Agentes culturais contra a designação e missão do "Museu da Descoberta"
Neste momento é injustificável e extemporâneo que se crie o “Museu da Descoberta“ — se não se aproveitar esta oportunidade para refletir sobre o passado colonial português e as suas ramificações no presente; assim como as políticas de memória da cidade de Lisboa.
Nós, artistas, curadores/as, historiadores/as de arte e outros/as profissionais do sector cultural e científico, mas fundamentalmente cidadãos e cidadãs, juntamos as nossas vozes à recente carta pública sobre este tema assinada por mais de cem cientistas sociais.
O atual programa de governo da CML para um tal museu promove os seguintes objetivos: “uma reflexão sobre aquele período histórico nas suas múltiplas abordagens, de natureza económica, científica, cultural, nos seus aspetos mais e menos positivos, incluindo um núcleo dedicado à temática da escravatura.” Tais objetivos só serão rigorosos se em diálogo com o crescente movimento de descolonização da memória histórica que tem vindo a ser operado a partir do sector cultural e científico e de movimentos anti-racistas, feministas, LGBTQI. Esta articulação requer compromissos estruturais no que concerne aos objetivos e modelo de gestão deste projeto que devem ser debatidos num fórum de alargada participação. Um projeto museológico inovador tem obrigatoriamente de passar pela construção e/ou pela ativação de redes de conhecimento e solidariedades institucionais, narrativas e contranarrativas em disputa, bem como memórias díspares, individuais e coletivas.
Em repúdio de uma história anacrónica que assuma um ponto de vista unívoco e glorificador, o qual tem vindo a ser contestado em fundamentadas reformulações por múltiplas investigações académicas nacionais e internacionais, apoiamos a urgência da revisão dos termos “descoberta”/“descobrimentos” e outros eufemismos (“primeira globalização”, “viagem”, “diáspora”, “interculturalidade”, “mar”, “lusofonia”) como o primeiro passo para uma discussão mais ampla e plural.
Um tal projeto museológico deverá considerar a forma como a dita “grandiosidade” da história de Portugal foi forjada com iniciativas de rasgo que de facto rasgaram e destruíram outros tecidos culturais e sociais, através de violência explícita ou insidiosa, cuja história e existência têm sido na sua maioria ignoradas. Ou seja, este projeto museológico, a ser exemplar de novos modos mais inclusivos de museologia e investigação, terá de ser assumidamente polivocal e capaz de abrir essa História à sua diversidade e complexidade, mostrando os aspetos obliterados por um olhar hegemónico — colonial e colonizante.
Dado que a história do império português implica diferentes comunidades em várias partes do mundo, e foi vivida de modos muito diferenciados que importa conhecer e integrar, um tal futuro museu deve privilegiar a inclusão e diversidade de narrativas e assumir as responsabilidades históricas que Portugal tem na configuração geocultural atual e estar à altura das reais trajetórias e rotas não só de encontro, mas também de colisão e de resistências várias.
A vontade de abraçar esta complexidade histórica já existe a vários níveis, e não só na academia, na sociedade portuguesa, seja no trabalho de diferentes grupos ativistas, seja no contributo que muitos artistas (de escritores/as a cineastas, de dramaturgos/as a artistas visuais e músicos/as) têm dado para uma maior consciência coletiva do passado colonial português e dos desafios à nossa frente.
