NEEA CONTRA O RACISMO, Manifesto assinado

 

A proliferação do racismo quotidiano tem recebido pouca atenção em Portugal, sobretudo nas instituições de ensino e ciência. O mito do “luso-tropicalismo” e a ideia de um país de “brandos costumes”, infelizmente, contribui para (des)racializar as relações sociais. A sociedade portuguesa está, claramente, marcada pelas divisões raciais e étnicas, particularmente, em zonas mais densamente populosas. A negação do racismo sistêmico, institucional e estrutural parece ser uma regra não verbalizada em Portugal. Na academia, assim como na política ignoram-se, frequentemente, as experiências de pessoas negras, justificando as violências baseadas na “raça” como acontecimentos que se sucedem devido a diferenças ditas culturais. Esta abordagem resulta de uma leitura do racismo como resultado do confronto entre o “exotismo” do “imigrante” e a “modernidade” da sociedade que o acolhe. O racismo está presente em todas as esferas da vida quotidiana devido ao passado colonial de Portugal e das representações sociais e históricas que continuam na sociedade.

O racismo está estrategicamente camuflado pela ideia de uma pseudodemocracia racial, nos discursos políticos, académicos, históricos que organizam corpos e criam estruturas de poder. Porém, o racismo se manifesta de forma mais explicita no dia-a-dia, nos corredores e salas das universidades, nas redes sociais, muitas vezes sob a alegação de liberdade de expressão. A violência racista e o assédio racial presente nas instituições contribuem para desestabilizar a aprendizagem dos estudantes negros.

Apesar de estarmos cientes que o sistema de educação em Portugal é uma bolha política de manutenção, organização, modificação e propagação de um discurso legitimador das desigualdades sociais e das estruturas de poder, torna-se constrangedor e perturbador quando a discriminação racial e o ódio encontram palco durante uma aula.

O Núcleo de Estudos e Estudantes Africanos (NEEA), da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através desta carta, ergue a sua voz contra todo e qualquer tipo de discriminação, preconceito e ódio social. Enquanto membros da comunidade académica da FLUL vimos aqui:

Denunciar o caso de discriminação racial dirigido a um membro do núcleo durante uma aula

Mostrar o nosso descontentamento em relação à posição da faculdade quanto à denúncia realizada pelo estudante

No dia 25/10/2022, durante a aula de Multilinguismo e Política Linguística, um estudante do curso de Estudos Africanos da FLUL e membro do NEEA, sofreu insultos/ comentários de cariz racial. No contexto de sala de aula, o estudante foi insultado por três colegas, referindo-se a ele como “macaco”. Os comentários foram testemunhados por outros alunos que partilharam o sucedido com a vítima. Prontamente, foram tomadas diligências de forma a denunciar o caso. Foi reportado à coordenação do curso que, imediatamente, condenou o sucedido, fez chegar as informações ao professor da unidade curricular em questão e mostrou-se disponível para apoiar nessa demanda.

A 10 de novembro, o nosso colega apresentou uma queixa diante da direção da faculdade. No dia 14/11/2022, foi instaurado um processo de inquérito. O relatório final foi analisado e concluíram que “analisado o teor da queixa, verifica-se que, apesar dos testemunhos, que corroboram o facto alegado, não foi possível determinar a identidade dos autores dos comentários”. Consequentemente, determinaram o arquivamento do inquérito.

Sabe-se que as universidades são espaços elitizados e com pouca diversidade, em que os grupos marginalizados que conseguem ter acesso a estas instituições não têm medidas ou políticas eficazes de permanência. Os atos de racismo, assédio racial e de género têm sido recorrentes nas universidades portuguesas e a sensação que existe é de impunidade.

De acordo com o código de conduta, a Universidade de Lisboa rege-se pelo princípio da igualdade de oportunidades e respeito pelos direitos humanos. A UL considera violações de conduta discriminações baseadas na ascendência ou descendência familiar, género, etnia, língua e território de origem. Porém, não considera a discriminação racial como violação de conduta e a igualdade racial como um direito humano fundamental para o desenvolvimento da sociedade. Diante disto, torna-se evidente que a Universidade não assegura o respeito pela liberdade d ume pessoas negras que fazem parte da comunidade académica. Neste sentido, vimos exigir:

O respeito pelos direitos e liberdades de estudantes negro/as, afrodescendentes e africano/as que fazem parte da comunidade académica da UL.

A abertura de canais para debate, sensibilização e consciencialização da comunidade académica sobre racismo e todos os tipos de discriminação.

Um posicionamento firme e público desta universidade contra casos de racismo que ocorram no contexto académico.

As reivindicações aqui apresentadas representam,   de alguma forma, os anseios por uma Universidade mais inclusiva, mais aberta e mais diversa. Acreditamos ser da responsabilidade das instituições de ensino e ciência capacitar seres humanos mais tolerantes, empáticos, com elevados padrões éticos e profissionais, dotados de um pensamento e um discurso crítico e empenhados no progresso social de todos.

Chamamos a atenção para o Plano para a Igualdade de Género, Oportunidades Iguais e Diversidade da FLUL (2021), condizentes com agendas internacionais, estando em “concordância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, nomeadamente o Objetivo 5 – Igualdade de Género, com a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030”. A agenda 2030 tem como 10º objetivo reduzir as desigualdades. Nesta meta/objetivo a UN recomenda que os países “capacitem e promovam a inclusão social, económica e política de todos, independentemente de idade, sexo, deficiência, raça, etnia, origem, religião ou condição econômica ou outra.” Se a própria Agenda 2030 reconhece a categoria social de raça, enquanto condição de desigualdades e discriminações de grupos socialmente marginalizados, por que razão a Universidade de Lisboa – instituição comprometida com progresso social - nega a sua existência e o seu impacto?

Finalmente, frisa-se que o incidente aqui denunciado não se trata de um caso isolado, uma vez que, em muitas outras instituições de educação e ciência do país tem havido outros casos de violência racial. O NEEA compromete-se a ser uma plataforma de debate antirracista no contexto académico. “É, portanto, fulcral assinalar que o antirracismo é um campo político atravessado por divergências fundamentais, tanto na produção de conhecimento sobre o próprio racismo como nas propostas de transformação política” (Araújo e Maeso, 2019).

