Uma leitura de "O quase fim do mundo", de Pepetela

Uma leitura de "O quase fim do mundo", de Pepetela A trama aborda como seria a vida dos indivíduos sobreviventes em um mundo em que muitas das regras anteriores não fazem mais sentido. Há reflexões constantes acerca do futuro da humanidade a partir daquele reduzido grupo e suas novas condições de vida.

A ler

13.10.2011 | por Kelly Mendes Lima

Corpo Voluntário Angolano de Assistência aos Refugiados

Corpo Voluntário Angolano de Assistência aos Refugiados No início do CVAAR, eram nove os postos de trabalho. Na sua trajectória, a organização chegaria a ter um total de 27 postos, distribuídos em quatro zonas geográficas. Estruturas criadas para apoio logístico à luta armada de libertação nacional em território de Angola e aos refugiados angolanos.

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24.09.2011 | por Associação Tchiweka de Documentação

A Tropa do Indivíduo: Nástio Mosquito e os Ghostbusters

A Tropa do Indivíduo: Nástio Mosquito e os Ghostbusters Quem quiser ter uma ideia do que de novo se está a fazer em Angola, está no local certo. A exposição Ghostbusters, patente até dia 1 de Outubro de 2011 na Galeria Savvy em Berlim-Neukölln, trata da metáfora da memória enquanto fantasma na sociedade angolana pós-colonialista, pós-socialista e do pós-guerra.

Cara a cara

23.09.2011 | por Inês Thomas Almeida

"A Construção da Nação e a Consciência Nacional", entrevista a Ruy Duarte de Carvalho

"A Construção da Nação e a Consciência Nacional", entrevista a Ruy Duarte de Carvalho Numa Angola que passa a existir como país, mas não como nação, tudo o que articule os cidadãos nas mesmas instituições tem importância para reforçar a consciência nacional. Passamos a perceber que estamos implicados numa mesma substância nacional quando nos sentimos implicados nas mesmas instituições quer sejam formais ou informais.

Ruy Duarte de Carvalho

17.09.2011 | por Ruy Duarte de Carvalho

Entrevista a Pepetela

Entrevista a Pepetela As relações [entre Brasil e Angola] estão mais desenvolvidas do ponto de vista político e económico, e também no trânsito de pessoas de um lado para o outro. A parte cultural é onde há menos relacionamento, e deveria ser mais intenso. É verdade que alguns escritores (angolanos) vêm ao Brasil, e escritores brasileiros vão a Angola, ainda que raramente. Às vezes vai um músico, sai um livro, aparecem algumas coisas. Mas é muito pouco, tinha que ser muito mais.

Cara a cara

14.09.2011 | por Pepetela

A caminho da luta

A caminho da luta É com intensa guerra de repressão em Angola, particularmente no norte, corpos expedicionários a partir de Portugal para Angola, e a PIDE a procurar controlar os africanos que se encontravam a estudar em Portugal, que se dá este acontecimento extraordinário: em Junho de 1961 saem de Portugal cerca de cem jovens das ex-colónias africanas, uma parte significativa deles, em duas acções que os levaram a atravessar o rio Minho, e todo o norte de Espanha, rumo a França, e a uma participação activa na longa guerra de libertação nacional dos seus países, que os conduziu à independência. O resultado foi a incorporação nos movimentos que lutavam pela independência de jovens que viriam a ser presidentes, ministros e intelectuais.

Mukanda

02.08.2011 | por Associação Tchiweka de Documentação

Panafricanismo e solidariedade com Angola

Panafricanismo e solidariedade com Angola No rescaldo do Dia de África, a ATD prossegue a evocação de acontecimentos de 1961 com a "Conferência dos líderes nacionalistas de países africanos não independentes" (Winneba, Ghana, 28 de Junho a 05 de Julho), homenageando assim um grande líder africano: Kwame Nkrumah (1909-1972).