Nós estamos disponíveis para contribuir num grupo de trabalho que debata um projeto museológico plural e questionador, não-hegemónico e desmistificador. Apesar de um projeto museológico ter necessariamente de ser realizado por um conselho científico e curatorial, e sem que este seja o lugar para enumerar exaustivamente as diretrizes de um tal projeto, consideramos indispensável que:
1. Para além das dimensões científicas e tecnológicas deste período, que sejam contempladas de forma permanente e aprofundada em atividades de caráter temporário (exposições, debates, etc.) ou permanente temas como: o lugar de Portugal no tráfico mundial de pessoas escravizadas e os seus efeitos na economia global, nomeadamente na ascensão do capitalismo; a responsabilidade de Portugal na história do genocídio e etnocídio indígena nas Américas, assim como a responsabilidade dos índios na construção de formas plurais de relacionamento com os colonizadores; a história e os efeitos da construção ideológica luso-tropicalista; a forma como o termo “descobertas” alimentou ideologias políticas, entre elas a do Estado Novo; as várias dimensões do mar na história do imaginário político português, incluindo a dimensão do Atlântico Negro; a história da imposição de modos de sociabilização europeus em territórios colonizados; as relações económicas associadas ao comércio e a práticas extrativas disruptivas do ambiente e das culturas desses territórios; a dependência entre a história da construção do edificado monumental em Portugal e a extração de recursos e pessoas em territórios colonizados; a urbanização passada e atual das cidades e como esta revela uma profunda desigualdade de herança colonial; o papel da racialização na gestão do espaço imperial e as múltiplas formas de representação que contribuíram para essa racialização; a emigração para Portugal das comunidades africanas das ex-colónias antes do 25 de Abril e até hoje; o impacto decisivo da guerra colonial/guerras de libertação e da resistência dos povos; e, por último mas não em último, a história das múltiplas formas de resistência dos colonizados, incluindo dos seus principais agentes, materialidades e representações.
2. Se tenha em conta as repercussões desta história no presente, tais como: os nanoracismos (i.e.: os pequenos, mas impactantes, gestos e atitudes racistas que pontuam linguagem e ação quotidianas); as implicações da atual lei da nacionalidade no que diz respeito às pessoas afrodescendentes e outras questões relacionadas com a tomada em consideração da sua experiência e realidade social; a não inclusão das várias facetas da história do colonialismo no sistema de ensino português; assim como as políticas de memória da cidade de Lisboa.
3. Num momento em que por todo o mundo se questiona o papel dos museus como “tecnologias imperiais” e se discute a devolução de uma parte do património que os constitui e que é resultante da espoliação colonial, discordamos do uso de fundos públicos para promover um projeto acrítico e megalómano. Quando outros museus e instituições nacionais agonizam, urge perguntar que infraestruturas serão usadas, que espólios, acervos, objetos, etc. e a quem vão ser mostrados e para que fim.
Perderemos uma oportunidade histórica (e ética) se mantivermos uma nomenclatura de “descoberta” a propósito deste período histórico e não pensarmos uma metodologia adequada para este museu que esteja à altura de abrir um espaço novo capaz de articular crítica e criativamente, de forma informada, inclusiva e respeitadora da legitimidade das várias perspetivas e experiências que são a realidade da cidade de Lisboa e do país.
Assinam esta carta:
Alejandro Alonso Díaz, curador
Alexandra Balona, curadora
Alexandra Ferreira, artista
Alexandra Lucas Coelho, escritora
Alípio Padilha, fotógrafo
Amarante Abramovici, cineasta
Ana Balona Oliveira, historiadora de arte e curadora
