxames e multidões, e algumas das suas mutações recentes. O pavilhão compara concepções de coletivos humanos e insetos sociais - como formigas e abelhas - observando como esta relação mimética entre natureza e cultura sempre permeou políticas sociais, noções de tecnologia, e o próprio desenvolvimento da inteligência artificial. Mariana Silva apresenta aqui uma série de novas comissões que se agregam ao corpo de trabalho que tem vindo a desenvolver nos seus mais recentes filmes, animações digitais e instalações.

09.11.2018 | por martalanca | Mariana Silva

_in progress: Seminário Internacional em Ciências Sociais e Desenvolvimento em África

Para falar de Ciências Sociais e Desenvolvimento em África, o ISEG - Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa recebe, nos dias 15 e 16 de novembro de 2018 (Auditório 3, Edíficio Quelhas, nº6, Lisboa), a 3ª edição do _In Progress.

Este seminário apresenta durante dois dias comunicações nos seguintes painéis temáticos: Trabalho de Campo e Questões Metodológicas; Política, Dinâmicas da Sociedade Civil, Desenvolvimento; Cultura, Pensamento e Mudança; Estratégias para a Cooperação e Desenvolvimento; Populações, Mobilidade e Bem-Estar.

O primeiro dia finaliza com a conferência Ciências Sociais e África na Contemporaneidade, de Iolanda Évora, Professora do ISEG e investigadora do CEsA - Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina. E, o segundo dia, com a conferência Estudos Africanos: O Olhar (Neo)Colonial e os Desafios Globais Contemporâneos, de Inocência Mata, Professora da FL e investigadora do CEC - Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa.

A sessão de encerramento estará a cargo de António Mendonça, Professor do ISEG e Presidente do CEsA.

Descarregue o Programa final.

O evento é de entrada livre, mediante registo prévio.

 

 

08.11.2018 | por martalanca | Ciências Sociais e Desenvolvimento em África, in progress, seminário

M-Exhibition | ENERGIAS

Os artistas santomenses da Plataforma Cafuka uniram-se com a missão de projetar a arte e a cultura santomense, e são uma voz ativa no debate sobre o futuro e o desenvolvimento económico e cultural de São Tomé e Príncipe.
Desafiada pela Miranda & Associados a participar no M-Forum e a conceber e organizar a M-Exhibition, a Plataforma Cafuka deu uma resposta curatorial sob o denominador “Energias”.
Para os artistas que fazem parte da Plataforma Cafuka, participar na M-Exhibition e no M-Forum é uma oportunidade para criar, mostrar, preservar e promover, registos plásticos que refletem o quotidiano de São Tomé e Príncipe. 
O eixo central deste projeto é baseado na arte e o seu potencial, não apenas como meio de disseminar o conhecimento dos artistas, mas também como objeto de experiência e oportunidade para gerar uma rutura com o que é conhecido, com o objetivo de refletir sobre o potencial de desenvolvimento do país. 
A Plataforma Cafuka entende ser fundamental a construção de pontes de intercâmbio artístico, através de dinâmicas e parcerias com vista à criação de estruturas  que permitam ampliar a visibilidade dos artistas que integram esta associação. 
Nesse sentido, a parceria com a Miranda & Associados, surge como palco privilegiado para dar voz aos artistas santomenses, contribuindo para o debate de questões fundamentais para a promoção do desenvolvimento das ilhas e do continente Africano em geral.

08.11.2018 | por martalanca | Cafuka, M-exhibition, São Tomé e Príncipe

ARKANE-AFRIKA, International Exhibition of the Art of Africa

1. We have the pleasure to come towards you to suggest joining the session of artistic residence organized by the Association ARKANE. Our ARKANE association, militant association for the art and the sharing of the immaterial heritage of Africa, schedules an artistic residence these next days (Octobre-Novembre on 2018).
The artistic residence takes place at the moment at Sidi Bouknadel (Casablanca - Kenitra, Morocco). The works realized in residence are intended to be exposed within the framework of the events dedicated to the 4th edition of “ARKANE-AFRIKA”, International Exhibition of the Art of Africa, which takes place over several months, in touring in several places and Festivals of Pan-African and international diaspora scales:
- To Dakhla in International FIMA festival of Fashion of Africa from 21 till 24 November 2018
Information: in partnership with FIMA, the association ARKANE, for the promotion of the art and the saving of the cultural heritage, organize:
“ARKANE AFRIKA-DAKHLA”, special edition dedicated in homage to the big artist African stylist ALPHADI.
This exhibition of the contemporary art of Africa calls more than 50 African artists to present more than oeuvres 70 of art.
The event will be held from 21 till 24 November 2018, to Dakhla (Sahara), in concomitance with the FIMA-DAKHLA, International Festival of the African Fashion, introduced by Alphadi to Dakhla,
For that purpose we shall wish to associate you with this big show with high civic connotation and citizenship.
- To Khouribga, International Festival of the Pan-African Cinema in December, 2018
+ more information to come.
2. The Residence Arkane offers to the artists a privileged space of meetings, creation, broadcasting and mediation in the service of the artistic and cultural projects.
The residence ARKANE addresses to international, multidisciplinary artists, who practice in the sphere of the contemporary art, whether it is in the field of the painting, of the sculpture, the design, the installation, etc. …
The artists practicing for at least five years, can apply for a working period in residence. The taken care stays are between 1 week or more according to necessity of the project.
The artists invited by the association Arkane have the opportunity to present and to realize several artistic works within a multicultural environment rich in diversity and in plural and qualitative meetings.
The artists selected and admitted in residence ARKANE will benefit from diverse services, in particular:
· Travel/taken care Flight
· Access to the apartment of residence.
· Half Pension - or Full, according to the convention
· Access to a center/workshop of multidisciplinary creation
· Put at the disposal of products, supplies, materials and accessories necessary for the creation (as far as possible and subject to available tools and material.)
· logistic Support brought by the members of the association
The Arkane association makes a commitment to reserve the best visibility possible for the works of the artist invited in residence through the cycle of exhibitions organized by the association and the tools of promotions which will be realized for that purpose.
3. If you are interested in the participation in this residence which starts from next week , please send us very quickly a presentation of your work, then we will send you the application form to return us duly completed.
Thank you also to specify us quickly your country of departure for the reservation of your flight, as well as the necessity or not to obtain an Entrance visa for Morocco, because the procedure takes time and requires that we get you documents of official invitation.
4. Do not hesitate to follow the following links to discover who is our Arkane association, as well as the events recently organized by the association; the most recent event being the 4th edition of ” ARKANE AFRIKA “: international Exhibition of the Art of Africa in Casablanca.
Page Facebook Association Arkane : https://www.facebook.com/arkane.maroc/
Page Evènement Arkane Afrika - Facebook : https://fr-fr.facebook.com/events/982441765291890/
Album Photo Arkane Afrika 4ème Édition Casablanca Octobre 2018: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1037458403094473&type=1&l=5e241185a6
Youtubes Channel: https://www.youtube.com/channel/UCvCRyzb5yikjNPR42RALmfg/videos
Twitter / Instagram: #ArkaneAfrika #AssociationArkane
Website => under construction
Mail: association.arkane@gmail.com
We matter on your invaluable implication to make a success together of this beautiful initiative.

