Maximiliano de Habsburgo, o último imperador do México (ou como a História é uma eterna mesmice)
Esta é uma história para os dias de hoje.
No centro histórico de Querétaro, cidade mexicana onde Maximiliano I foi fuzilado, uma pintura do antigo imperador, musculado, seminu e pose stripper domina uma parede de “Maximiliano”. Neste minúsculo, sudoroso e kitsch bar gay, as paredes vermelhas, os quadros gigantes com barrocas molduras douradas, os candelabros com mil e um penduricalhos e os veludos com cores de realeza trazem à vida o imaginário imperial de Maximiliano. Embriagados em cúmbia, os corpos quentes amassam-se.
Esta celebração jocosa de “Max” é um retrato desse sentimento estranho que o antigo imperador inspira por aqui. Uma contradição que alterna entre pena e rejeição, potenciada pela trágica e louca história de amor de Maximiliano I e Carlota, os imperadores de brinquedo que a geopolítica europeia de finais do século XIX manipulou como quis. Marionetas imperiais (ingénuas ou conscientes, a versão varia) que, defendem os românticos, chegaram até a amar esta terra.
Foi há quase 160 anos.
Nos anos 60 do século XIX, com pouco mais de 40 anos de independência, o México era um caos. Uma guerra civil entre liberais e conservadores destruíra o país anos antes, entre 1857 e 1861. O governo republicano, vitorioso, tentava manter o país à tona. Derrotados e agastados com o fim de privilégios herdados dos tempos coloniais, os latifundiários mexicanos e a Igreja Católica mordiam os lábios de raiva.
Frágil, vulnerável e em bancarrota o México era carne fácil. Com o pretexto de uma dívida não paga, em 1862 a França invade o país pela segunda vez em 25 anos. Em 1863, ocupa a Cidade do México e toma de assalto grande parte do território mexicano.
Encurralado, o governo republicano de Benito Juárez começa uma fuga para norte, sempre mais a norte do país, numa tentativa desesperada de não ser capturado e de salvar a soberania do México. Foram os anos da “República Itinerante” (1863 – 1867), a bordo de uma mítica carruagem negra.
Mas para a França não bastava a invasão, faltava o xeque-mate. Não eram novidade as pretensões de Napoleão III de vincar de novo as garras nas Américas e de tentar deter a influência crescente na região dos EUA, por essa altura também distraídos com a Guerra da Secessão.
O México era a grande oportunidade e não a ia desaproveitar. Num plano de mil manhas, o imperador francês espicaçou a sede de vingança dos conservadores mexicanos e da Igreja Católica. Propôs-lhes criar uma monarquia no país, sob proteção gaulesa, que lhes restituiria os privilégios perdidos com o governo liberal de Juárez.
Para governante, Napoleão III recomendou-lhes um arquiduque alto e de olhos azuis, “sangue real europeu de verdade” – Maximiliano de Habsburgo, irmão do imperador da Áustria, país com o qual a França queria estreitar relações. E que prova de amizade mais super que entregar-lhes o México de bandeja. Com uma cenoura a pender de uma cana à frente dos olhos, em abril de 1864 uma delegação de opositores mexicanos viajou ao palácio de Maximiliano em Trieste, Itália, e ofereceu-lhe a coroa do império. A proposta foi irresistível.
Um mês depois, a 28 de maio de 1864, o arquiduque e a sua esposa, a agora imperatriz Carlota, chegavam às praias do Porto de Veracruz, no Golfo do México, para instaurar o Segundo Império Mexicano (o Primeiro Império foi um governo monárquico de poucos meses liderado pelo caudilho militar mexicano Agustín de Iturbide, entre julho de 1822 e março de 1823).
Com o passar do tempo, terá sido difícil manter o porte e o sorriso com que foram recebidos na quente costa veracruzana. Nos três anos que seguiram, o império imposto esteve constantemente sob fogo da guerrilha republicana que Benito Juárez liderava desde o exílio dentro do próprio país. A partir de 1865, a resistência intensificou os ataques. O fim da Guerra de Secessão nos EUA canalizou mais apoios aos “juaristas”, velhos aliados de Lincoln e companhia.