Ana Bárbara Pedrosa, editora
Ana Bigotte Vieira, historiadora e dramaturgista
Ana Braga, museóloga
Ana Catarino, antropóloga
Ana Cardoso, artista
Ana Có, co-fundadora e directora do Little Portugal Project
Ana Cristina R. Pereira, investigadora em pós-colonialismo e cinema
Ana Cristina Cachola, curadora
Ana Jara, arquiteta
Ana Jorge Santos, professora e técnica de intervenção social
AnaMary Bilbao, artista e investigadora
Ana Naomi de Sousa, realizadora
Ana Paula Simões, tradutora e escritora, Brasil/EUA
Ana Pais, investigadora em artes performativas
Ana Pérez-Quiroga, artista
Ana Santos Pereira, historiadora
Ana Salgueiro, investigadora e co-coordenadora da revista TRANSLOCAL
Ana Sophie Salazar, curadora
Ana Stela Cunha, antropóloga visual, Portugal / Brasil
Ana Vaz, realizadora, Brasil
Ana Teixeira Pinto, crítica de arte
André Alexandre Moreira Trindade, artista
André Barata, filósofo e professor universitário
André Cunha, curador, Portugal / Angola
André E. Teodósio, encenador e ator
André Guedes, artista
André Romão, artista
Andrea Martins, arqueóloga
Andreia Cunha, gestora cultural
Andreia Sá, professora, arquitecta
Andreia Santana, artista
Ângela Ferreira, artista
Anil Samarth, historiador
António Pedro Lopes, performer, curador e comunicador
António Pinto Ribeiro, programador
António Sousa Dias, compositor
António Tomás, professor universitário, Universidade de Cape Town
Anze Persin, produtor Stenar Projects
Apolo de Carvalho, poeta e membro da Afrolis - associação cultural
Ariana Furtado, professora primária
Aurora Ribeiro, realizadora
Aya Koretzky, cineasta
Bart Vanspauwe, investigador música
Beatriz Barros Martins, escultora, Brasil
Beatriz Cantinho, artista e investigadora
Belén Uriel, artista, Espanha
Bernardino Aranda, livreiro (Livraria Tigre de Papel)
Bernardo Mosqueira, curador do Solar dos Abacaxis, Brasil
Branca Clara das Neves, escritora
Bruno Caracol, artista
Bruno Gonçalves, filósofo
Bruno Leitão, diretor curatorial Hangar Centro de Investigação Artística
Bruno Moraes Cabral, produtor e realizador
Bruno Pacheco, artista
Camila Bechelany, curadora, Brasil
Carla Cabanas, artista
Carla Cruz, artista
Carla Fernandes, jornalista e editora da Afrolis
Carla Filipe, artista
Carla Nobre Sousa, direção artística Alkantara Associação Cultural
Carlos Barradas - Antropólogo/Fotógrafo
Carla Oliveira, editora
Carlos Garrido Castellano, curador e investigador
Carlos Lotto, produtor cultural e educador
Carlos Manuel Oliveira, coreógrafo
Carlos Martins, músico, Associação Sons da Lusofonia
Carolina Campos, bailarina, Brasil / Portugal
Carolina Rito, directora do programa Nottingham Contemporary e investigadora
Catarina Botelho, artista
Catarina Mourão, realizadora
Catarina de Oliveira, artista
Catarina de Sousa, produtora e realizadora
Catarina Leitão, artista
Catarina Marto, artista
Catarina Miranda, jornalista
Catarina Real, artista
Catarina Simão, artista
Catarina Sobral, ilustradora
Cátia Salgueiro, professora e argumentista
Celina Brás, editora da revista Contemporânea
Chantal James, fotógrafa e editora La Rampa
Christoph Kalter, historiador, Universidade Livre de Berlim
Clara Saraiva, antropóloga
Cláudia Alves, realizadora
Claudia Canarim, artista e investigadora, Brasil
Cláudia Madeira, professora universitária
Claudio Fernandes, músico e designer gráfico
Cleydia Regina Esteves, professora e pesquisadora, Brasil
Cristina de Branco, antropóloga e realizadora
Cristina Roldão, socióloga e professora
Cristiana Tejo, curadora, Brasil / Portugal
Cristina Cruzeiro, prof.ª e historiadora de arte (arte pública)
Daniel Blaufuks, artista
Daniel Melim, artista e ilustrador
Daniel Ribeiro Duarte, curador e realizador
Daniela Agostinho, curadora e investigadora
Daniela Moureau, historiadora, Brasil
David-Alexander Guéniot, editor
David Cabecinha, direção artística Alkantara Associação Cultural