Deste modo, convidamos a comunidade académica e a sociedade civil a estarem presentes na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no dia 6 de Dezembro, às 12h30, para nos mobilizarmos contra o racismo no contexto académico.

Queremos expressar o nosso apoio ao nosso colega, bem como apelar à responsabilização académica, institucional e, sobretudo, humana e a necessidade de criar políticas afirmativas que transformem a realidade do racismo institucional em Portugal.

A VIDA DOS ESTUDANTES NEGROS IMPORTAM!

Assinaturas ao manifesto

Tomásio Varela Mendes da Costa - FLUL

Beatriz Quaresma Verdinho-FLUL

Vanda M. A. Monteiro Marques da Silva - Operadora de Tráfego Marítimo

Ana Paula Ferreira da Silva-FLUL

Madalena Moreira de Sá - Tradutora, Facilitadora de Práticas Conectivas 

Etiandro Gomes Injai-FLUL

Nelma Andrade - FLUL

Pedro Ferreira - FLUL

Joel José Ginga - UAberta

Ana Bela Profeta Alves - Psicóloga

Célia Pires - Produtora Audiovisuais

Anizabela Amaral - jurista e ativista anti-racista

Pedro Schacht Pereira - Professor, The Ohio State University

Inês Beleza Barreiros - historiadora da arte

Jorge Fonseca de Almeida - Economista, MBA

Myriam Taylor de Carvalho - Empreendedora de Impacto Social/Estratega Social

Marisa Santos- FLUL

Anabela Simões Ferreira - escritora

Juliana Branco Dias - FLUL

Lúcia Furtado - Contabilista Certificada

Beatriz Tavares- FLUL

Fodé Sanhá- FLUL

Leah Serra Kelly - FLUL

Maria Beatriz Lourenço - FLUL

Pedro Sousa - FLUL

Joice Contente - ISCSP

Luís G. Rodrigues - FLUL

Afonso da Cunha Viola - FLUL

Ana Beatriz Oliveira- FLUL

Shelsia Q. D. A. Gourgel- ISCSP

Eunice Gomes - FCSH

Giovanna Borrelli - FLUL (Erasmus)