07.11.2018 | por martalanca | ARKANE, Marrocos

Ameaça despejo de 450 famílias que vivem há 20 anos numa área em Minas gerais.

Nós, familias do mst do Sul de MG, do Quilombo Campo Grande, queremos denunciar a ação fascista contra a nossa luta de 20 anos.

Aqui, as famílias, depois de tantos anos, já contam com infraestrutura de energia elétrica, casas de alvenaria e produzem uma grande diversidade de produção agroecológica, como café, muitas variedades de milho, feijão, hortaliças, frutas, sementes orgânicas gado, galinhas, porcos. Essas famílias geram, com seu trabalho, soberania alimentar, não apenas para quem produz e vive na terra, mais para milhares de pessoas que passaram a ter acesso a um alimento saudável, sem veneno e de qualidade.

Os acampamentos também geram distribuição de renda. A terra, que era apenas de um dono, agora traz dignidade para quase 450 famílias mais de 2.000 pessoas que estavam quase tendo seu sonho de ter a posse da terra realizado com um decreto estadual.

Mas agora, através de um conluio jurídico entre os grandes fazendeiros, deputados da bancada ruralista e empresas do agronegócio da região, estão organizando um processo de despejo para as famílias que moram e resistem ao longo desses 20 anos de luta.

Inaceitável a situação!

Há 2 meses atrás as famílias quase tinham sido assentadas e agora podem perder tudo o que construíram ao longo desses anos.

Esse é um dos conflitos agrários mais antigos do país.

Pedimos a todas as organizações, apoiadores que enviem o e-mail abaixo para os endereços:

bhe.vagraria@tjmg.jus.br (vara Agrária)
contato@crdhsulmg.com.br (entidade que está acompanhando o caso)

Aos cuidados do Dr. Sr. Juiz Walter Ziwicker Esbaille Junior,

Venho através deste declarar sobre ação de reintegração de posse N° 0024.11.188.917-6 ajuizada em 17.06/2011, meu pedido de indeferimento de ação de reintegração de posse, que estão de acordo com os artigos 22 a 20 da DUDH consubstancia os direitos sociais, o direito ao trabalho, à escolha do trabalho, pois as 450 famílias, mais de 2000 pessoas já estão em posse velha da área a mais de 20 anos, tem suas casas, produção e reprodução da vida neste local.

Pela resolução do conflito e pela permanência das famílias, fazemos esse apelo

Sem mais a declara

Nome / Organização, Estado, país, data

Somos resistência!

A luta pela Adrianópolis é a Luta pela democracia

01.11.2018 | por martalanca | Brasil, MST, quilombolas, terra

Revista Sintidus I Guiné Bissau

Informa-se a comunidade de investigadores, docentes, técnicos, estudantes e restante sociedade civil que o número 1 da Sintidus, Revista de Estudos Científicos e Interdisciplinares da Universidade Lusófona da Guiné, está agora disponível em suporte físico. Os exemplares podem ser adquiridos na sala da Sintidus (edifício Mavegro nas instalações da Universidade Lusófona da Guiné) por 5,000 XOF para não-estudantes e por 3,000 XOF para estudantes. Para quem estiver em Bissau, é possível fazer chegar o(s) exemplar(es) a local a combinar. Mais informações sobre esta possibilidade contactar sintidus.revista@gmail.com ou 955977108. Para quem estiver em Lisboa os exemplares podem ser adquiridos em mão em local a combinar ou enviados por correio em Dezembro próximo. Para quem estiver noutro país é possível enviar por correio internacional também em Dezembro. Não hesitem em contactar em qualquer dos casos.
Abaixo o índice do número 1.
O número 2 encontra-se neste momento em revisão e promete mais uma dose de bons artigos, comunicações curtas e ensaio fotográfico!

Índice

Nota editorial: Os sentidos do primeiro número

Comunicação curta

O olhar de Álvares d’Almada sobre os Rios da Guiné

Raul Mendes Fernandes

Artigo de investigação

Algumas considerações sobre o fim do Kaabu

e as relações de fulas com mandingas

Manuel Bívar e Sadjo Papis Mariama Turé

Recensão

Por uma práxis onírica e realista:

incursões pela poética de Rui Jorge Semedo

Jorge Otinta

Artigo de investigação

30º aniversário da grafia “oficial” do crioulo guineense

Luigi Scantamburlo

Artigo de investigação

Justiça estatal e justiça tradicional na Guiné-Bissau

Sara Guerreiro

Artigo de investigação

Indicadores das mudanças climáticas na zona leste da Guiné-Bissau

e estratégias de adaptação dos camponeses

Orlando Mendes

Ensaio Fotográfico

Onde mora Bissau? Nunde ki Bissau mora nel?

Guto Lopes Pereira e Ana Filipa Lacerda

Notas biográficas dos autores

Abstracts

Instruções para autores

01.11.2018 | por martalanca | revista, Sintidus

Responsabilidades Coloniais: legados e perspectivas

No dia 22 de novembro, pelas 19h00, no Goethe-Institut em Lisboa. Debate com dois especialistas em colonialismo, nomeadamente Andreas Eckert, da Universidade Humboldt (atualmente Universidade de Princeton) e António Sousa Ribeiro, da Universidade de Coimbra. O evento será moderado por Elsa Peralta, da Universidade de Lisboa.

Ethnologisches Museum/Martin FrankenEthnologisches Museum/Martin Franken

Frantz Fanon, precursor da descolonização, descreveu de modo contundente a Europa como “criação das colónias”. De fato, as ex-colónias e a Europa estão tão intimamente interligadas que o seu desenvolvimento histórico não pode ser considerado isoladamente. A expansão europeia mudou o mundo e, com ele, a Europa. Não apenas moldou as áreas conquistadas e colonizadas no Ultramar, mas também os próprios estados europeus. Os especialistas consideram, portanto, que o confronto social com o colonialismo é uma das questões futuras da Europa.