A ler

21.07.2011 | por Associação Tchiweka de Documentação

O direito à exigência

O direito à exigência Angola porém, mesmo que até aqui não se tenha manifestado muito nos terrenos da análise social, existe ainda assim e também em relação a tal esfera de interesses. Só que à sua própria medida, quer dizer, "em grande" e sempre imprevisivelmente. É desta forma que, na sequência da constituição de uma associação de antropólogos e de sociólogos angolanos, está em curso em Luanda a criação de uma revista de ciências sociais. Chamado naturalmente a filiar-me na primeira, acedi também a integrar o conselho editorial da segunda. Como antes, e inapelavelmente, estou inserido no processo. De facto, embora possa contestar o bem fundado das verdadeiras intenções que terão levado à instituicionalização da associação, matéria que não desenvolverei aqui, nada tenho, em boa verdade, contra o aparecimento de uma tal formação de classe.

Ruy Duarte de Carvalho

11.07.2011 | por Ruy Duarte de Carvalho

Centro Histórico de Luanda

Centro Histórico de Luanda A génese pluriétnica da cidade de Luanda exige uma visão estratégica que promova a multiculturalidade que, no caso específico, tem sido alvo de polémica em múltiplos sectores da sociedade civil.

Cidade

15.06.2011 | por Ângela Mingas

Pai (Cabé)

Pai (Cabé) O amanhã era já hoje e por aquelas noites fora – no Kilamba, no If, no Kandandu, no Kudissanga, no Chá, no Marítimo, em Carnaxide e depois nos Combatentes, o teu silêncio cúmplice no calor dos papos transpirados mas cheios de verdade e de vontade, faziam-me pensar, estás a ver, o Cabé é o único de nós que aprendeu ser inútil esta vida de queixas e lamúrias. A vida é para viver. Pai (Cabé):

Cara a cara

12.06.2011 | por Carlos Ferreira (Cassé)

As Milongas da Rainha Njinga

As Milongas da Rainha Njinga O «diálogo» entre portugueses e africanos nas guerras do Congo e de Angola (séculos XVI-XVII). A motivação principal para os portugueses iniciarem seus contactos com as populações da África central foi, oficialmente, a conversão dos reis autóctones ao cristianismo. De facto, a evangelização das populações autóctones fazia parte das condições impostas pelo Papa às potências ibéricas quando repartiu o «mundo» entre eles (Tratado de Tordesilhas: 1494). Ora, uma leitura mesmo superficial dos relatórios portugueses da conquista da Área Congo-Angola demonstra que as preocupações que ocupavam realmente a atenção dos conquistadores eram bem diferentes. Nos matos e nas savanas de Angola desenvolveu-se uma guerra permanente entre os portugueses, ávidos de conseguir o maior número possível de peças para a exportação, e os «reis» ou senhores autóctones, que procuravam, embora de maneira amiúde contraditória, defender a sua soberania e também, às vezes, a sua própria posição no comércio escravista.

A ler

16.05.2011 | por Martín Lienhard

O rosto da paisagem – uma estrada dois olhares

O rosto da paisagem – uma estrada dois olhares Partindo da ideia do universalismo do conceito de “amizade” e “viagem”, dois artistas, um escritor e um fotógrafo, um português e um angolano, propõem-se passar sete noites e um dia atravessando algumas províncias angolanas. Em busca de materiais visuais, humanos e de escrita.

Vou lá visitar

18.04.2011 | por Ondjaki e Jordi Burch

Kiluanji Kia Henda to me

Kiluanji Kia Henda to me Entrevista realizada por chat, em vários momentos e dias diferentes, pontuada por quedas constantes da linha cibernética que desenha a triangulação transatlântica e ex-colonial entre Luanda, Angola – residência de Kiluanji Kia Henda, cidade onde nunca estive; São Paulo, Brasil – minha residência temporária, local do primeiro encontro entre mim e o Kiluanji, lugar próximo da origem da série que aqui se apresenta; Lisboa, Portugal – minha residência fixa, fonte do horário apontado pelo meu computador e ex-residência temporária do Kiluanji.

Cara a cara

07.04.2011 | por Lígia Afonso

Dundo, Memória Colonial

Dundo, Memória Colonial Nasci em 1947 no Dundo, centro de uma das mais importantes companhias coloniais de Angola, a Diamang. Ali fui feliz. Ali aprendi o racismo e o colonialismo. Agora volto, porque o Dundo é a minha única pátria, a mais antiga das minhas memórias.