Leonor Cruz - FLUL

Márcia Lobo

Beatriz G. Pires - FLUL

Laudiana Correia - FLUL

Dara Gomes - FLUL

Áurea Sofia Silva- FCSH

Lismara G. Gomes - FCSH

Eugénio Nogueira

Neise Trigueiros - FCSH

Amadu Sabali - FCSH

Liliana Correia

Beatriz de Oliveira - FLUL

Kira Graça - FLUL

Sara Marques Nobre - FLUL

Kathia Pereira- FLUL

Tiago Pires Correia- FLUL

Ivânia Vera Cruz-FLUL

Beatriz F. Mestre - FLUL

Raquel Pires Saraiva - FLUL

Beatriz Carola - FLUL

Matilde Mala - FLUL

Fatumata Djabula - FCSH

Mário Jorge Matos - FLUL

Raquel Serdoura- Ativista

Inês Rondão - FLUL

Beatriz Alves - Leiden University

Melanie Delgado- FLUL

Sofia Patrão - IADE

Janaína Silva - FLUL

Aline Carvalho - FCT UNL

Beatriz Rodrigues - FLUL

Miriam Franco- FLUL

David Rendeiro - FLUL

Júlia Oliveira - FLUL

Inês Mateus - FLUL

Bruna Monteiro - FLUL

Renata Almeida Cabral - FLUL

Daniela Figueiredo - FLUL

Telma João Santos - Investigadora - CHAIA-UÉ

Elijah Alex de Gouveia Vilaça Barros - FLUL

Natacha Soraia Silva Ornatovskyy - FLUL

João Carlos Carvalho - FLUL

Bárbara Machado - FLUL

Shereen Lalgy - BAU Cyprus

Edson Lázaro - Empresário e Ex-Vice Presidente do NEEA-FLUL

Frederico José Monção de Brito - NOVA FCSH / Estagiário me

Francisco Maria Fragoso Cerol - FLUL

Guilherme Resende - ISCSP

Sofia Nunes - FLUL

Beatriz Grilo - FLUL

Francisco Freitas - ISEP

Alexandre Burity Baluga - Alumini FLUL

Tiago Gomes - FCUL

Beatriz Barbosa

Madalena Paulo - FLUL

Marta Barrigot - FLUL

Jussara Nagana Cabral

Marliato Jalo

Calido Buli sane- Contabilista

Aminata Nanqur

Cadija Mendonça

Amadu Djogo Djalo

Djuco Baba Sanhá- Hospital D. Estefânia

Rafael Sanhá- Futebolista

Jerssi Paulo

Abubacar M. Sanhá-

Larissa Kansler

Susana Gomes - FLUL

Patrícia Martins - Licenciada FLUL

Nicole Fernandes - FLUL

Abubacar Sanhá- Turismólogo

Iacuba Baba Sanhá

Bruno Fernandes- FLUL

Moro Sanhá

Ansel Silva - FCUL

Ariclene Chimbili - FCT-UNL

Gilson Manuel - FCT-UNL

João Melo- FLUL

Gabriela Pinto - FLUL

Aaliyah Gomes-Nova FCT

Maria Costa- FLUL

Clara Raposo-FLUL

Mariana Gomes- FLUL

Maria Ferreira- FLUL

Margarida Fernandes-FLUL

DeMaria Fernanda Santos Souza - ULHT

Etelvina Maria Ferreira

Pedro Lopes- FCSH

Anabela Henriques Esteves - FLUL

Ana Margarida - FCSH

Laura Batista - FCSH

Bruna Alexandra Frederico Jorge - FLUL

Aguineth Vicente Paquete Andrade

Maria Raposo

Carla Raquel Miranda - FCSH

Diogo Falcato- FCSH

Gabriel Costa - FCSH

Ilísio Oliveira - FCUL

Ana Castro - FLUL

Mª Beatriz Modesto - FLUL

Mariana Verdial- FLUL

Vânia Andrade

Daniela Cotovio - FLUL

 Mariana Branco - FCSH

Sofia Sequeira - FCSH

Lucas Veras - FCSH

Bruno Pires - FLUL

Duarte dos Santos Pais Bernardo Lopes - DLGR, FLUL

Rafael Monteiro - FDUL

Matilde Ho - UL

Fernando Lopes - FCSH

Liliana Nunes - Ualg

Maria Mafalda djafuno jalo - Educadora

Eva Torga - FLUL

João Sousa - FCUL

Zinky

Herman Ramos

Lara Grou, FCSH

Diana Machado - NMS

Alexandre Martins - ESTS

Diana Carrasco-Ualg

Joana Forte- associação Integrar Diligente

Ana Pereira - FCSH

Paulo Pereira Oliveira Matos - FLUL

Aliyah Bhikha - FDUNL

Catarina Rodrigues - Alumni ISCTE

Sofia Azevedo dos Santos- FDUL

Inês Beatriz Nunes - FCSH

Filipe Reis - FLUL

Duarte Ferreira - Lic. Ciência política e relações internacionais

Jasmim Bettencourt / FLUL

Raúl Matamba - FCT/NOVA

João cão Duarte - FCUL

Mariana Simas - FLUL

Rita Cavaco - Nova School of Law

Pedro Bazima - UMinho

Leandro Castanheira- UA

Winnie Lourenço- FLUL

Raquel Adónis - ISCSP

Carolina Batalha-FLUL

Marta Lopes - FLUL

Filipe Marçal - FLUL

Ana Ribeiro - FCSH

Márcia Costa - FLUL

Inês Santos - FLUL

Miguel Vilar-FLUL

Mariana Raminhos- FLUL

Dáldia Lopes - UBI

Henrique Costa- FLUL

Sara Amarante- FLUL

Victor Tomás - FDUL

Ramiro Afonso Morais - FDUL

Bruna Lebre Scultori - FDUL

Carla Delgado - Nova School of Law

Mancanaul Gomes - Estudante

Joel Semedo- FDUL

Kinga Kovács-FLUL

Igor Rodrigues da Silva - ENSP-UNL

Di

Nina Harvie-Clark -University of Cambridge

Alexandre Ferreira- FLUL

Ana Cordeiro - ISCTE

Helena Vicente

Joana Vieira - FCSH

Ana Marta dos Santos-FDUL

Ana Margarida Batista- Alumni FLUL, IEUL

Maria Beatriz Carreira Pedrosa - FLUL

Taísa Braga - ISCTE

António Tonga - Activista Antirracista

Saturnino de Oliveira-ISCTE

Bifa Nancanhá- ISCTE

Telma Fundões-ISCSP

Lara Menezes - FCSH

Pedro Oliveira - FLUL

Catarina Martins - UAlg

Carolina Teixeira - ISMAI

Dânnya Martins - UE

Weza Silva - Ue

Luena Cunha - UE

Marina Caboclo - Advogada e Mestranda FDUL

Érica Vieira - Ex Vice-Presidente do NEEA FLUL

Leonardo Botelho - Advogado Estagiário

Arimilde Sofia Soares - AlumniFLUL

Gabrieli Fernandes Fickelsherer Gaio - ULisboa

Carlos Viegas - AlumniISEL

Dadanine Jánuario Gomes - Estudante

Stefanie Cerqueira Salomão- ISCSP

Paulo Marchã - FLUL - Finalista Licenciatura Estudos Africanos - Secretário de Direção da Associação Caboverdeana de Lisboa - Activista e Gestor Cultural - Tchon di Mundus

Elisângela Pereira - FLUL

Catarina Santos - FCSH

Mafalda Santos - FLUL

Mariana Caeiro - UBI

Jonathas Luciano Suela do Nascimento

Ianira Vieira

Joana Pinto

Rodrigo Candeias

Carolina Ribeiro - FCSH

Rafaela Vilaça- UP

Clinton Gomes - UE

Matilde Pinto - FCSH

Francisca Baptista - FLUL

Anna Carolina Almeida da Cruz

Ana Luisa Sousa - FLUL

Catarina Pinheiro - FLUL

Marco Alexandre Ribeiro - FLUL

Marcelo Andrade - FLUL

Letícia Amado - FDUL

 ngela Afonso- FLUL

Ana Guedes - FDUL

Guilherme Sá - FLUL

John Quitaxi - Docente Universitário

Joana Guerreiro Mestre - ISCSP

Beatriz Pereira - FCSH

Raquel Figueiredo - FDUCP

Tomás Mourinha

Frederico Dias de Jesus - Jurista | Mestrando FCSH

Miguel Partidário - Professor Assistente Convidado, Instituto Politécnico de Setúbal

Letizia Pietrini - FLUL

Gonçalo Cerqueira Simões

Francisca Araújo - ESSEM

Leonor Góis - ESEL

Tomás Carmelino- UE

David Almeida

Sónia Braz - Alumni ISCSP

Beatriz Romeira - FLUL

Maria Santos - ISCSP

Tomás Antunes - FDUL

Dejanira Vidal - FDUL

Carolina Caldeira - FLUL/ ISCTE

Carla Oliveira - CML

José Caldeira - CML

Murilo Matias- FLUL

Claudia Greco - Psicanalista

Kiana Bila- Fct

Elisabete Lopes - FDUL

Rúben Rafael de Pina Traquino - FDUL

Rodrigo Dias - FLUL

Rúben Marques da Silva - Alumni da FLUL; Estudante do Iscte; Membro do Conselho Pedagógico do Iscte e da Comissão Pedagógica da Escola de Sociologia e Políticas Públicas; Antigo Presidente do Núcleo de Estudantes de História Moderna e Contemporânea do Iscte

Margarida Silva - Gestora de Comunicação

Augusto Neves Júnior - Empresário de Turismo

Maria M. A. Sousa Monteiro - Reformada

Ardjana Seidi- FDUL

José Rui Rosário - Funcionário Público, músico e poeta

Rayana Lopes Borges - FDUL

Sofia Embaló - FLUL

Gervagio Gomes- IGOT

Mamadou Ba, Investigador e Dirigente do SOS Racismo

Abel Tenera - Desenvolvedor de Software e Jogos; Estudante ISCTE; Voluntário da Associação dos Cavaleiros de São Brás; Activista colaborador do Partido Comunista Português