Denise Ferreira da Silva, filósofa e professora, University of British Columbia
Diana Policarpo, artista
Dilia Fraguito Samarth, artista
Djaimilia Pereira de Almeida, escritora
Eglantina Monteiro, antropóloga
Elisabete Cátia Susana, investigadora em religião raça e performance,Suécia / Portugal
Emily Wardill, artista e professora Academia das Artes de Malmö
Erica Love, artista EUA /Portugal
Fábio Carvalho, artista, Brasil
Fado Bicha: João Caçador (guitarra) e Lila Fadista (voz)
Fátima Proença, presidente da ACEP Associação para a Cooperação Entre os Povos
Fernanda Eugénio, antropóloga
Fernanda Fragateiro, artista
Fernanda Polacow, roteirista e cientista social, Brasil
Fernando Arenas, professor universitário, University of Michigan
Filipa Assiz, desempregada
Filipa César, artista e realizadora
Filipa Eusébio Vieira Cordeiro, artista e investigadora
Filipa Farraia, artista e investigadora
Filipa Oliveira, curadora
Filipa Ramos, crítica de arte
Filipe Pereira, coreógrafo e intérprete
Flávio Almada (LBC), músico e ativista anti-racista
Francisca Aires, produtora cultural
Francisco Bosco, ensaísta, Brasil
Francisco Mira Godinho, produtor
Francisco Queirós, artista
Francy Silva, professora, pesquisadora e ativista, Brasil / Portugal
Fred Maia, jornalista, escritor e articulista de políticas públicas, BR / PT
Gabriela Salhe, arquiteta
Geraldo Moreira Prado, historiador, prof. universitário e fundador da Biblioteca comunitária Paiaiá, Brasil
Gillian Sneed, historiadora de arte
Giovanni Lourenço, ator do Teatro Griot
Giulia Lamoni, professora e investigadora
Godofredo Pereira, arquiteto e prof. universitário Royal College of Art
Goli Guerreiro, escritora e antropóloga, Brasil
Gonçalo Pena, artista
Gonçalo Sena, artista e editor
Guilherme Cartaxo, designer
Grada Kilomba, artista e escritora
Halyne Pacheco, livreira
Helder Beja, jornalista e produtor cultural
Helena Ferreira, investigadora e activista de direitos humanos
Helena Silva Correia, gestora cultural, curadora e designer
Irene Marques, escritora e prof.ª universitária, Canadá / Portugal
Henrique Loja, artista
Herberto Smith, fotógrafo
Hugo Canoilas, artista
Humberto Brito, investigador em filosofia e fotografia
Iacy Maia Mata, professora da Universidade Federal da Bahia, Brasil
Inês Beleza Barreiros, arqueóloga visual e investigadora
Inês Brasão, socióloga e professora
Inês Campos, investigadora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Inês Luz, antropóloga e produtora
Inês Ponte, antropóloga e realizadora
Irene Pimentel, historiadora
Isabel Ferreira Gould, investigadora (literatura, estudos coloniais e pós-coloniais)
Isabel Sobral Campos, poeta e professora, E.U.A
Joacine Katar Moreira, historiadora e ativista anti-racista
Joana Alves-Ferreira, arqueóloga
Joana Bértholo, escritora
Joana Braga, investigadora e arquiteta
Joana Cordeiro, assessora de comunicação
Joana Escoval, artista
Joana Gusmão, produtora
Joana Levi, atriz e investigadora, Portugal / Brasil
Joana Lima, escritora e professora
Joana Lucas, antropóloga
Joana Manuel, actriz e cantora
Joana Mayer, galeria Francisco Fino
Joana Morgado, produtora
Joana Pimenta, realizadora
Joana Reinhold de Moraes Cabral, tradutora
Joana Valdez-Tullett, arqueóloga
João Bacelar Vasconcelos, economista
João Branco, encenador, Cabo Verde
João Cristóvão Leitão, artista
João Enxuto, artista
João Fiadeiro, coreógrafo
João Figueiredo, antropólogo e investigador
João Fonte Santa, artista
João Mário Grilo, cineasta
João Mourão, co-diretor e curador Kunsthalle Lissabon e professor
João dos Santos Martins, coreógrafo e intérprete
João Moço, produtor editorial, editor e revisor de textos
João Nuno Martins, produtor
João Pedro George, escritor e sociólogo
João Pina, fotógrafo
João Rosas, realizador
João Salaviza, realizador
João Sousa Cardoso, artista e professor