Na Europa, o xadrez político também mudava rapidamente, com uma guerra entre a França e a Prússia a ponto de estalar. Imune aos apelos de Maximiliano I, em 1867 Napoleão III põe fim à invasão do México e transfere as tropas para território europeu, deixando para trás um agora inútil imperador de papelão.
Abandonado, isolado, sem dinheiro nem proteção da manhosa Europa e sob ataque crescente das forças de Juárez, Maximiliano I decide tomar o mando do exército. A 13 de fevereiro de 1867, abandona a Cidade do México com uma coluna militar de menos de 2 mil soldados. Refugia-se em Querétaro, 220 km a norte da capital, e nomeia-a a nova capital do império.
O exército liberal segue-lhe os passos. Um mês depois, sitia a cidade. Durante 64 dias, asfixia-a de pólvora e fome. A 15 de Maio, o general republicano Mariano Escobedo entra, finalmente, no reduto de Maximiliano I e encarcera-o num quarto de paredes de pedra no Convento da Cruz, no centro de Querétaro.
Não houve clemência. Um Conselho de Guerra condena-o à morte, junto com os generais mexicanos Miguel Miramón e Tomás Mejía, “ignóbeis traidores da pátria”. Às sete da manhã de 19 de Junho de 1867, sete soldados apontaram sobre os três homens no Cerro de las Campanas, uma pequena elevação na capital queretana.
“Morro por uma causa justa, a da independência e a liberdade do México. Que o meu sangue sele as desgraças da minha nova pátria. Viva o México!” Palavras finais de Maximiliano, contam, antes de receber cinco disparos no abdómen, um tiro de graça no coração e de cair de frente, já morto, com a cabeça contra uma parede.
Os anos do império
As políticas de Maximiliano I durante os três anos do império mexicano ainda hoje alimentam controvérsia sobre o carácter das suas intenções num México em convulsão.
Desde que chegou, revelou um espírito liberal com ideias e medidas surpreendentemente próximas do seu arquirrival Benito Juárez. Assumiu riscos pelos quais pagaria mais tarde. Contra as expectativas dos seus amigos no clero mexicano, não só manteve a separação entre a Igreja e o Estado, como se recusou a devolver aos religiosos os bens que Juárez tinha nacionalizado após proclamar as Leis da Reforma, em 1860.
Também com os grandes latifundiários, os outros cúmplices no sonho imperialista, não foi especialmente favorável. Maximiliano I aprovou uma série de leis laborais que aboliram o trabalho infantil e reduziram as horas de trabalho. Em paralelo, promoveu instituições camponesas e programas de apoio ao mundo rural que defendiam os indígenas dos abusos nas fazendas. Criou ainda casas de beneficência e de apoio às mulheres.
O imperador manteve também a liberdade de imprensa e reformou o direito mexicano, até então ancorado ao sistema colonial. Decretou ainda o encerramento da Real e Pontifícia Universidade do México, considerada um reduto conservador.
O interesse pela história do país manifestou-se desde cedo. Inaugurou a Academia Imperial de San Carlos, onde impulsionou a criação de uma narrativa histórica nacional, baseada na fundação do México pré-hispânico e na independência de Espanha. Nos três anos do império, aproximou-se dos povos indígenas, estudou nahuatl (a língua indígena mais falada no país) e deu-lhe carácter oficial. Chegou a emitir decretos bilingues.
A nível científico, Maximiliano I plasmou antigos interesses pessoais como a botânica, etnografia, linguística, etnografia, arqueologia e mineralogia, ao criar a Academia Imperial de Ciências e Línguas.