Esta revisão tornou-se um tópico virulento nos últimos anos, que está a ser debatido em muitos países europeus pela primeira vez também a nível político. Na Alemanha, em particular, o debate que se arrasta sobre o projetado “Fórum Humboldt” no reconstruído palácio da cidade no centro de Berlim levou a um debate social fundamental. Questões de restituição de artefactos roubados de África, Ásia e América Latina têm um papel tão importante quanto o futuro dos museus etnológicos, o manuseio do material de arquivo e os resíduos do período colonial nas cidades europeias. Em Portugal, por sua vez, a discussão sobre o planeado “Museu dos Descobrimentos” intensificou o debate, trazendo-o a público. Embora o conflito com o passado colonial na Alemanha e em Portugal tenha sido até agora lento, como em muitos países europeus, parece ganhar agora novo impulso e urgência.
O painel de discussão visa identificar os desafios enfrentados pelas ex-potências coloniais europeias no processo de revisão do legado colonial, tomando Portugal e a Alemanha como exemplos. O tema do debate é deliberadamente amplo: questões relativas à forma como lidar com artefatos etnológicos e artísticos saqueados serão refletidas, bem como a perceção do passado colonial “próprio” e o confronto sobre os lugares de memória colonial. Serão igualmente abordados o estado atual da investigação científica e das questões do “como” e da “autoria” deste confronto.

Andreas Eckert é historiador e investigador em Estudos Africanos. De 2000 a 2002, fez parte dos quadros científicos do Departamento de Estudos Africanos da Universidade Humboldt, em Berlim, onde concluiu o pós-doutoramento em 2002. Em 2006, foi Directeur d’Etudes da Maison Des Sciences De l’Homme, em Paris. De 2002 a 2007, lecionou na Universidade de Hamburgo como Professor de História Moderna, incidindo sobre a História de África. Em 2007, foi professor convidado da Universidade de Harvard. Desde outubro de 2008, é Diretor Executivo do Instituto de Estudos Asiáticos e Africanos da Universidade Humboldt de Berlim. Atualmente, leciona no Institute for Advanced Study de Princeton.

António Sousa Ribeiro é professor catedrático do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas (Estudos Germanísticos) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi, entre outros, Presidente do Conselho Consultivo Científico da Faculdade de Letras, Presidente do Conselho Científico do Centro de Estudos Sociais e Diretor do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras. Publicou sobre Literatura Comparada, Teoria Literária, Estudos Culturais e Pós-colonialismo. Em 2016, publicou o livro “Geometrias da Memória: Atitudes Pós-coloniais”.

Elsa Peralta é doutorada em Antropologia e investigadora FCT do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O seu trabalho baseia-se em perspetivas cruzadas da antropologia, estudos de memória e estudos pós-coloniais e centra-se na intersecção entre os modos privados e públicos de recordação de eventos passados, nomeadamente dos passados coloniais. As suas obras incluem vários artigos e livros, com destaque para os volumes Heritage and Identity: Engagement and Demission in Contemporary Society, Routledge, 2009 e A​Cidade e Império: Dinâmicas coloniais e reconfigurações pós-coloniais, Edições 70, 2013.

30.10.2018 | por martalanca | debate, Goethe Institute Lisboa, legado colonial

Para além da idade das luzes: mudanças sísmicas, imagética urbana

31 OUT 2018 QUA 10:30–18:00 Pequeno Auditório Entrada gratuita*

Um simpósio de um dia para abordar a relação ativa entre a prática fotográfica e a forma como a história das cidades se exprime no seu urbanismo, que culmina com a apresentação do artista curdo-iraquiano Hiwa K ao fim do dia. Tendo como referência a cidade de Lisboa e as reverberações culturais e sociais que, ainda hoje, ecoam do terramoto de 1 de novembro de 1755 – um acontecimento que despertou a imaginação de filósofos, pensadores e artistas por toda a Europa – conta com a participação de fotógrafos, artistas e pensadores ligados à geografia, à história e a outras ciências sociais. Identidade, pós-colonialismo, circulação de imagens, pessoas e culturas, a visibilidade e invisibilidade das populações imigrantes no urbanismo e o quotidiano da cidade são os temas em debate. 

Este simpósio integra o programa Cities of Light organizado pela Urban Photographers Association (UPA) que se realiza em 2018 em várias cidades europeias.

PARTICIPANTES

Hiwa K, Victor Jeleniewski Seidler, Ana Cristina Araújo, Paul Halliday, David Kendall, Kiluanji Kia Henda, António Brito Guterres, Stefano Carnelli, Álvaro Domingues, Mónica de Miranda, Liliana Coutinho, Susana S. Martins, Carla de Utra Mendes, Ana Balona de Oliveira, Susana de Sousa Dias

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29.10.2018 | por martalanca | simpósio, urbanização

John Akomfrah: Purple

O Museu Coleção Berardo apresenta uma nova exposição do artista e realizador britânico John Akomfrah. Purple, o seu projeto mais ambicioso até à data, é uma imersiva instalação de vídeo em seis canais que mapeia as progressivas alterações climáticas em todo o planeta e os seus efeitos nas comunidades, na biodiversidade e na vida selvagem. Enquanto seguimento de Vertigo Sea (2015), obra de Akomfrah em destaque na 56.a Bienal de Veneza, Purple forma o segundo capítulo de uma tetralogia cinematográfica sobre a estética e a política da matéria. Sinfónico na sua escala, dividido em seis movimentos interligados, Akomfrah combina centenas de horas de filmes de arquivo com filmagens recentes e um som hipnótico para produzir a instalação de vídeo.

John Akomfrah, Purple, 2017. Instalação de vídeo HD a cores em 6 canais com som surround 15.1, 62' / 6-channel HD colour video installation with 15.1 surround sound, 62'John Akomfrah, Purple, 2017. Instalação de vídeo HD a cores em 6 canais com som surround 15.1, 62' / 6-channel HD colour video installation with 15.1 surround sound, 62'

Encenado numa variedade de paisagens ecológicas em perigo, desde o interior do Alasca à gelada e desolada Gronelândia ou às vulcânicas Ilhas Marselhas no Pacífico Sul, cada local incita o observador a meditar na complexa relação entre os seres humanos e o planeta. Numa altura em que, segundo as Nações Unidas, as emissões de gases de efeito de estufa decorrentes da atividade humana se encontram em máximos históricos e as populações experienciam o significativo impacto das alterações climáticas — incluindo a alteração dos padrões meteorológicos, a subida do nível do mar e eventos meteorológicos mais extremos —, Purple introduz uma multitude de ideias numa conversa que inclui a extinção de mamíferos, a memória do gelo, o plástico no oceano e o aquecimento global.