Dário Costa - Professor de Inglês, músico

Silvia Milonga - Jornalista

Danilo Cardoso - Arte-Educador, poeta e Investigador

Grupo EducAr | Educação Antirracista

 

(As assinaturas continuam em aberto)

07.12.2022 | por arimildesoares | ACADEMIA, FLUL, LUTA CONTRA O RACISMO, manifesto, NEEA

Mundo Crítico, conversa imperfeita entre Abdulai Sila e Marta Lança sobre cultura e à volta dos livros de Abdulai Sila com Ana Paula Tavares, Sumaila Jaló e Denis da Silva

15 DE DEZEMBRO

CCCV – Centro Cultural Cabo Verde Rua de São Bento, nº 640, Lisbon, Portugal

17h00 | APRESENTAÇÃO DA MUNDO CRÍTICO N.º 8, COM CONVERSA IMPERFEITA ENTRE ABDULAI SILA E MARTA LANÇA

A cultura é um bem crucial para responder aos desafios do desenvolvimento, sejam eles sociais, económicos ou até mesmo políticos. O potencial da cultura para a transformação social e política tem sido amplamente debatido, porque ela é uma proposta enquanto arma contra a ignorância e a indiferença.
Na oitava edição da Mundo Crítico – Revista de Cooperação e Desenvolvimento (promovida pela ACEP e CEsA/ISEG), é discutido o papel da cultura e apresentadas iniciativas e práticas concretas em diferentes países, que utilizam a cultura como resposta aos desafios. À semelhança dos números anteriores, a apresentação da revista, que decorre a 15 de Dezembro, é pretexto para prolongar a conversa imperfeita, iniciada na edição, entre o escritor guineense Abdulai Sila e a investigadora portuguesa na área da cultura Marta Lança.


18h30 | CONVERSA À VOLTA DOS LIVROS DE ABDULAI SILA
Após a apresentação da revista, vamos conversar sobre a obra de Abdulai Sila, a partir de leituras realizadas por diversos convidados, entre os quais a escritora Ana Paula Tavares, e os investigadores Sumaila Djalo e Denis Augusto da Silva. O escritor guineense é autor de livros como A Última Tragédia, Mistida ou Memórias SOMânticas, fundador da editora guineense Ku Si Mon e da Associação de Escritores da Guiné-Bissau. Uma iniciativa ACEP e BUALA.

07.12.2022 | por martalanca | Abdulai Sila, ACEP, Ana Paula Tavares, cultura, Denis da Silva, literatura, Mundo Crítico, Sumaila Jaló

Revista de Poesia - Carta de Dezembro

A Txonesterá presente na edição deste ano da Revistaria - Encontro de Revistas Literárias II, organizado pelo Sesc Ipiranga, em São Paulo, Brasil. José Pinto, curador da txon, dará a conhecer melhor este projeto na conversa com Diogo Borges e Mário Loff sobre o “Atlântico lusófono: revistas literárias em língua portuguesa”, que terá moderação de Mirna Queiroz.

Junte-se e venha conhecer este e outros projetos editoriais contemporâneos do espaço luso-falante amanhã, às 18:00 horas (fuso de Brasília) | 20:00 (fuso da Praia) | 21:00 (fuso de Lisboa).

 

Dj poetry set da txon, revista de poesia e poética #001 no YouTube

www.youtube.com/watch?v=r4KFLUqvk3w&list=PLboR9dxL2b6EN0b6-HsmKQk_10ncUwWEH&index=1&t=127s

03.12.2022 | por catarinasanto | carta de dezembro, poesia, revista, txon

Music For Npili

Music For Npili, ou música para Npilli, o evento solidário que apoia a escolarização de meninas da regiãode biombo na Guiné Bissau está de volta e desta vez por uma causa ainda maisespecial.O internato de raparigas que já vai no seu segundo ano letivo foi assaltado no mês de setembro e para além de roubado foi vandalizado.O caso esta na justiça mas ainda não se sabe nada dos autores do crime. As nossas meninas precisam muito de todos nós para ter um futuro com mais oportunidades.E para não comprometer o ano lectivo, os embaixadores Npili decidiram organizar mais um concerto solidário para angariar fundos destinados para a reparação dos danos e reposição dos materiais roubados.Vários artistas da lusofonia entre músicos e cantores decidiram apoiar a causa. O cartaz é lindo e a festa será no dia 9 de Dezembro no B.Leza.Estão todos convidados!

Karyna Gomes 

 

02.12.2022 | por martalanca | Music For Npili

Documentário Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, de Juliana Vicente

Documentário Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo estreia em 16 de novembro na Netflix 

 Confira as primeiras imagens da produção nacional sobre os mais de 30 anos de carreira do grupoEm 16 de novembro, chegou à Netflix o documentário Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, que conta a trajetória do grupo mais influente do rap nacional. Dirigido por Juliana Vicente, a produção mostra a origem e a ascensão dos Racionais MC’s, formado por Mano Brown, KL Jay, Ice Blue e Edi Rock.

 

O longa apresenta cenas inéditas gravadas ao longo dos mais de 30 anos de carreira do grupo, entrevistas exclusivas, além de reforçar o impacto e o legado dos músicos desde os primeiros shows nas ruas de São Paulo até os dias de hoje.
Com produção da Preta Portê Filmes para a Netflix, Racionais MC’s tem direção de Juliana Vicente, que assina a produção executiva com Beatriz Carvalho e Gustavo Maximiliano. A direção de fotografia é de Flávio Rebouças, Rodrigo Machado e Carlos Firmino; montagem, por Washington Deoli e Yuri Amaral. A direção de arte da produção é assinada  por Isabel Xavier; direção de produção, Camila Abade e Mari Santos. 

 

30.11.2022 | por catarinasanto | documentário, netflix, racionais

Exposição colectiva de BABU x SUEKÍ de nome “Pedras no Caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

A exposição colectiva de BABU x SUEKÍ de nome “Pedras no Caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…” esta sexta feira, dia 2 de Dezembro de 2022, a partir das 18:00. 