Noutro campo, o das artes, fomentou o trabalho de inúmeros artistas mexicanos com um amplo programa de apoio que, claro está, pretendia exaltar o esplendor da monarquia. Na Cidade do México, remodelou o Castelo de Chapultepec, a residência oficial e ponto de partida do novo e imponente Passeio dos Imperadores, a atual Avenida Passeio da Reforma, um dos símbolos máximos da capital mexicana.
Este despesismo em “obras, sem dúvidas belíssimas” demonstra um “imperador muito mau para os números” e “que não se dá conta que, financeiramente, o império era inviável”, critica o professor da Universidade Panamericana, Héctor Zagal, à BBC Mundo no artigo “Maximiliano de Habsburgo e Carlota: a insólita história do último imperador do México (e como o seu governo estava condenado ao fracasso desde o começo)”.
O ímpeto liberal de Maximiliano I põe-no em rota de colisão com os antigos aliados. Quando a França abandona o México e o deixa à sua sorte, no início de 1867, percebe que, sem o clero e os conservadores, não conseguirá sobreviver. Mas já era tarde demais. Nos últimos meses de vida, o imperador era odiado tanto pelos republicanos, que o acunhavam de invasor, como pelos cúmplices que um dia lhe ofereceram o império e que, ao não verem restituídos os seus privilégios, o acusavam de traição.
Sem saber, Maximiliano cavara a sua própria tumba. “Talvez pelo facto de não conhecer a realidade mexicana”, não se deu conta que “se estava a meter numa camisa de onze varas de onde era praticamente impossível sair”, considera Erika Pani, do Colégio do México, à BBC Mundo.
Os escritos de Maximiliano demonstram esta alienação, própria de um nobre de 32 anos que saiu do seu palácio italiano para brincar aos impérios em terra exótica. Conta Héctor Zagal: “Conservam-se cartas que mostram que Maximiliano pensou que vir para o México seria igual a continuar em Miramar (o seu palácio em Trieste), colecionando insetos e móveis, navegando, construindo pátios. E chega ao México com este sonho de construir um castelo de estilo europeu sobre um antigo castelo mexicano, quando o país está em guerra, em chamas e empobrecido.”
“Serás sempre um príncipe estrangeiro”, recordar-lhe-ia, meses antes do fuzilamento, a imperatriz Carlota, numa carta premonitória.
“Adeus, mamã Carlota”
“Da remota praia
Olha para ti com tristeza
A estúpida nobreza
Da coruja e do traidor
No fundo do seu peito
Já sentem a sua derrota
Adeus mamã Carlota,
Adeus, meu terno amor.”
A canção “Adeus mamã Carlota” é um alegre e mordaz “até nunca mais” que celebra o fim iminente da intervenção francesa e do Segundo Império Mexicano. A música foi adaptada do cancioneiro popular; as letras, escreveu-as em 1866 o general mexicano Vicente Riva Palacio, zombando-se dos conservadores e do clero face à inevitabilidade da vitória das tropas republicanas de Juárez.
A dar corpo a esta paródia musical está o adeus à “mamã Carlota”, um adeus atirado desde o cais no preciso momento em que, em 1866, a imperatriz embarca “da remota praia” numa viagem sem retorno rumo à Europa. Levava nas mãos a missão desesperada de salvar o império mexicano após o abandono de França. Durante meses, Carlota percorreu Paris, Viena de Áustria, até o Vaticano, implorando por ajuda financeira e militar. Todas as portas se fecharam.
A traição dos antigos aliados e a impossibilidade de regressar ao México e ao seu amado “Max” enlouqueceram-na. Carlota mergulhou numa forte paranoia de perseguição e delírios mil. Jurava a pés juntos que a queriam envenenar. Foi vista a beber água das fontes públicas.
O fuzilamento de Maximiliano I, em Junho de 1867, foi o golpe final. Ninguém lhe contou logo-logo o destino do esposo no Cerro de las Campanas de Querétaro. Para ganhar tempo, os familiares inventaram um telegrama no qual Maximiliano dizia que estava na Hungria. Quando lá chegou, Carlota encontrou a verdade dolorosa. A loucura da imperatriz caída em desgraça acompanhou-a até Janeiro de 1927, quando faleceu na Bélgica.