Afroscreen

03.04.2011 | por Diana Andringa

Razões para lutar - entrevista a Luaty Beirão

Razões para lutar - entrevista a Luaty Beirão Num concerto de hip hop em Luanda, denunciou a cultura do medo e incitou a plateia a vaiar o poder. Alinhou numa manifestação que não chegou a acontecer, convocada anonimamente na internet, para uma estranha hora: meia-noite na praça da independência. Luaty Beirão aka Ikonoklasta aka Brigadeiro Mata Frakuxz estava nesse pequeno grupo de manifestantes que foi preso. Mas amanhã voltarão a marchar pela liberdade de expressão em Angola. É preciso organização e vontade para desenvolver uma consciência participativa e lutar por direitos e liberdades, num país com memória da violência entranhada. A juventude angolana tem um papel fundamental para fortalecer a sociedade civil. Precisa de ser ouvida. Luaty Beirão falou bem alto desta vez.

Cara a cara

01.04.2011 | por Marta Lança

Francisco Castro Rodrigues, o arquitecto do Lobito

Francisco Castro Rodrigues, o arquitecto do Lobito Francisco Castro Rodrigues foi premiado pelo júri do Prémio AICA/Ministério da Cultura (Arquitectura) pelo seu trabalho de grande relevância cultural, a maior parte do qual se localiza no Lobito. Lembramos, a propósito deste prémio, a importância do seu percurso pessoal e profissional em Angola de 1953 a 1988 e a sua atitude sempre corajosa, firme e coerente, na época colonial e no pós-independência.

Cidade

24.03.2011 | por Cristina Salvador

Viriato da Cruz e o poder da poesia

Viriato da Cruz e o poder da poesia O LUGAR DO MORTO Neste espaço escritores já desencarnados reflectem, a partir do além, sobre os dias que correm. "O Pensamento nunca é totalitário. O pensamento é sempre revolucionário. A estupidez, sim – a estupidez é fascista."

Mukanda

15.03.2011 | por José Eduardo Agualusa

Uma música com identidade

Uma música com identidade Em 1943 Benguela prospera. Com o famoso caminho-de-ferro a avançar em direcção ao interior africano, a cidade prepara-se para mudar de cara segundo um moderno plano de urbanização. Respira-se progresso. Numa das suas ruas um acontecimento importante está também prestes a acontecer: Dona Ludovina (uma cantadeira de mão cheia, diz-se), esposa de Sebastião José da Costa, um funcionário dos Correios e antigo jornalista, prepara-se para dar à luz uma criança a que dará o nome de Carlos Lamartine. Benguela prepara-se assim para receber, de braços abertos mais um grande filho, que se tornará num senhor grande da música nacional e autor de melodias imortais.

Palcos

18.02.2011 | por Mário Rui Silva

Ao som da grafonola

Ao som da grafonola As tampas das panelas rodavam feito discos num aparelho de som imaginário. Fechavam-se os olhos e os sons ecoavam por todo o lado. Depois vieram as sessões de mornas e coladeras na guitarra de um primo que “morou lá em casa”. As grafonolas e as rádios pick-up também já lá moravam há muito. Mas isso foi no início, lá bem no início. Pela frente ainda haveria o Clube Marítimo Africano, as festas de finalistas, o agigantar de um novo valor e, por fim, o seu reconhecimento como grande nome da música angolana: Filipe Zau.

Palcos

16.02.2011 | por Mário Rui Silva

Um primeiro comboio sobre os carris em Angola, 9 anos depois do fim da guerra

Um primeiro comboio sobre os carris em Angola, 9 anos depois do fim da guerra A linha de caminho-de-ferro Luanda-Malange, fora de serviço durante 18 anos por ter sido demasiado danificada pela guerra civil, foi de novo posta a funcionar após vários anos de obras. Um símbolo forte do regresso à paz e um elo de comunicação importante para desencravar uma região particularmente martirizada pelo conflito que opôs o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) no poder, aos rebeldes da União para a Independência Total de Angola (UNITA) durante 27 anos.

Vou lá visitar

10.02.2011 | por Cécile de Comarmond