Os filmes de Akomfrah caracterizam-se pela riqueza do estilo visual, construído em diversas camadas, que combina frequentemente a política contemporânea com a história ou a ficção com a mitologia. Aqueles são tipificados pelas suas investigações em tópicos como a memória, a identidade, o pós-colonialismo, explorando também muitas vezes a experiência da diáspora africana na Europa e nos Estados Unidos. O seu primeiro filme, Handsworth Songs (1986), foca-se nos motins de Birmingham e Londres, através de filmagens de arquivo, fotografias documentais e noticiários. Do trabalho mais recente de Akomfrah, fazem parte Tropikos (2016) — instalação em três ecrãs em referência ao trabalho de Stanley Kubrick e de Theo Angelopolous —, Auto da Fé (2016) — filme de época que apresenta uma série de oito migrações históricas ao longo dos últimos 400 anos — e Airport (2016) — explorando a deslocação atlântica de milhões de africanos até à Grã-Bretanha num filme de época experimental passado no século XVI. Como um péan ao mar, a instalação de vídeo em três canais Vertigo Sea (2015) explora uma variedade de histórias, dos baleeiros e das migrações internacionais até ao comércio transatlântico e ao início da globalização.

Nascido em 1957 em Acra, no Gana, Akomfrah vive e trabalha em Londres. Membro fundador do influente Black Audio Film Collective (1982–1998), a sua obra é apresentada em museus e exposições por todo o mundo, incluindo a Bienal de Liverpool; a Documenta 11, Kassel; o Centro Pompidou, Paris; a Galeria Serpentine, Londres; o Tate Britain, Londres; o Centro Southbank, Londres; o Bildmuseet Umeå, Suécia; o Museu de Arte Eli e Edythe Broad, Michigan; e o Museu de Arte Moderna (MoMA), Nova Iorque. Uma grandiosa retrospetiva da obra galerística de Akomfrah com o Black Audio Film Collective inaugurou na FACT, Liverpool, e na Arnolfini, Bristol, em 2007. Os seus filmes figuraram em festivais internacionais como Cannes, Toronto e Sundance, entre outros. No início de 2017, John Akomfrah ganhou o mais importante prémio britânico para a arte contemporânea internacional, Artes Mundi 7.

de 8 de novembro de 2018 a 10 de março de 2019

Projeto comissionado pelo Barbican, Londres, e co-comissionado por: Bildmuseet Umeå, Suécia; TBA21-Academy; Instituto de Arte Contemporânea de Boston; Museu Coleção Berardo, Lisboa; e Museu GARAGE, Moscovo.

28.10.2018 | por martalanca | alterações climáticas, John Akomfrah

Filmes sobre o Brasil hoje no DocLisboa

Maria AuxiliadoraMaria Auxiliadora26.10, 21:30h Cinema São Jorge

Alma Clandestina, de José Barahona, é uma biografia de Maria Auxiliadora Lara Barcelos, uma mulher activista política contra a ditadura brasileira nos anos 60. Foi presa, torturada e banida do Brasil, acabando por se exilar e viver na clandestinidade em Berlim durante os anos 70. O realizador estará presente na sessão. Link do filme

sobre Maria Auxiliadora a Marta Mestre escreveu este ensaio no BUALA, Adjetivo esdrúxulo: Maria Auxiliadora.

26.10, 14h Culturgest 

No filme Maré, três mulheres quilombolas expressam a sua apreensão entre a incerteza do futuro e a força da ancestralidade. Uma crítica actual e pertinente da escravatura e da subsequente desigualdade sócio-económica-racial que estrutura e se perpetua no Brasil de hoje. A realizadora Amaranta Cesar e Erica Batista, uma das mulheres retratadas no filme, estão presentes na sessão. Link do filme 

26.10.2018 | por martalanca | Brasil, DocLisboa, filmes

John Akomfrah à conversa com Manuela Ribeiro Sanches

dia 9 de novembro, 18h30 no Hangar – Centro de Investigação Artística, Lisboa

Retrato de John Akomfrah @ Smoking Dogs Films. Cortesia Smoking Dogs Films.Retrato de John Akomfrah @ Smoking Dogs Films. Cortesia Smoking Dogs Films.John Akomfrah estará à conversa com Manuela Ribeiro Sanches, pela ocasião da sua exposição individual ‘Purple’ no Museu Coleção Berardo em Lisboa. Olhando tanto para obras anteriores como mais recentes, a conversa versará sobre o envolvimento estético e ético-político de várias décadas de Akomfrah com as histórias e as memórias da escravatura, do colonialismo e do anti-colonialismo; as formações diaspóricas pós-coloniais; e as intersecções do racismo, do capitalismo e da destruição ambiental.

John Akomfrah (1957, Acra, Gana) vive e trabalha em Londres. É um artista e cineasta enormemente respeitado, cujas obras se caracterizam pelas suas investigações sobre memória, pós-colonialismo, temporalidade e estética e, com frequência, exploram a experiência da diáspora africana na Europa e nos EUA. Akomfrah foi um membro fundador do influente Black Audio Film Collective, que surgiu em Londres em 1982, juntamente com os artistas David Lawson e Lina Gopaul, com quem ainda hoje colabora. O seu primeiro filme, ‘Handsworth Songs’ (1986), explorou os eventos em torno dos protestos de 1985 em Birmingham e Londres, através de uma combinação densa de material fílmico de arquivo, fotografias e notícias. O filme ganhou vários prémios internacionais e configurou um estilo visual multifacetado que se tornou paradigmático da prática de Akomfrah. Obras recentes incluem a instalação em três écrans ‘The Unfinished Conversation’ (2012), um retrato emotivo da vida e do trabalho do teórico cultural Stuart Hall; ‘Peripeteia’ (2012), um drama imaginado que visualiza as vidas dos indivíduos incluídos em dois retratos do século XVI de Albrecht Dürer; e ‘Mnemosyne’ (2010), que expõe a experiência dos migrantes no Reino Unido, questionando a noção de que a Grã-Bretanha é uma terra prometida ao revelar as realidades da dificuldade económica e do racismo casual. Em 2015, Akomfrah estreou a sua instalação em três écrans ‘Vertigo Sea’ (2015), que explora o que Ralph Waldo Emerson chama de ‘os mares sublimes’. Fundindo material de arquivo, leituras de fontes clássicas e imagens novas, a obra de Akomfrah foca-se na desordem e na crueldade da indústria baleeira, a que justapõe cenas das muitas gerações de migrantes que atravessaram epicamente o oceano em busca de uma vida melhor. Em 2017, Akomfrah mostrou ‘Purple’, uma imersiva instalação vídeo em seis canais, que aborda as alterações climáticas e os seus efeitos nas comunidades humanas, na biodiversidade e na natureza. Mais recentemente, Akomfrah estreou ‘Precarity’ na Prospect 4 New Orleans. Através de material de arquivo e de imagens novas, ‘Precarity’ segue a vida do esquecido cantor de jazz de Nova Orleães, Buddy Bolden.

