“A minha arte não é feita de técnica, mas de sentimento”, entrevista a Toy Boy
Toy Boy acompanhou as várias fases do país no pós-independência e iniciou atividade artística no pós-guerra civil. O seu trabalho é a expressão da vivência na cidade de Luanda, intrinsecamente ligado ao sofrimento e criatividade que se sente nas ruas. Sintonizado com os movimentos e núcleos artísticos da cidade (como o Elinga Teatro e o Fuckin’ Globo), Toy Boy conta-nos o seu percurso com a sinceridade e a sensibilidade que o caracterizam. Driblando as dificuldades no seu caminho e a exigência da sobrevivência, apropria-se de uma certa pop art, fazendo colagens ou ready-mades, instalações, potenciando materiais reciclados como a ferrugem, mas sobretudo dá corpo e voz às singularidades da vida urbana. Entrevista feita em Luanda no final de 2022.
Como nasce a sua apetência artística?
Nós sempre tivemos criatividade por aqui. Fazíamos carros de lata, inventávamos pomadas para engraxar sapatos.
Como era isso?
Queimávamos pneus, misturávamos com gasóleo ou petróleo, engraxávamos os sapatos aos cotas que nos davam moedas. Também vem da própria cultura pop. Nos anos oitenta, existia aqui um certo mundo pop, com quartos forrados de posters do Bob Marley, Bob Dylan, George Michael. Eu apanhava latas para vender a amigos que tinham coleções maravilhosas, muitas das latas vinham dos cooperantes estrangeiros. A pulsão artística surgiu assim, da minha própria vivência e da arte pop que sentia por aí. E pelas pessoas que me rodeiam.
Pelos amigos com quem se relacionava, e a onda artística da cidade?
Foi uma grande possibilidade estar ao lado de muitos artistas em início de carreira. Eram muito bons, criativos, alternativos, com muita energia, pessoas com pensamento livre, algo a que eu não estava habituado no bairro.
Como começou a dar-se com eles?
Entro para o Elinga, através do Kiluanji Kia Henda, que me tira de um take away onde eu trabalhava, na Mutamba, e me arrasta para o Elinga Teatro.
Já existiam os Nacionalistas (colectivo de artistas), cerca de 2004?
Sim.
O que fazia?
Era o produtor deles, o “faz-tudo”. Gostava daquele mundo, estava super apaixonado por aquilo. Porque era diferente. O espírito de coletividade do Elinga levou-me, a mim e a muitos, a uma produtividade mais proeminente.
Como vê a importância do Elinga nessa época?
Era um celeiro da arte, um lugar onde as pessoas realmente conseguiam fazer aquilo que hoje se faz naturalmente, como colagens, arte pop, a expressão livre nasce do movimento do Elinga. Com as componentes, música, teatro, artes plásticas, dança contemporânea.
O António Ole tinha lá o ateliê.
Sim, e as tertúlias… Ficávamos lá a conversar, das 11 horas da manhã até à meia-noite. Parecíamos malucos para a sociedade.
Colabora com o teatro?
Sim, como assistente de palco. Tive a oportunidade de trabalhar no 1º Festival Internacional de Teatro e Artes, como assistente de produção em duas peças desse festival. Veio um grande artista, o Pedro Campelo, trabalhar com cenografia. Ter participado na produção, acompanhar a força do Pedro, produzir um festival com várias companhias e estar ali todos os dias trabalhando no duro foi uma grande experiência.
O que o encantou na cenografia?
Ter de montar as coisas e criar. O grupo chega e diz “queremos isto”, e temos de inventar uma história e montar de acordo com o que os outros querem.
Nunca foi muito artista de insuflar o “ego”?
Não, porque vim dessa escola, não tenho isto.
Como inicia o seu próprio trabalho?
Começo a pintar. O meu primeiro projeto era em folhas A3 e lápis de cera. Fui ao ateliê do Nelo Teixeira e disse “esses lápis e folhas aí abandonadas, passa-me lá.” E fiz o “Esboços de Jazz” em 2007. O Nelo Teixeira ainda me disse para expor, mas eu queria fazê-lo com alguma elegância e acabei por não expor. Foi para a mão de outra pessoa, e desapareceu. Na altura, também não tinha lugar estável para guardar as minhas coisas.
Viveu algum tempo no ateliê do Mestre Paulo Kapela…
Vivi com o Kapela sim. Antes disso, dormia no Elinga, num quartito de arrumação das bailarinas. Depois vem o Movimento X, um undergroung da noite, com bar e programação (gerido por Pedro Gil, Iracelma Ossana e Mano a Mano), ocupa o teatro todo, e tive de sair dali.