Joel Zito Araújo, realizador, Brasil
Jorge Jácome, realizador
Jorge Rui Martins, produtor cultural
José Eduardo Agualusa, escritor
José Eduardo Silva, ator, encenador e investigador
José Falcão, SOS Racismo
José Luís Peixoto, escritor
José Manuel dos Santos Maia, artista e curador
Juan Luis Toboso, curador e investigador, Espanha
Jurgen Bock, curador e director da Maumaus
Júlia Vilhena, arquiteta e ilustradora
Juliana Borges, realizadora, Brasil
Kalaf Epalanga, músico e escritor
Karen Akerman, realizadora, Brasil
Katherine Marianne Sirois, historiadora de arte
Kiluanji Kia Henda, artista, Angola
Lígia Afonso, historiadora de arte
Liliana Coutinho, curadora
Lolo Arziki, realizadora, Cabo Verde / Portugal
Lúcia Prancha, artista
Lucía Vives, artista
Lúcia Marques, curadora e produtora cultural
Luís Brás, cineasta
Luís Marcelo Mendes
Luis Miguel Fonseca, cineasta e professor
Luís Palma, fotógrafo
Luís Silva, co-diretor e curador da Kunsthalle Lissabon
Luísa Homem, realizadora
Luísa Sol, arquitecta e investigadora
Luzia Gomes, museóloga e prof.ª universitária, Brasil / Portugal
Maimuna Adam, artista, Moçambique
Mafalda Melo, programadora - IndieLisboa
Mafalda Miranda Jacinto, artista, performer e produtora
Mané, artista
Manuel Loff, historiador
Manuel dos Santos, sociólogo e ativista anti-racista
Marcelo Cunha, museólogo e prof. universitário, Brasil / Portugal
Marcos Cardão, investigador
Mário Semião, professor e investigador, Portugal/Suécia
Margarida Carmo Paz, arquiteta
Margarida Mendes, curadora
Margarida Oliveira, assessora de comunicação
Margarida Paredes, escritora e antropóloga
Margarida Rendeiro, investigadora e professora
Maria Ana Freitas, produtora
Maria Ariel Roque Pinheiro, artista plástica
Maria do Carmo Piçarra, investigadora em cinema (anti)colonial
Maria Clara Escobar, realizadora, Brasil
Maria da Conceição Lopes, arqueóloga e professora
Maria do Mar Fazenda, curadora e investigadora
Maria Helena Vieira de Abreu, professora aposentada
Maria João Cantinho, poeta e ensaísta
Maria João Lourenço, gestora de projecto
Maria João Teles Grilo, arquitecta e investigadora. Portugal / Angola
Maria Paula Meneses, antropóloga, Portugal / Moçambique
Maria Vlachou, museóloga, gestora cultura
Mariana Bessa, agente cultural
Mariana Costa Fernandes, artista e professora
Mariana Duarte, jornalista
Mariana Silva, artista
Marta Espiridião, curadora
Marta Dineia Gamito, diretora do Festival Silêncio
Marta Branco Guerreiro, historiadora de arte e museóloga
Marta Lança, investigadora e editora do BUALA
Marta Mendes, professora
Marta Mestre, curadora, Portugal / Brasil
Marta Rema, escritora
Mamadou Ba, tradutor e militante anti-racista
Matamba Joaquim, ator do Teatro Griot
Miguel Amado, curador
Miguel António Domingos, artista
Miguel Carneiro Nogueira Ferrão, artista visual
Miguel Clara Vasconcelos, realizador
Miguel Mesquita, curador e director artístico da Galeria Baginski
Miguel Pereira, coreógrafo
Miguel Ribeiro, programador de cinema DocLisboa
Miguel Vale de Almeida, antropólogo
Milena Britto, professora universitária, Brasil
Mónica de Miranda, artista e investigadora
Mónica Martins Nunes, realizadora
Natxo Checa, gestor cultural e curadora ZDB
Nayse López, jornalista e curadora, Brasil
Nilson Figueiredo Filho, engenheiro agrónomo
Nuno Cera, artista
Nuno Coelho, encenador, Angola / Portugal
Nuno Coelho, designer, investigador, curador e professor
Nuno Flores, arquiteto
Nuno Lisboa, realizador e curador
Nuno da Luz, artista, designer e publicador
Nuno Faria, curador e diretor do CIAJG
Nuno Ramalho, artista
Olavo Amado, artista, São Tomé e Príncipe
Olivier Marboeuf, curador e escritor, França
Paolo Marinou-Blanco, realizador e argumentista
Paulo Lourenço, artista e assistente na FBAUL
Paulo Mendes, artista e curador
Patrícia Azevedo da Silva, antropóloga, cronista e produtora
Patrícia Martins Marco, historiadora de ciência e medicina