Akomfrah teve inúmeras exposições individuais, incluindo: New Museum, Nova Iorque, EUA (2018); Bildmuseet, Umeå, Suécia (2018); Nasher Museum of Art na Duke University, Durham, NC, EUA (2018); SFMOMA, São Francisco, CA, EUA (2018); Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid, Espanha (2018); Barbican, Londres, Reino Unido (2017); Whitworth Art Gallery, Manchester, Reino Unido (2017); University of New South Wales, Paddington, Austrália (2016); Turner Contemporary, Margate, Reino Unido (2016); The Exchange, Penzance, Reino Unido (2016); Nikolaj Kunsthal, Copenhaga, Dinamarca (2016); STUK Kunstcentrum, Lovaina, Bélgica (2016); Arnolfini, Bristol, Reino Unido (2016); Bildmuseet, Umeå, Suécia (2015); Eli and Edythe Broad Art Museum, Michigan, EUA (2014); Tate Britain, Londres, Reino Unido (2013-14); e uma série de projecções ao longo de uma semana no MoMA, Nova Iorque, EUA (2011). A sua participação em exposições colectivas inclui: ‘The 1980s: Today’s Beginnings?’, Van Abbemuseum, Eindhoven, Holanda (2016); ‘British Art Show 8’ (2015-17); ‘All the World’s Futures’, 56th Bienal de Veneza, Itália (2015); ‘History is Now: 7 Artists Take On Britain’, Hayward Gallery, Londres, Reino Unido (2015); ‘Africa Now: Political Patterns’, SeMA, Seul, Coreia do Sul (2014); Sharjah Biennial 11, Sharjah, Emirados Árabes Unidos (2013); Liverpool Biennial, Reino Unido (2012); e Taipei Biennial, Taiwan (2012). Também tem participado em vários festivais de cinema internacionais, incluindo o Sundance Film Festival, Utah, EUA (2013 and 2011) e o Toronto International Film Festival, Canadá (2012). Em 2017, ganhou o Artes Mundi Award.

Manuela Ribeiro Sanches é professora aposentada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde ensinou entre 1981 e 2016. Tendo feito o seu doutoramento sobre o viajante e revolucionário Georg Forster, o seu interesse por literatura de viagens e tópicos relacionados, tais como os processos que sustentam a perceção e narração dos objetos descritos, levou-a a alargar a sua pesquisa ao campo da história da antropologia, em articulação com os estudos culturais, a partir de uma perspetiva pós-colonial. Tendo dedicado a sua atividade de docência e investigação a estudar os efeitos e repercussões, até ao presente, dos processos de (des)colonização a nível cultural e político, interessou-se, mais recentemente, pelos movimentos anticoloniais, nas suas vertentes nacionalista e transnacional. As suas áreas de interesse e investigação incluem ainda o cinema africano e questões ligadas às migrações e racismos na Europa numa perspetiva comparada. Publicações recentes: ‘Europe in Black and White: Immigration, Race, and Identity in the “Old Continent”’ (Intellect, 2011) e ‘Malhas que os impérios tecem. Textos anti-coloniais, contextos pós-coloniais’ (Edições 70, 2011). De momento, está a organizar um volume reunindo um conjunto de textos sobre Cabral, Césaire e Du Bois, a publicar em 2018.

Organização: Ana Balona de Oliveira (CEC-FLUL & IHA-FCSH-NOVA).

Evento integrado no ciclo de conversas e palestras ‘Pensando a Partir do Sul: Comparando Histórias Pós-Coloniais e Identidades Diaspóricas através de Práticas e Espaços Artísticos’.

Apoio: Centro de Estudos Comparatistas, Universidade de Lisboa; Instituto de História de Arte, Universidade Nova de Lisboa; Fundação para a Ciência e a Tecnologia; Direcção Geral das Artes.

Agradecimentos: David Rato (Museu Coleção Berardo, Lisboa).

Evento Facebook

Smoking Dogs Films. Cortesia Lisson Gallery.Smoking Dogs Films. Cortesia Lisson Gallery.

John Akomfrah in conversation with Manuela Ribeiro Sanches

6.30 pm, 9 November 2018

Hangar – Artistic Research Centre, Lisbon

John Akomfrah will be in conversation with Manuela Ribeiro Sanches, on the occasion of his solo show ‘Purple’ at Museu Coleção Berardo in Lisbon. By looking at both earlier and more recent works, the talk will address Akomfrah’s decade-long aesthetic and ethico-political engagement with histories and memories of slavery, colonialism and anti-colonialism; post-colonial diasporic formations; and the intersections of racism, capitalism and environmental destruction.

John Akomfrah (born 1957, Accra, Ghana) lives and works in London. He is a hugely respected artist and filmmaker, whose works are characterised by their investigations into memory, post-colonialism, temporality and aesthetics, and often explore the experience of the African diaspora in Europe and the USA. Akomfrah was a founding member of the influential Black Audio Film Collective, which started in London in 1982, alongside the artists David Lawson and Lina Gopaul, who he still collaborates with today. Their first film, ‘Handsworth Songs’ (1986), explored the events surrounding the 1985 riots in Birmingham and London through a charged combination of archive footage, still photos and newsreel. The film won several international prizes and established a multi-layered visual style that has become a recognisable motif of Akomfrah’s practice. Recent works include the three-screen installation ‘The Unfinished Conversation’ (2012), a moving portrait of the cultural theorist Stuart Hall’s life and work; ‘Peripeteia’ (2012), an imagined drama visualising the lives of individuals included in two 16th-century portraits by Albrecht Dürer; and ‘Mnemosyne’ (2010), which exposes the experience of migrants in the UK, questioning the notion of Britain as a promised land by revealing the realities of economic hardship and casual racism. In 2015, Akomfrah premiered his three-screen film installation ‘Vertigo Sea’ (2015) that explores what Ralph Waldo Emerson calls ‘the sublime seas’. Fusing archival material, readings from classical sources and newly-shot footage, Akomfrah’s piece focuses on the disorder and cruelty of the whaling industry and juxtaposes it with scenes of many generations of migrants making epic crossings of the ocean for a better life. In 2017, Akomfrah unveiled ‘Purple’, an immersive six-channel video installation addressing climate change and its effects on human communities, biodiversity and the wilderness. More recently, Akomfrah debuted ‘Precarity’ at Prospect 4 New Orleans. Through archival imagery and newly-shot footage, ‘Precarity’ follows the life of forgotten New Orleans jazz singer Buddy Bolden.

