C L A I R E / F O N T A I N E
É a possibilidade de descobrir que todos somos uma singularidade qualquer, igualmente amável e terrível, prisioneira das malhas do poder, à espera de uma insurreição que nos permita mudar a nós mesmos.1
Claire Fontaine é um colectivo de artistas “ready-made” constituído por Fluvia Carnevale e James Thornhill, em 2004. Trabalhando com matérias como néon, vídeo, escultura, texto, procuram na sua proposta artística interrogar a impotência política dos tempos que correm, questionando a crise da singularidade que associam a uma degradação que parece definir a arte, e a vida em geral.
No dia 26 de Janeiro, pelas 21h, no espaço Alkantara, irá ser lançado o livro “Claire Fontaine: em vista de uma prática ready-made”. O livro é de autoria do coletivo francês, produzido pela GLAC Edições (Brasil), editado por Alex Flynn e Leonardo Araujo, com traduções de Aurore Zachayus, Fabio Morais, Lucas Parente, Noara Quinta, Luhuna de Carvalho, Mariana Pinho e Nuno Rodrigues.
A propósito do lançamento do livro em Portugal, o Buala organiza uma conversa com Leonardo Araujo, Miguel Cardoso, Pedro Bismack, e uma performance de Silvia. A partir do conceito de greve humana, que percorre todo o pensamento de Claire Fontaine, pretende-se pensar a intervenção estética como prática política de um “artista ready-made”.
Ao longo desta semana e da próxima serão divulgados textos, entrevistas, artigos, que pretendem servir como ponto de partida para este encontro.
Caderno de textos:
> Somos todos uma singularidade qualquer
> Artistas ready-made e greve humana: algumas clarificações
> Sem Título (Carta a A.)
> Notas de rodapé sobre o estado de excepção
- 1. Fontaine, Claire, “Somos todos uma singularidade qualquer.”.