Patrícia Mourão, programadora e investigadora em cinema, Brasil
Patrícia Sequeira Brás, prof.ª de Portuguese Modern Studies, Birkbeck, University of London
Patricia Schor, investigadora e professora - Amsterdam University College
Pedro Barateiro, artista
Pedro Castanheira, diretor de fotografia
Pedro Cid Proença, designer
Pedro Lapa, crítico de arte e professor
Pedro Marum, artista e curador
Pedro Neves Marques, artista, realizador e escritor
Pedro Pinho, realizador
Pedro Schacht Pereira, Professor universitário, Portugal / EUA
Pedro Sena Lino, poeta e professor
Raphael Durão, designer e director artístico La Rampa
Raquel Lima, performer e investigadora
Rachel Korman, curadora, Portugal / Brasil
Raquel Schefer, investigadora e realizadora
Raquel Ribeiro, jornalista e escritora
Regina Costa, artista
Regina Guimarães, escritora
Renata Sancho, realizadora e produtora
Renée Nader Messora, realizadora de cinema, Brasil
Ramiro Guerreiro, artista
Regina Costa, artista
Regina da Silva Barbosa, agente cultural na OCA ASBL - organização cultural e artística lusófona, Bélgica
Ricardo Conceição, DJ Cajokolo, Portugal / Angola
Ricardo Falcão, antropólogo
Ricardo Paulino, arquiteto
Ricardo Valentim, artista
Rita Brás, cineasta e ativista Pólen
Rita Fabiana, curadora
Rita Gomes (Wasted Rita), artista visual e ilustradora
Rita GT, artista
Rita Jacinto, ergonomista
Rita Natálio, artista e investigadora
Rita Sobral Campos, artista
Rita Tomás, assessora de comunicação
Rita Vênus, curadora, Brasil
Rodrigo Barbosa Camacho, compositor, empreendedor cultural
Rodrigo Lacerda, documentarista e antropólogo
Rosa Mayunga, investigadora, Angola
Rosana Milliman, professora e escritora, Brasil
Rosário Severo, técnica superior de museu
Rubens Mano, artista, Brasil / Portugal
Rui Dias Monteiro, fotógrafo e poeta
Rui Gomes Coelho, arqueólogo e fotógrafo
Rui Mourão, artista visual
Ruth Wilson Gilmore, Professora Graduate Center City University of New York
Sadiq S. Habib, antropólogo
Salomé Lamas, realizadora
Salomé Lopes Coelho, investigadora em arte
Samira Vera-Cruz, realizadora, Cabo Verde
Sofia Fonseca, arqueóloga
Vanda Mendonça, blogger
Sandra Guimarães, curadora Remai Modern
Sandra Lourenço, investigadora em estudos artísticos e curadoria
Sandra Vieira Jurgens, curadora e historiadora de arte
Sara Anjo, coreógrafa
Sara Goulard Medeiros, mediadora cultural
Sara Morais, agente cultural
Sara Pereira da Silva, gestora cultural
Sara Rodrigues, artista audiovisual
Sara Serpa, vocalista e compositora
Sara Simões, arqueóloga
Serge Abramovici, dito Saguenail, cineasta
Sérgio Fazenda Rodrigues, arquitecto e curador
Sílvia Pinto Coelho, coreógrafa e investigadora
Sofia Amaro, coordenadora editorial e escritora
Sofia Lemos, curadora
Sofia Nunes, crítica de arte e investigadora em história e teoria da arte
Sérgio Gomes, arqueólogo
Sofia Matos, produtora
Sónia Baptista, coreógrafa
Susana de Matos Viegas, antropóloga
Susana Mouzinho, investigadora cinema
Susana Sousa Dias, realizadora
Susana Sousa Mendes, artista
Tânia Santos, socióloga
Tathiane Mattos Batista, atriz e investigadora estudos da performance
Tchalé Figueira, artista, Cabo Verde
Teresa Castro, historiadora de arte e programadora de cinema
Teresa Fradique, antropóloga de arte e performance
Thiago Carrapatoso, curador e pesquisador, Portugal / Brasil
Thomas Walgrave, programador
Tiago Figueiredo, fotógrafo
Tiago Guerreiro da Silva, ilustrador
Tiago Mota Saraiva, arquiteto
Tiago Porteiro, actor e professor universitário
Valter Ventura, fotógrafo
Vasco Araújo, artista
Vasco Barata, artista
Vasco Pimentel, director de som
Victor Hugo Lopes, investigador em cinema, Pt/Angola
Verónica Leite de Castro, investigadora em cultura material
Vitor Aratanha, indigenista (Krahô)
Vitor Gama, músico, Portugal / Angola
Vítor Silva, artista
Zia Soares, actriz do Teatro Griot