Akomfrah has had numerous solo exhibitions, including: New Museum, New York, USA (2018); Bildmuseet, Umeå, Sweden (2018); Nasher Museum of Art at Duke University, Durham, NC, USA (2018); SFMOMA, San Francisco, CA, USA (2018); Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid, Spain (2018); Barbican, London, UK (2017); Whitworth Art Gallery, Manchester, UK (2017); University of New South Wales, Paddington, Australia (2016); Turner Contemporary, Margate, UK (2016); The Exchange, Penzance, UK (2016); Nikolaj Kunsthal, Copenhagen, Denmark (2016); STUK Kunstcentrum, Leuven, Belgium (2016); Arnolfini, Bristol, UK (2016); Bildmuseet, Umeå, Sweden (2015); Eli and Edythe Broad Art Museum, Michigan, USA (2014); Tate Britain, London, UK (2013-14); and a week-long series of screenings at MoMA, New York, USA (2011). His participation in group shows has included: ‘The 1980s: Today’s Beginnings?’, Van Abbemuseum, Eindhoven, The Netherlands (2016); ‘British Art Show 8’ (2015-17); ‘All the World’s Futures’, 56th Venice Biennale, Italy (2015); ‘History is Now: 7 Artists Take On Britain’, Hayward Gallery, London, UK (2015); ‘Africa Now: Political Patterns’, SeMA, Seoul, South Korea (2014); Sharjah Biennial 11, Sharjah, United Arab Emirates (2013); Liverpool Biennial, UK (2012); and Taipei Biennial, Taiwan (2012). He has also been featured in many international film festivals, including Sundance Film Festival, Utah, USA (2013 and 2011) and Toronto International Film Festival, Canada (2012). In 2007, he won the Artes Mundi Award.

Manuela Ribeiro Sanches taught at the Faculty of Arts and Humanities, University of Lisbon, from 1981 to 2016. Having obtained her PhD with a dissertation on the traveller and revolutionary Georg Forster, her interest in travel literature and related topics, such as the epistemologies that sustain the subjective processes of perceiving and narrating the described objects, led her to broaden her research to the field of the history of anthropology, which she articulated with a cultural studies approach from a postcolonial perspective. Having taught and researched on the effects, until the present, of the processes of (de)colonisation on a cultural and political level, and widely published on these issues, more recently, she became interested in the transnational processes that also marked nationalist anti-colonial movements. Her research interests also include African film, and questions of migration and racism in Europe from a comparative perspective. Recent publications: ‘Europe in Black and White: Immigration, Race, and Identity in the “Old Continent”’ (Intellect, 2011) and ‘Malhas que os impérios tecem. Textos anti-coloniais, contextos pós-coloniais’ (Edições 70, 2011). She is now editing a collection of essays on Cabral, Césaire and Du Bois due in 2018.

Organisation: Ana Balona de Oliveira (CEC-FLUL & IHA-FCSH-NOVA).

Part of the talk and lecture series ‘Thinking from the South: Comparing Post-Colonial Histories and Diasporic Identities through Artistic Practices and Spaces’.

Support: Centre for Comparative Studies, University of Lisbon; Institute for Art History, New University of Lisbon; Foundation for Science and Technology; Direcção Geral das Artes.

Acknowledgements: David Rato (Museu Coleção Berardo, Lisbon).

 

 

 

 

25.10.2018 | por martalanca | HANGAR, John Akomfrah, manuela ribeiro sanches

"DecliNações: questionando identidades nacionais, género e sexualidade"

Colóquio internacional, 29 e 30 de Outubro de 2018, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

As identidades nacionais têm-se revelado construções homogeneizadoras, orientadas para a obliteração das diferenças, não deixando, contudo, de ser relevantes a nível político (nacional e internacional), social, cultural, etc., apesar dos processos pós-nacionais internacionalizantes em vigor. Tais construções costumam identificar o nacional com certas imagens idealizadas do homem heterossexual em detrimento tanto das mulheres, quanto de outras identidades de género e orientações sexuais. Personagens de identificação nacional têm sido maioritariamente masculinas: soberanos, heróis de guerra, rebeldes que libertam a pátria de opressores, estrelas no desporto, música, pintura e outras artes, escritores e filósofos canônicos etc. Estas personagens masculinas, omnipresentes nas memórias das nações, costumam apresentar, além do mais, uma masculinidade hegemónica que exclui outras formas do masculino e legitima, até certo grau, a discriminação e a violência contra mulheres e os vários sujeitos do vasto leque da dissidência sexo-genérica.

A inclusão das mulheres nos discursos da identidade nacional tem muitas vezes traduzido, em várias e diversas latitudes, o desejo de domesticar a diferença e produzir um sujeito unitário com funções e caraterísticas definidas pelo patriarcado. Casos paradigmáticos são, por exemplo, a imagem generalizada da mulher africana decalcada do conceito de Mãe África, tornando-a guardiã das tradições, transmissora da ‘cultura’ e agente reprodutor, ou o recente enviesamento visível no Brasil, após o golpe de 2016, onde o recato e a domesticidade voltam a ser características enaltecedoras do sujeito mulher (como no caso da descrição da esposa do presidente Temer, pelos media, como “bela, recatada e do lar”).

Este colóquio propõe releituras críticas do nacional, em termos de género. No foco de interesse estarão países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – mas também as dinâmicas diaspóricas, regionais ou continentais nas quais estes países se inscrevem. Os feminismos, maioritariamente os do sul, constituem abordagens privilegiadas de análise, bem como os estudos queer, as epistemologias do sul ou a perspetiva decolonial.

CFP disponível aqui.

Equipa organizadora:
Doris Wieser (CEC, ULisboa)
Jessica Falconi (CEsA, ISEG, ULisboa)
Luciana Moreira (CES, UCoimbra)
Raquel Lima (CES, UCoimbra)
Simone Cavalcante (CEC, ULisboa)

Comissão científica:

Ana Paula Tavares (CLEPUL, ULisboa)
Catarina Martins (CES, UCoimbra)
Denilson Lopes (ECO, UFRJ)
Fernanda Gil Costa (CEC, ULisboa)
Inocência Mata (CEC, ULisboa)
Isabel Maria Casimiro (CEA, U Eduardo Mondlane)
Joacine Katar Moreira (ISCTE, IULisboa)
Luísa Afonso Soares (CEC, ULisboa)
M. Felisa Rodríguez Prado (U Santiago de Compostela)
Teresa Cunha (CES, UCoimbra)

Conferencistas e palestras confirmadas/os:

Ana Paula Tavares (CLEPUL, ULisboa), “Identidade e poesia. Construções, revisitas e tempo: Angola, discurso e pratica”
Catarina Martins (CES, UCoimbra), “Rompendo os corpus das literaturas nacionais africanas – corpos nus de mulheres negras”
Denilson Lopes (ECO, UFRJ), “Por uma historiografia queer das sensações”
Isabel Maria Casimiro (CEA, U Eduardo Mondlane), “‘Cinderelas do nosso Moçambique’: confrontando diálogos entre jovens feministas e veteranas da luta armada”
Joacine Katar Moreira (ISCTE, IULisboa), “Narrativas interseccionais negras em Portugal”
Teresa Cunha (CES, UCoimbra), “Podem as Sindarelas falar? DecliNações Feministas e pós-coloniais: Moçambique, Timor-Leste”

Esta atividade insere-se no âmbito dos projetos Feminismos e dissidência sexual e de género no Sul Global e Identidades nacionais em diálogo: construções de identidades políticas e literárias em Portugal, Angola e Moçambique (1961-presente), do grupo CITCOM do Centro de Estudos Comparatistas, FLUL.