Entrada é livre.

 

Segundo Dominick A Maia Tanner: “Em finais de 2021, ainda sob a ameaça da pandemia, os artistas angolanos Babu e Suekí participaram na terceira edição de uma residência artística na África do Sul com o apoio de organizações locais ´AVA´ e ´Worldart Gallery´, e do ´ELA-Espaço Luanda Arte´ à distância. Provou ser um momento difícil para ambos artistas,  cheio de imprevistos, e muitas vezes exacerbado pela familia distante e ansiedade por elas transmitida (que é normal). Mas as “pedras no caminho” e as obras que os artistas criaram, fruto das vivências frustradas e menos agradáveis vividas na Cidade do Cabo, provaram e continuam a provar que foram necessárias para se chegar a um lugar bom: esta exposição a dois. 

O ´ELA´ é um espaço de arte contemporânea com mais de 7 anos de existência, situado na Rua Alfredo Troni 51/57, na baixa de Luanda ao lado do Ministério das Relações Exteriores. 

Depois da inauguração, esta mostra poderá ser visitada entre terça e domingo, das 12h às 20h, até 25 de Janeiro 2023.

 

30.11.2022 | por catarinasanto | arte, BABU, Babu x Sueki, exposição, SUEKÍ

Espetáculo RapGlobal badeado na obra de Boaventura de Sousa Santos

Espetáculo RapGlobal, baseado em obra de Boaventura de Sousa Santos, será transmitido por cinco países lusófonos.

Universidades, sites de rap e instituições culturais de cinco países vão transmitir ao vivo o espetáculo, direto do Porto, em Portugal

Um espetáculo que envolve rap, sociologia e teatro será transmitido no próximo sábado (3). RAPGlobal acontece na cidade do Porto, em Portugal, mas poderá ser acompanhado por via do Facebook e do Youtube de instituições de cinco países de língua oficial portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal. O evento inicia às 17h30min no horário português.

RAPGlobal é baseado na obra do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Antes do espetáculo, haverá uma roda de conversa com o sociólogo, junto com a encenadora do espetáculo Sandra Salomé e com o diretor musical Fuse.

A rede responsável por transmitir o espetáculo é formada por universidades, instituições culturais e sites de rap. O site Underground Lusófono, pioneiro na ligação entre os países de língua oficial portuguesa através do rap, é um dos locais que irá transmitir o espetáculo, disponibilizando para isso tanto a página do Facebook, como o canal do Youtube.

Em Portugal, a página do Facebook do Centro de Estudos Unidos da Universidade de Coimbra realizará a transmissão.

30.11.2022 | por catarinasanto | Boaventura Sousa Santos, espetáculo, rapglobal

Apresentação do Livro 'Uma Pedra Contra o Firmamento' de José Luiz Tavares

O autor, José Luiz Tavares e o CCCV – Centro Cultural de Cabo Verde, têm o prazer de convidar todas e todos para a apresentação do livro “Uma Pedra Contra o Firmamento”, de José Luiz Tavares”, que terá lugar no dia 02 de dezembro, pelas 18h, no CCCV, localizado a Rua de São Bento, nº 640, 1250-222 Lisboa.

A apresentação estará a cargo do Professor Doutor Pires Laranjeira e do Dr. Zetho Gonçalves. Conta ainda com um apontamento musical protagonizado por Chalo Correia.

A entrada é livre.

 Abarcando um período de vinte e três anos, 1999/2022, «Uma Pedra Contra o Firmamento» é um impressionante e edificante testemunho (que tem o seu contraponto no combate pela desratização da literatura cabo-verdiana) de um dos mais relevantes poetas cabo-verdianos da atualidade ou de qualquer outra época.

 

30.11.2022 | por catarinasanto | apresentação livro, centro cultural de cabo verde, josé luiz tavares

Studies of the Portuguese-Speaking World

The Department of Spanish and Portuguese at the Ohio State University offers a pioneering interdisciplinary PhD program in Studies of the Portuguese-speaking World. This program constitutes an excellent platform for those interested in developing innovative research projects related to the diverse linguistic, social, and cultural spaces of the Portuguese language, such as the Iberian Peninsula, South America and Sub-Saharan Africa, through a transnational focus that includes articulations with other linguistic and cultural spaces there are relevant within those same regions. 

The ideal candidate is someone with insatiable intellectual curiosity and with training or interest in comparative work, who is willing to take advantage of the strong ties we maintain with the Spanish programs (Iberian and Latin American Studies) offered by the department, and also with those offered by the Department of African-American and African Studies. The study of the cultural production of the African diasporas in the Portuguese-speaking world is one of our priorities. For all these reasons, a strong command of Spanish, as well as English, is a requirement. Furthermore, knowledge of African and/or Amerindian languages — or the willingness to learn them — is a plus, as it allows students to develop productive ties with the interdisciplinary program in Andean and Amazonian Studies that the department also offers. 

The department makes available the technical and financial resources for a five-year course of study (three years of coursework plus two of qualification exams and dissertation, or four years for those who already come with an MA degree) leading to the PhD in Studies of the Portuguese-speaking World. While we encourage every candidate to take the GRE exam, which may qualify them for University fellowships, Graduate Teaching Associateships (GTAs) constitute the most common form of financial support offered by the department. A GTA includes subsidized health insurance, a tuition waiver, and a stipend that is adequate for the cost of living in the city of Columbus. Admitted students will teach one course per semester and receive pedagogical training from the Language Program. Because the number of Portuguese language courses available varies per semester, our GTAs must be prepared to teach Spanish language courses as well, for which they receive adequate training and support. Periodically there may be opportunities available to teach introductory courses to Portuguese and Brazilian cultures, in Portuguese and/or in English. 