Vou a Lisboa, mas volto logo porque precisava de coisas cá, que me pertenciam. Quando regresso, não tinha onde ficar. O meu único canto foi realmente a boa vontade do Kapela, ele também andava doente e fiquei a cuidar dele. Estava tudo desarrumado e abandalhado, fiquei ali um mês a arrumar as coisas, a organizar, a comprar comida para ele, fazia comida, comíamos juntos, até que apareceu o Rasta Congo que achava que tomava conta do Kapela. Eu era muito sensível, acabei por sair de lá e fui viver em casa do meu Mano Maninho no Mártires do Kifangondo.
Como foi essa temporada com o Kapela?
Era sempre bom ver o Kapela a trabalhar, trabalhava todos os santos dias.
Era uma pessoa afável ou reservada?
Tinha fases, muitas em que não estava bem, outras em que te recebia bem. Depois já sabíamos entender quando ele realmente estava mal de luz, de equilíbrio, e quando estava disponível para as pessoas.
Era mesmo especial o universo do Kapela…
Aquilo era especial, era realmente conduzido com espírito, com alma, com desejo de se fazer. Podia ser um ambiente pesado para quem não estava habituado a ver velas acesas, cruzes penduradas e aquela mistura de José Eduardo dos Santos, Agostinho Neto, Thomas Sankara, Jesus Cristo, Ubuntu, banto, a história do mundo… era muita informação. Ele vinha de um processo religioso da escola Poto-Poto no Congo, acredito ser muito boa, mas depois desprende-se de tudo, do Poto-Poto, do cristianismo, do racismo, e tenta criar um pensamento livre. A espiritualidade residia não só nas suas obras mas na forma de estar e de ver o mundo. Não havia brancos nem pretos, amarelos, os do norte ou sul, os que criavam divisões. Portanto, de alguma forma rompeu com isto e foi enfeitiçando pessoas que entravam ali, como eu e muita gente.
Havia vários focos de artistas, e a Trienal de Luanda.
Sim, foi um boom.
E voltando ao seu trabalho…
Em 2008, recolho o material do Festival de Teatro, as madeiras, tintas, pego em tudo e monto essas peças no hall do Elinga Teatro, e digo ao pessoal do bar: “podem pintar”. Queria que eles criassem relevo, em duas peças de madeira. Transformo aquilo e chamo-lhe Recicle. Eram peças grandes em madeira, e foram quase todas vendidas. Na altura não tinha galeria. Este projeto foi importante, mas ao mesmo tempo não dei assim tanto valor.
E depois para onde vai morar?
Em 2010 vou de novo a Lisboa por pouco tempo, e fico à deriva no regresso, porque não tinha onde morar, já não havia o Kapela nem o Elinga disponíveis. Um dia encontro o Kilas, que trabalha com som, no Museu de História Natural. Disse-lhe que não tinha onde trabalhar e ele comentou que tinha uma casa no Kalemba 2. Aceitei logo. Quase que fomos ao Kalemba 2 a pé. Aquilo era uma casa sem janelas. Peguei no Elísio, fomos ao mercado Roque Santeiro arranjar panos, sacos, uma lona para tapar os camiões de carvão que iam para o mercado. Pedi um patrocínio de 200 dólares ao Mano. Peguei no material e fechei-me no Kalemba 2 e, no espaço de mês e meio, fiz uma exposição no Elinga, intitulada Lava Almas. Foi uma exposição especial para mim, mas um bocadinho fechada não foi muita gente ver.
A partir daí convenceu-se de que a arte era o seu caminho.
A partir daí, ganhei segurança e capacidade para me expressar. Éramos todos para a frente, criava-se bastante. Não faço obras ímpares, crio um projeto e trabalho em torno desse projeto. Guio-me por ele para sentir que estou a fazer algo sólido, com mais identidade.
Num exercício retrospectivo, como descreveria o seu trabalho?
Nunca vivi fora de Angola, o que me levou a ligar muito à realidade das pessoas, do povo, da arquitetura, dos movimentos urbanos dentro do país. Portanto, o meu trabalho é muito local, com base no povo angolano, na nação, no conceito de nação, naquilo que se quer para o futuro, naquilo que se arquiteta para um bem social comum.
Mas tem identificação universal…
Lógico que tem, tanto que fiz a exposição Lava-Almas em Telavive (2014-15), com um workshop numa universidade, uma conferência. Conversei com pessoas e há coisas muito idênticas, e as obras realmente comunicavam com eles. A galeria African Studio Gallery comprou tudo.
O que mais o motivava para criar?
A forma de José Eduardo dos Santos governar um país punha-me muito descontente, levava-me normalmente a uma espécie de raiva, de dor, de necessidade de me expressar e não tinha como me expressar. Se soubesse fazer teatro ou política talvez fosse diferente.
Essa raiva esmoreceu ou continua indignado?