Para mais informações sobre o evento, por favor seguir este link, ou o evento de facebook.

 

24.10.2018 | por martalanca | colóquio, género, identidades

Filmes africanos no Doclisboa 2018

Entre eu e Deus de Yara CostaMoçambique, 2018, 60’

Karen é uma mulher jovem e independente que defende a lei canónica muçulmana na Ilha de Moçambique, mas está cheia de dúvidas e contradições em relação à sua identidade e a comunidade multicultural em que vive, num local histórico de confluência de culturas. 
Link 28 Out (dom), 16h15, 60’

 

La Vie Sur Terre de Abderrahmane SissakoMali, Mauritânia, 1998, 61’Em vésperas do ano 2000, Abderrahmane Sissako, cineasta mauritano a viver em França, decide regressar a Sokolo, uma pequena aldeia do Mali, para se encontrar com o pai. Chega à aldeia, muda de roupa, monta numa bicicleta e vagueia pelas ruas e pelos campos. É então que se cruza com Nana, também ela de passagem. Estabelece-se algo de impalpável e lúdico entre eles, enquanto a vida na aldeia continua.
Link 21 Out (dom), 17h, Cinema São Jorge

La vie sur terre de Abderrahmane Sissako 1999La vie sur terre de Abderrahmane Sissako 1999
 

 


Fahavalo, Madagascar 1947 de Marie-Clémence, Andriamonta-PaesMadagáscar, Franca, 2018, 91’

Chamavam-lhes fahavalo (inimigos), porque se revoltaram contra as autoridades coloniais francesas em Madagáscar, em 1947. Hoje, a cineasta Marie-Clémence Andriamonta-Paes leva-nos ao local onde os acontecimentos tiveram lugar, numa viagem ao encontro das últimas testemunhas. Falam-nas da sua luta pela independência e dos longos meses de resistência na selva, armados apenas com lanças e talismãs.
Link 22 Out (seg), 19.00, Culturgest24 Out (qua), 14.00, Cinema São Jorge

O festival aceita reservas de grupos, ficando o bilhete a 1 euro por pessoa no caso do grupo perfazer 10 ou mais elementos.Só é necessária marcação para projecto.educativo@doclisboa.org ou através do número +351 910 951 160, ou até respondendo directamente a este email.  

17.10.2018 | por martalanca | cinema, DocLisboa

O Espaço Entre Nós: Um Relato Pessoal Sobre Um País Quase Pacífico

Exposição individual de Violeta dos Santos Moura

13 Outubro - 17 Novembro de 2018

Espaço Mira, Porto, entrada Livre 

Curadoria de Susana Gaudêncio.

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O Espaço Entre Nós: Um Relato Pessoal Sobre Um País Quase Pacífico da fotojornalista Violeta dos Santos Moura, é um diário visual da sociedade portuguesa actual, não exaustivo e em contínua progressão, de como nos vamos tratando uns aos outros no terceiro país mais pacífico do mundo.

A fotógrafa apresenta trabalhos inéditos, registados entre 2012 e 2018, um pouco por todo o país, nomeadamente, Lisboa, Porto e Vila Real.

O relatório anual do Índice Global da Paz de 2017 coloca Portugal na terceira posição dos países mais pacíficos do mundo, atrás da Islândia e da Nova Zelândia, no entanto o país está longe de ser exemplar a nível social. 

Apesar de ser um dos destinos turísticos mais procurados actualmente, o Portugal das brochuras e do instagram convive com um país onde a discriminação é pessoal, a violência íntima e a distância entre as pessoas palpável, seja por divergências religiosas, económicas, políticas ou de género.

Portugal conta com legislação e instituições em consonância com a direção mais progressista no bloco da União Europeia, mas nas relações não mediadas institucionalmente a narrativa é diferente. No dia-a-dia, sente-se o contraste entre uma sociedade tecnologicamente avançada, mas também conservadora nos seus costumes — há mulheres agredidas por companheiros numa média de cem vítimas por semana; colocam-se sapos à entrada de lojas porque se crê que afastam ciganos; certos senhorios não alugam casas a cidadãos africanos, brasileiros ou outras minorias; idosos e famílias inteiras são despejados em prol do rentável negócio do alojamento local e temporário. 

Depois de anos a conviver com dissidentes políticos, elementos inesperados de mudança, guerras, conflitos e revoluções além fronteiras, Violeta dos Santos Moura reflecte sobre o seu país de origem, por vezes com um olhar crítico, por outras empático. 

A exposição estabelece um espaço público alternativo àqueles em que Violeta dos Santos Moura habitualmente publica. Trata-se de um documento de crítica social, um artigo visual de opinião, fazendo o registo das discordâncias que co-habitam no terceiro país mais pacífico do mundo.   

Violeta Santos Moura

Vila Real (1983). Fotojornalista e jornalista freelancer, nasceu em Vila Real de Trás-os-Montes. Depois de vários anos em Telavive e Jerusalém como correspondente freelancer para a Agência  LUSA e Radio France Internacional, Violeta enveredou pela reportagem visual sobre a forma do fotojornalismo. Desde então as suas reportagens fotográficas e escritas têm-na levado desde Portugal e Espanha, durante a crise económica europeia, até ao Médio Oriente, para cobrir o conflito  Israelo-Palestiniano e até Cachemira para retratar o domínio militar por parte da Índia sobre a população civil e o território de Caxemira 70 anos depois da chegada das tropas indianas ao território himalaio. Em 2017 Violeta foi distinguida pelos editores da revista TIME como uma de “34 mulheres fotógrafas a seguir” a nível mundial.