In addition to the financial support offered by the department, students may be eligible for competitive university-wide fellowships. Students can also apply for funds for help with conference and research travel. For more information please contact Prof. Pedro Schacht Pereira or the Director of Graduate Studies Prof. Rebeka Campos-AstorkizaTo ensure consideration, please send applications every year by early December. 

more information 


29.11.2022 | por martalanca | estudos luso-afro-brasileiros

A propósito da exposição "Resistência visual generalizada"

A Cinemateca associa-se à exposição Resistência Visual Generalizada – Livros de Fotografia e Movimentos de Libertação: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo-Verde, Anos 1960-80 com curadoria de Catarina Boieiro e Raquel Schefer - a qual pode ser visitada até ao dia 27 de novembro no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional -, com a exibição de uma obra só muito raramente vista em Portugal (e nunca na versão longa agora apresentada) sobre a independência de Moçambique: 25 de Celso Luccas e José Celso.


25/11/2022, 18H30 | SALA M. FÉLIX RIBEIRO

25 de Celso Luccas, José Celso Moçambique, 1977 - 140 min | M/16, sessão apresentada por Raquel Scheffer e Catarina Boieiro.

Realizado pelos realizadores brasileiros Celso Luccas e José Celso, 25 fez parte de uma iniciativa do Instituto Nacional de Cinema de Moçambique para consolidar uma imagem nacional do país após a sua independência. Este documentário parte das comemorações da libertação na noite de 25 de Junho de 1975 para construir um pensamento sobre os conflituosos processos de libertação, através de uma exploração que percorre toda a história da resistência do povo moçambicano ao longo das diversas fases de colonização, massacres e guerras contra o exército português. Primeira apresentação na Cinemateca.

23.11.2022 | por martalanca | 25, cinema, Resistência Visual

InShadow - Lisbon Screendance Festival

InShadow – Lisbon Screendance Festival está de volta para a sua 14ª edição, a decorrer entre os dias 15 de novembro e 15 de dezembro.

Apresentando-se como o único festival de vídeo-dança de Lisboa, a programação propõe um olhar atual sobre o melhor da criação transdisciplinar, com propostas e encontros entre cinema e dança, que se multiplicam e fragmentam em vários espaços e galerias da cidade de Lisboa.

 

22.11.2022 | por catarinasanto | dança, festival inshadow, screendance, video-dança

Boca Fala Tropa de Gio Lourenço - Uma história do Kuduro

O espetáculo irá contar com três sessões nos dias 24, 25 e 26 de novembro. No dia 26 de novembro, o espetáculo será seguido de uma conversa com Gio Lourenço e o escritor e músico angolano Kalaf Epalanga, moderada pela investigadora palestiniana Shahd Wadi. 

 

 

Uma revisitação da história do Kuduro e dos trânsitos entre Angola e Portugal, contada e dançada na primeira pessoa.
O Kuduro surge em Luanda, Angola, nos anos 90, em plena guerra civil. Chega a Portugal através das pessoas e cassetes que transitavam entre os dois países. Foi nos passos do Kuduro que, durante a sua adolescência, Gio Lourenço encontrou uma forma de se manter ligado ao quotidiano do país onde nasceu, reinventando a memória em cada gesto.
Em BOCA FALA TROPA, Gio Lourenço, conhecido pelo seu percurso como ator, regressa à música, à dança, às vivências e personagens da sua juventude e ao momento em que foi kudurista. Regressa ao território artístico do Kuduro para olhar para memórias individuais e coletivas, e para as suas inevitáveis ficções.
Em palco, acompanhado pela música ao vivo de Xullaji e pelos vídeos de Michelle Eistrup, Gio Lourenço mostra-nos o Kuduro nas suas dimensões estéticas, poéticas e ideológicas, como uma prática em permanente atualização.

Mais informações sobre o espetáculo: https://alkantara.pt/festival/gio-lourenco/

21.11.2022 | por catarinasanto | #espetaculo #Alkantara #Gio Lourenço #Kuduro #dança

Império, Espaço e Propaganda e visitas conversadas ainda antes de acabar o ano

Império, Espaço e Propaganda e visitas conversadas ainda antes de acabar o ano

A corrente exposição inspira o debate: Império, Espaço e Propaganda será o tema da próxima Mesa Redonda, a acontecer já no próximo dia 24, pelas 18h30,  no auditório do Padrão dos Descobrimentos.
Neste encontro entre Cláudia Castelo, Gonçalo Carvalho Amaro e Miguel Bandeira Jerónimo, com moderação de António Camões Gouveia, foca-se a perspetiva histórica adjacente aos projetos, que ora não avançaram, ora avançaram a muito custo, muito tempo e muitas alterações depois. 

Entrada livre, sujeita à lotação da sala.
Confirme a sua presença para o 213 031 950 ou para o email comunicacao@padraodosdescobrimentos.pt 

21.11.2022 | por catarinasanto | debate, exposição, mesa redonda, Padrão dos Descobrimentos

"Silenciocracia, jornabófias e outras mazelas", de Luzia Moniz

O livro reune mais de 30 crónicas publicadas no Novo Jornal. “Silenciocracia” é o título de um dos textos de denúncia da autocracia angolana. “Jornabófias” denuncia o uso de jornalistas como bófias. Tem seis capítulos.