Esta triste história de amor e a alucinação de um imperador vindo do além, efémero, ingénuo, manipulado, que mostrava interesse pelos pobres e camponeses, falava nahuatl, bebia pulque (bebida alcoólica com origem no agave), vestia-se de charro (cavaleiro típico) e que, com calculistas intenções ou não “tentou fazer-se mexicano”, como diz o professor Héctor Zagal à BBC, criou uma aura trágica à volta de Maximiliano e Carlota que ainda hoje fascina muitos mexicanos. Não sem debate sobre o carácter intervencionista do Segundo Império.
As desventuras de um corpo
A morte de Maximiliano no Cerro das Campanas, em Querétaro, a 19 de Junho de 1867, poderia ter sido o desfecho fatal desta história… mas não foi.
A morte trouxe tudo menos paz ao defunto. Documentos da época contam que, depois do fuzilamento, o corpo do arquiduque foi metido num caixão comum, demasiado pequeno para os quase 1 metro e 90 cm do morto. Um cortejo com Maximiliano com os pés fora do ataúde percorreu Querétaro até ao Convento da Cruz.
A pensar na longa viagem de regresso do corpo à Áustria, ordenou-se o embalsamento. Um tal doutor Vicente Licea assumiu a missão com especial sentido macabro. Durante o procedimento, dedicou-se a vender mechas de barba e do cabelo (há quem diga que até os olhos e o coração) de Maximiliano a mulheres da alta sociedade queretana, sobretudo. Segundo testemunhos, as senhoras de bem chegavam ao consultório com lenços de pano, que embebeciam no sangue do imperador.
A carniçaria e despudor chegaram aos ouvidos de Juárez, pela voz horrorizada da Princesa Salm Salm, amiga da Maximiliano que, semanas antes, tinha implorado ao presidente que poupasse a vida do arquiduque. Dizem que até o duro Juárez ficou chocado com o relato e aconselhou-a a denunciar o embalsamador. Depois de um processo rápido, o médico Vicente Licea foi condenado a dois anos de prisão.
Maltratado, o corpo de Maximiliano foi então trasladado de Querétaro para a Cidade do México, numa viagem mais longa que o habitual. Ao chegar à capital, a carruagem que transportava o cadáver já enegrecido e em descomposição caiu num ribeiro, encharcando-o até aos ossos.
Um novo embalsamento depois, um funcionário da Casa de Áustria levou o que restava de Maximiliano, agora sim, metido num aveludado caixão de pau-rosa, para o Porto de Veracuz, onde o aguardava a fragata de guerra Novara (a mesma que o trouxera três anos antes). A longa viagem até à Áustria durou semanas. A História registou o choque de Sofia de Baviera, mãe do arquiduque, ao ver o cadáver: “Este não é o meu filho!”
E aqui começa a outra história…
Talvez Sofia de Baviera tivesse razão.
Em 2001, um historiador salvadorenho aficionado, Rolando Deneke, soltava a bomba: “O arquiduque Maximiliano não foi fuzilado: morreu em El Salvador com 104 anos e chamava-se Justo Armas”. O investigador fundamentava as conclusões em provas reunidas ao longo de 15 anos em El Salvador, Bélgica, França, México e Áustria.
Um artigo no jornal espanhol ABC resume a história. “Quando o pelotão de fuzilamento fez a última descarga, Maximiliano de Habsburgo começou uma nova vida. Em troca de não revelar a sua identidade, Benito Juárez, maçon como o arquiduque, perdoou-lhe a vida e deu-lhe um salvo-conduto para El Salvador, onde o imperador viveu com o nome de Justo Armas”.