O seu trabalho tanto fotográfico como escrito tem sido publicado pela Al Jazeera, Foreign Affairs, Newsweek [Japão], Courrier International, Rhythms Monthly [Taiwan/Formosa], Profil [Áustria], Il Reportage [Itália], Informatìon [Dinamarca], El País [Espanha], The Week [EUA], The International Business Times, Sydney Morning Herald [Austrália], Aftenposten Innsikt [Noruega], Woz Die Wochenzeitung [Suíça], Haaretz [Israel], RFI — Radio France Internationale, Agência LUSA, La Vanguardia [Espanha], Diario ABC [Espanha], entre outros.

Susana Gaudêncio 

Lisboa (1977). Artista. Licenciada em Pintura (FBAUL). Mestre em Belas Artes (Hunter College. City University New York). Doutoranda (FBAUL) e membro do Centro de Investigação e de Estudos em Belas Artes (CIEBA) onde investiga sobre o tema “Máquinas de Imaginar: O Impulso Utópico na Arte Contemporânea”. 

Entende a produção artística como plataforma para encontrar novas possibilidades de problematização da utopia, enquanto dispositivo crítico do quotidiano, eminentemente político. Publicou, entre outros, o livro Época de estranheza em frente ao mundo (2012, DOIS DIAS ed.); Luz Perpétua (2014, seis fascículos desenvolvidos no âmbito de residência artística no arquivo da Fundação EDP); Repertório: histórias e estórias de cartazes (2016, publicação produzida no âmbito de “Your body is my body. Coleção de Cartazes de Ernesto de Sousa”, Museu Coleção Berardo, Lisboa). 

Comissariou a exposição “O princípio da Inércia” sobre o mote das revoluções coloridas, Pavilhão Branco, Lisboa (2012), “Viagens de livros. O livro de artista nos 25 anos da ESAD.CR”, MiMO, Leiria (2015), e a exposição “Páginas Inquietas: sobre documentos insubmissos”, Espaço Mira, Porto (2016). 

Exposições individuais e coletivas: Centro de Artes Visuais, Coimbra (2004); ISE Foundation, Nova Iorque (2009); Museu da Electricidade (2009, 2014); Museu Gulbenkian (2010, 2016); Museu do Chiado, Lisboa (2012); SESC Pinheiros, São Paulo (2015); Galerie der Kunstler, Munique (2016). É membro fundador do “Círculo de Leitoras Peripatéticas”, com Sofia Gonçalves e Susana Pomba e do colectivo Pessoa Colectiva com Mafalda Santos. Coordena o Programa Educativo da Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura. É docente no Mestrado de Artes Plásticas na ESAD, Caldas da Rainha. 

GALERIA

Direção do Espaço MIRA | Manuela Matos Monteiro e João Lafuente

Direção artística | José Maia

Assistente de Galeria e Press Officer | Patrícia Barbosa

Fotografia | Manuela Matos Monteiro, Patrícia Barbosa, Rui Apolinário e José Vaz Silva

Vídeo | João Lafuente, Patrícia Barbosa

Rua de Miraflor nº 159, Campanhã, Porto. 4300-334

929 145 191 // 929 113 431 // contacto@espacomira.net

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07.10.2018 | por martalanca | Susana Gaudêncio

O público vai ao teatro

29 e 30 de Outubro de 2018 - Sala Bernardo Sassetti, São Luiz Teatro Municipal  Encontros sobre políticas da recepção e desenvolvimento de públicos.

O PÚBLICO VAI AO TEATRO - Encontros sobre políticas da recepção e desenvolvimento de públicos no contexto das artes performativas procura reunir contributos de diferentes agentes do sector artístico, bem como de outras disciplinas, em torno da análise das relações entre criação, programação e recepção no âmbito das artes performativas, procurando problematizar os nexos entre estes três pólos e sistematizar políticas e estratégias de envolvimento.

Estes encontros realizam-se no âmbito do projecto “O Público vai ao Teatro”, um projecto de desenvolvimento de públicos, concebido e coordenado pelo teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser.

PROGRAMA
SEGUNDA, DIA 29
09:30 – 10:00 // Recepção dos participantes
10:00 – 10:30 // Sessão de Abertura
10:30 – 13:30 // PAINEL 1: (DES)ENVOLVER PÚBLICOS
Painel em torno da problematização e desenvolvimento conceptual da noção de ‘desenvolvimento de públicos’.
Moderação: Maria Vlachou (Directora Executiva/ Acesso Cultura)
Com Elisabete Paiva (Directora Artística/ Materiais Diversos), Mafalda Dâmaso (Investigadora), Aldara Bizarro (Coreógrafa), Isabel Branco (Professora e Investigadora em educação / Directora do Centro de Formação da ESTAL), Luís Sousa Ferreira (Director/ 23 Milhas), Vítor Paulo Ferreira (Presidente da Câmara Paredes Coura)
15:00 – 19:00 // OFICINA 1: MODOS DE FAZER – CASOS DE REFERÊNCIA
Esta oficina propõe a reflexão e estruturação de propostas de projectos de desenvolvimento de públicos em contextos hipotéticos de mediação, partindo da apresentação de alguns casos de referência.
Orientação: Samuel Guimarães (Coordenador Serviço Educativo/ Museu do Douro; Professor/ ESMAE) Convidados: “O Público Vai ao Teatro”, Teatro Meia Volta; “Programa Conhecimento”, Walk & Talk
21:00 – 23:00 // FILME + CONVERSA “O Espectador Espantado” de Edgar Pêra (2016, 70min)

TERÇA, DIA 30
10:00 – 13:00 // OFICINA 2: A INSTITUIÇÃO FUTURA
Esta oficina convoca os participantes a trabalhar, em grupo, em torno do perfil de uma instituição cultural, definindo a sua missão, valores, objectivos e estratégias na relação com os públicos.
Orientação: Rui Catarino (Gestor Cultural)
14:30 – 18:00 // PAINEL 2: RECEPÇÃO ARTÍSTICA – O PERCURSO DO ESPECTADOR
Este painel centra-se na experiência integrada da recepção artística na relação com a criação e a programação, procurando convocar o olhar dos vários agentes culturais implicados no percurso do espectador.
Moderação: Alfredo Martins (Artista Associado/ TMV)
Com Sandra Madeira (Técnica de Bilheteira/ TNDM II), Vera Santos (Coreógrafa e professora), Catarina Medina (Directora Comunicação/ Culturgest), Rui Campos Leitão (Musicólogo/ AMEC | Metropolitana), Francisco Frazão (Director Artístico/ Teatro do Bairro Alto), um espectador (participante do projecto PVT)
18:30 – 20:00 // REFLEXÕES FINAIS – O CAMINHO PARA O TEATRO
Apresentação de uma síntese dos Encontros e de questões para reflexão e debate.
Moderação: Teresa Fradique (Antropóloga/ ESAD.CR-IPL; CRIA-FCSH)

03.10.2018 | por martalanca | públicos, teatro