É com muito orgulho que no próximo dia 24 de Novembro de 2022, pelas 17h00, regressamos à Casa da Imprensa, em Lisboa, para apresentar o livro “Silenciocracia, jornabófias e outras mazelas” (Ed. 2022), crónicas de Luzia Moniz. 
Esta edição é o primeiro volume da Colecção Novo Jornal, uma grande parceria entre as nossas editoras, e no seguimento do trabalho que ao longo dos anos fomos realizando com o actual director do semanário Novo Jornal, Armindo Laureano. Meu mano, autor do primeiro livro com a nossa chancela, salvo erro, em 2015, e um grande militante cultural.
A minha mana Luzia Moniz, é angolana, jornalista, socióloga e activista interseccional, acredita na Democracia como alavanca para o combate às desigualdades políticas, económicas e sociais. É co-fundadora da PADEMA, Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana, uma organização da Diáspora Africana em Portugal, centrada na Mulher Africana diaspórica, nos seus valores culturais e identitários com vista à sua afirmação na sociedade tendo em conta a igualdade de género e de oportunidades.Pan-africanista desde sempre, a autora liderou em Luanda, durante cinco anos, o Desk África da Agência Angola Press (ANGOP) que coordenava todo o noticiário africano do País, antes de ser transferida, em 1989, para Portugal como delegada da mesma agência.É frontal, “escreve como fala: de olhos bem abertos e acesos, e olhando bem direitinho para o seu interlocutor, e sobretudo sem papas na língua”, como retrata, no prefácio deste livro, o historiador africano do Congo, o seu amigo-irmão Jean-Michel Mabeko-Tali.”Luzia Moniz fez-se indubitavelmente intelectual da, e na revolução, forjou-se nela, construiu-se politicamente nela, ainda de acordo com Mabeko-Tali ou, como sublinham Dilia Fraguito Samarth e Anil Samarth, no posfácio é “sonhadora, intelectual honesta, implicada na luta histórico-política desde tenra idade, com uma consciência histórica profunda, cujas raízes se alicerçam no eloquente exemplo de Deolinda Rodrigues, e continua a afirmar a sua luta contra qualquer tipo de colonialismo”.Luzia reside em Portugal, sua terra de adopção e de opção.
Este livro está dividido  nos seguintes capítulos:
1º CAPÍTULO – África e Diáspora 2º CAPÍTULO – Género e Igualdade3º CAPÍTULO – Democracia versus Autocracia4º CAPÍTULO – Cultura e Identidade5º CAPÍTULO – Liberdade de Imprensa6º CAPÍTULO – Mazelas de Portugal
Questões de saúde atiraram-me para uma cama do Hospital, a 30 de Outubro de 2022, estou a fazer tudo para resistir e estar presente nas nossas actividades marcadas para a próxima semana, a apresentação deste livro e um outro livro de poesia em kimbundu no sábado 26/11/2022.
Um forte abraço para todos em especial para a Luzia e o Laureano.Estão desde já convidados a estarem presentes na Casa da Imprensa. Joao Ricardo.

 

 


17.11.2022 | por martalanca | angola, jornalismo, livro, Luzia Moniz

PRÉTU - com novo nome artístico Chullage traz o afro-futurismo à interveção

CCB . 26 de novembro . Sábado, 21h00 . Pequeno Auditório

 

PRÉTU Xullaji  (antes Chullage) é um rapper conhecido pelo seu «liricismo» e intervenção política. Nos últimos anos decidiu criar um projeto onde pudesse produzir as músicas para juntar o seu próprio multiverso sónico ao universo mais preto das suas letras. O resultado foi PRÉTU: uma justaposição de samples de referências africanas, com as influências eletrónicas onde expressa o seu pensamento sobre descolonização, pan-africanismo, afro-futurismo e amor.

Prétu usa o sampler como anacronizador que dissolve o Masters Clock. O tempo é encolhido, esticado, acelerado e desacelerado, corrido em várias direções, sobreposto, loopado, espiralizado, warpado.   

Mensagens disponíveis no arquivo afrogalatiko são intuídas, descarregadas, reinterpretadas e oralizados em diversos fluxos e linguagens. Retransmitidas à procura de chegar a guerrilheiros de outros quadrantes na luta contra o colonialismo e o império, que depois da terra e dos corpos colonizou a consciência com o algoritmo. No multiverso de Prétu, «A Luta Continua».

16.11.2022 | por catarinasanto | CCB, Chullage, concerto, música, prétu, rap

Lançamento do Livro 'Arquipélagos criativos arte, design e artesanato nas ilhas atlânticas lusófonas'

O lançamento do livro: ‘Arquipélagos Criativos - arte, desing e artesanato nas Ilhas atlânticas lusófonas’, irá se relaizar no proxima dia 18 de novembro, pelas 18h no HANGAR - Centro de Investigação Artística. 
Este fundamenta-se na investigação patrocinada pela FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia abrangendo os arquipélagos dos Açores, Madeira, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe e será apresentado pela Prof.ªDoutora Maria Emília Capucho Duarte.

15.11.2022 | por catarinasanto | Ana Nolasco, evento, HANGAR, lançamento de livro

Masterclass de artista brasileira Letícia Ramos - 'A Velocidade das Coisas'

A masterclass decorre no dia 17 de novembro, pelas 18h30, na Universidade Católica no Porto. A entrada é gratuita e aberta a toda a comunidade.

A artista brasileira Letícia Ramos irá dar uma masterclass aberta ao público, no próximo dia 17 de novembro, pelas 18h30, na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto. O foco será a apresentação dos seus últimos trabalhos. Letícia Ramos é uma das artistas residentes na Escola das Artes, do primeiro semestre de 2022/23, ao abrigo do programa InResidence 2022, promovido pela Câmara Municipal do Porto. As suas obras já foram exibidas em espaços como Jeu de Paume, Tate Modern, Instituto Moreira Salles, Itaú Cultural,Fundação Iberê Camargo,Museu Coleção Berardo, CAPC Musée d’art Contemporain (Bordeaux), Pivô - SP. Os seus trabalhos fazem parte das coleções como a Fundação Botín, Novo Musee de Mônaco,Itaú Cultural, Instituto Moreira Salles, Museu de Arte Moderna SP - RJ e Pinacoteca do Estado de São Paulo.Na masterclass aberta ao público, a artista brasileira irá apresentar um recorte da sua obra em filme e fotografia, tendo como principal foco o processo de criação dos seus trabalhos mais recentes. Serão ainda discutidas as formas técnicas e poéticas do seu trabalho fotográfico experimental, que resultam na criação de paisagens atemporais que misturam ciência, ficção e tecnologia.

15.11.2022 | por catarinasanto | a velocidade das coisas, Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, Letícia Ramos, masterclass, porto

Exposição Ampevu - Lubanzadyo Mpemba Bula

Exposição Ampevu, de Lubanzadyo Mpemba Bula a partir de 16.11 Arroz Estúdios 
Curator : Manuel Dias dos Santos 

Ampevu derivada da verbo mpevu, pode ser lida do kikongo língua muntu de Angola como vento leve, mas também  sopro fresco que as cores desta exposição  nos confrontam num formato intimista de um artista multidisciplinar que regressa a pintura, quando tem estado mais virado para a fotografia, video arte.