Homem “culto, elegante e de esmerada educação”, Dom Justo, como era conhecido, passeava-se pela capital de El Salvador pelo menos desde 1870, segundo as fontes documentais. “Quando chegou, foi recebido por Gregorio Arbizú, vice-presidente e chanceler do Governo do Presidente Francisco Dueñas, e maçom. Desde então, e até à sua morte, foi conselheiro de todos os presidentes de El Salvador e foi responsável pelo protocolo da Chancelaria e também pela direção dos serviços dos banquetes diplomáticos”, conta o artigo.
Mas o que mais impressionava “era o assombrosamente parecido com o imperador do México”. “E apesar de ser um homem impecavelmente vestido e de fino trato, não usava sapatos”, acrescenta Rolando Deneke. “Nunca revelou a ninguém o motivo desta excentricidade, mas sabe-se com certeza que foi ameaçado por um grave perigo de morte e, sem a menor esperança de ser salvo, prometeu à Virgem andar descalço o resto da sua vida se se conseguisse salvar”. Misterioso, Justo Armas “sempre evitou responder a qualquer pergunta sobre o seu passado e costumava apresentar-se como o último sobrevivente de um naufrágio”.
Desde pequeno fascinado pela história (a bisavó jurava que Justo Armas era Maximiliano I), Rolando Deneke começou a juntar peças. Para o investigador, a história da execução em Querétaro e as desventuras do corpo do imperador eram parte de um plano secreto de salvação e fuga. “Depois do fuzilamento, todas as potências europeias pressionaram o México a devolver o cadáver de Maximiliano, mas as autoridades respondiam-lhes que, por motivos de força maior, era impossível fazê-lo de imediato. Tenho cópias das fotografias de três possíveis cadáveres do imperador que não se parecem entre si e nem a Maximiliano.” E recorda: “quando o suposto cadáver chegou à Áustria, sete meses depois da sua execução, a sua mãe, a arquiduquesa Sofia, exclamou: ‘este não é o meu filho!’”.
Rolando Deneke recua ainda um pouco mais e descreve que, um mês antes de ser fuzilado, Maximiliano praticamente deixou de ser visto em público, e que a própria execução foi feita por “um grupo de camponeses” que nunca o tinha visto.
Já em El Salvador, as coincidências acumulavam-se. Segundo o investigador, Justo Armas adotou esse nome com base num decreto de Juárez que dizia algo como “o Arquiduque Fernando Maximiliano José de Áustria foi feito justo pelas armas”. Também que Don Justo conversava em sua casa objetos que supostamente tinham pertencido a Maximiliano, e que lhe eram enviados do México por uma “mão invisível”.
Mais tarde, já durante a I Guerra Mundial, argumenta ainda, dois emissários austríacos terão ido a El Salvador para tentar convencer o enigmático homem a voltar à Áustria e assumir o trono, face ao estado precário de saúde do irmão, o imperador Francisco José I. Já de idade avançada, Justo Armas terá recusado a proposta, insistindo que queria viver o resto da sua vida “em paz”.
Para completar o puzzle histórico, Rolando Deneke sabia que precisava de provas concretas. Comparou, então, mostras de ADN de Don Justo com as de um familiar de Maximiliano pela “linha materna direta”. Os resultados foram positivos. Assim como positivo foi um estudo antropológico craniofacial comparativo e um estudo grafológico que analisou a caligrafia de Justo Armas e a do arquiduque.
A chave desta história incrível, considera Rolando Deneke, terá sido a “fraternidade maçónica.” “Maximiliano de Habsburgo e Benito Juárez eram maçons e, como tal, Juárez não podia matá-lo. A única saída era matar o imperador, mas salvar o homem. O arquiduque jurou nunca mais revelar a sua identidade. Fingiram a sua execução e deram-lhe um salvo-conduto para vir para El Salvador, onde viveu mais de 60 anos”.
Justo Armas, ou talvez Maximiliano de Habsburgo, morreu na capital salvadorenha em 1936, aos 104 anos.