Uma viagem de luz encetada por Lubanzadyo Mpemba Bula, que utiliza as cores como âncora, mas também os suportes como elementos que realçam a luz que as cores em confronto contrastante produzem.

15.11.2022 | por catarinasanto | ampevu, arroz estudios, exposição, Lubanzadyo Mpemba

Gala Mérito Mulheres | Zia Soares

A Associação de Mulheres Empreendedoras Europa/África promove a iniciativa MÉRITO ÀS MULHERES cujo objectivo é valorizar e premiar o papel da mulher nas mais distintas áreas profissionais.

Este ano celebra-se a 6ª Edição numa Gala que terá lugar no Estoril,  dia 25 de novembro pelas 19H no Hotel Palácio.

Zia Soares é uma das mulheres premiadas na área da “REPRESENTAÇÃO” pelo seu percurso singular em África e na Europa, na área das Artes Performativas, destacando-se o facto de ser a primeira mulher negra directora artística de uma companhia de teatro em Portugal e por ser autora e encenadora do espectáculo “O Riso dos Necrófagos” distinguido como “Melhor Espetáculo 2021/2022” no âmbito do Premio Internazionale Teresa Pomodoro em Milão, Itália.

Créditos - Estelle ValenteCréditos - Estelle Valente

Zia Soares é encenadora e actriz e é a primeira mulher negra diretora artística de uma companhia de teatro em Portugal. 

Filha de pai timorense e mãe angolana, nasceu em Angola, reside em Portugal e trabalha regularmente na Guiné-Bissau, em São Tomé e Príncipe e em Portugal.

Frequentou a Licenciatura de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Mestrado de Artes Cénicas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. 

No início do seu percurso artístico passou pelo ballet e percussão com a Companhia Nacional de Ballet da Guiné Bissau, pelas artes circenses com a Amsterdam Balloon Company dos Países Baixos, e pelo teatro, com a Companhia de Teatro Os Sátyros,  de São Paulo, Brasil, e pelo Teatro Praga, tendo sido uma das fundadoras da companhia.  Em 2018 e 2019 concebeu e dirigiu as primeiras performances produzidas e interpretadas exclusivamente por mulheres negras em Portugal - Gestuário I produção INMUNE (Instituto da Mulher Negra em Portugal); e Gestuário II, co-produção INMUNE/ BoCA-Biennial of Contemporary Arts. 

É directora artística do Teatro GRIOT, companhia onde encenou LUMINOSO AFOGADO, a partir de Al Berto; Uma dança das florestas, de Wole Soyinka; e O Riso dos Necrófagos, de sua autoria, distinguido como “Melhor Espectáculo 2021/2022” no âmbito do Premio Internazionale Teresa Pomodoro (Milão, Itália). 

Concebeu e interpretou os solos FANUN RUIN, EROSÃO e KUINZY, produzidos pelo projecto SO WING, do qual é co-fundadora. 

O seu trabalho desenvolve-se sempre em estreita colaboração com artistas interdisciplinares como Kiluanji Kia Henda, Mónica de Miranda, Neusa Trovoada ou Xullaji.

Em 2022 o Presidente da República Portuguesa, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, convidou Zia Soares a integrar o programa “Mulheres de Coragem”, que visa “destacar o lugar e a dignidade das mulheres na sociedade portuguesa”. 

Zia Soares é uma artista apoiada pela apap – Feminist Futures, um projeto co-financiado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia.

15.11.2022 | por Alícia Gaspar | artes performativas, feminismo, gala mérito mulheres, mulheres, negritude, Zia Soares

Pedro Coquenão estreia-se a encenar com Batida apresenta: Um Dj + Um Microfone

Peça estreia no Porto, na Mala Voadora, a dia 25 de novembro, com a interpretação de Manuel Moreira

Um DJ que não se sabe calar. 
Um ator que gosta de dançar. 
Um clube que não deixa a política na porta. 


Um público que, aplaudindo, vai aplaudir de pé.

Cruzando o teatro, o stand up e o clubbing, Batida apresenta Um Dj + Um Microfone é uma peça que aborda temas como o amor pela pista de dança, a promiscuidade sexual, a saúde mental, o racismo e, inevitavelmente, o colonialismo, quase sempre numa perspectiva autobiográfica. 
Tomando como espaço de ação a black box da Mala Voadora, no Porto, aqui transformada num clube, a peça convida o espectador a entrar num lugar onde o político tem muito de pessoal, desvelando histórias da noite, ideias sobre a atualidade e reflexões sobre crescimento ou degradação pessoal e da sociedade. 
Interpretado pelo ator Manuel Moreira, o texto, da autoria de Pedro Coquenão, dá continuidade ao trabalho que o mesmo tem vindo a desenvolver nas áreas da música, dança, artes visuais e rádio. A sua criação estará ancorada em experiências anteriores, nomeadamente no filme The Almost Perfect DJ, estreado na edição deste ano do IndieLisboa, que parte de um retrato satírico à figura do dj (quase) perfeito e nos leva por uma visita à cena musical alternativa da Lisboa multicultural, assim como na performance realizada no âmbito do Go Dj Platform de Questlove, ensaiada e gravada no Lux em plena pandemia. A construção e encenação da peça acontecerá através de um processo de residência entre o encenador e o ator, com o apoio da equipa da Mala Voadora, a ter lugar entre 14 e 24 de novembro no Porto.
Manuel Moreira é licenciado em teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo trabalhado em televisão, teatro e teatro musical. Ao longo do seu percurso colaborou, entre outros, com o Teatro da Garagem, o Teatro Praga e a Mala Voadora. Foi escolhido para o papel por ser do signo Gémeos e ter ascendente em Bola de Espelhos.
A estreia está marcada para dia 25 de novembro, com dupla apresentação às 18h00 e às 22h00. Os bilhetes custam €5 (normal) e €3 (estudantes) e podem ser comprados diretamente no local. Reservas disponíveis através de reservas@malavoadora.pt ou do contacto telefónico 934 152 264. 

14.11.2022 | por martalanca | batida, peça, Pedro Coquenão