Depois da morte do Zé Du tomei uma ótima forma de ver as coisas. Sou mais uma espécie de conselheiro de Estado. Eu digo quais são os caminhos que eles devem seguir para que possamos ter uma sociedade mais coesa, mais equilibrada e mais normal. Acho que se percebe isso por exemplo na penúltima exposição no Fuckin’ Globo e na última no Epic Sana (segunda edição do “Art Can be EPIC”, em julho de 2022).
Procura ideias, caminhos novos e não tanto denúncia. Como é que traduz isso em termos plásticos?
A minha arte não é feita de técnica, é feita de sentimentos. Aquilo que eu sinto que tenho de fazer, que quero fazer é exatamente isto que eu vou fazer. Por exemplo, fiquei três anos a apanhar ferrugem para trabalhar com ferrugem.
Gosta de usar materiais reciclados como linóleo, algodão e ferrugem. Porque gosta tanto de ferrugem?
A ferrugem traz uma carga e sentimento próprios, e na arte contemporânea podemos levar esse sentimento para as pessoas. Não estamos habituados a trabalhar com esse material, restos metálicos enferrujados. Na exposição Ferrugem (2015), sugeri a hipótese que fossemos governados por Reis e não por políticos. Será que íamos passar fome, atirados por aí como estamos?
Conte um bocadinho como interage com a dinâmica do Fuckin’ Globo.
Participei em seis edições do Fuckin’ Globo, que é um evento extremamente envolvente. Nós tínhamos o Elinga que já era um movimento muito unido e progressista. Mas o Fuckin’ Globo vem trazer uma dinâmica muito mais para a frente. Não só na sua forma estética e liberal de fazer arte, mas também na própria relação humana entre artistas. Os artistas já estavam mais crescidos e amadurecidos, trouxe uma irmandade. No Fuckin’ Globo está-se noutro mundo, numa outra escala.
Pelo formato independente?
Há uma produção pequena de duas pessoas, começa com poucos artistas. Tem uma base e estrutura, não começou de cima. Ao longo do tempo vai trazendo beleza e equilíbrio ao projeto. Temos um espaço, um buget e fazemos o que quisermos. É um lugar onde me dão liberdade de fazer o que eu quero.
Mas integrado numa exposição coletiva, com uma forte relação com o público que visita cada quarto.
Sim, com essa particularidade. Não tem como o público não ter delirado com uma coisa destas. Primeiro por ser algo único, segundo por ser um projeto em que os artistas realmente excederam, foram ao top, fizeram obras nunca vistas.
Só prova que a liberdade é o melhor estímulo…
E ainda há a maravilha de misturar gerações.
Como vê a diferença entre gerações artísticas?
A geração de artistas mais novos é menos agressiva, é mais soft, mais compreensiva para com eles mesmos, independentemente de haver os Facebooks e Instagrams – gostam muito de aparecer e não sei quê, às vezes trabalham menos e aparecem mais, são muito show off. Mas há neles uma espécie de compreensão, não estão muito interessados em subir uns em cima dos outros, ou a competir uns com os outros. Há um certo equilíbrio. Isto em relação à nossa geração.
São mais focados naquilo que querem fazer?
Estão muito mais focados, também estão noutro tempo, têm residências artísticas, mais oportunidades para desenvolver.
Vocês tiveram que fazer as coisas mais sozinhos?
Tivemos que batalhar mais.
Conhece bem a Angola profunda?
Fazer fotografia levou-me a sair, para conhecer Angola. Para saber se aquilo que eu sentia aqui em Luanda era a realidade do país. Por exemplo fui ao Lubango, à Gabela, que é linda, gosto de ir de comuna em comuna, aos fundos, observar a realidade das pessoas, a ausência da colonização, mas também tentando perceber o que é que ficou disso.cccc
E como vê o mundo rural e as províncias, admira aquela calma?
Em princípio, quem sempre viveu na grande cidade, quer aquela vida. Mas depois é uma vida muito dura no grau de sobrevivência, ou seja, a ausência de apoios do Estado é abismal, incompreensível. As crianças andam quilómetros para ir à escola sem tomarem o pequeno-almoço, sem comer uma batata ou tomar um chá. Crianças a andar quilómetros sem comer, não faço ideia o que é isto. Há coisas bonitas, ver aquelas baixas plantadas, a professora está à frente a acompanhar os alunos a pé até à escola. Mas saio de lá triste. Nota-se um abandono, que as pessoas estão largadas pelo Estado nas Angolas profundas.
Mas sente outra sabedoria?
Obrigatoriamente sim. Mas no fim de tudo, sinto mais pena e dor, pela miséria. Bate lá no fundo. Mas se houvesse apoio, algum desenvolvimento dentro da maneira deles estarem.
Dentro da diversidade angolana, que cultura considera mais interessante?
O nível de originalidade e de espiritualidade nos povos Mucubal, uma elegância neles, um olhar. Estive com mumuílas nas montanhas, e com outros povos. Andei muito de comboio, por exemplo do Lubango ao Namibe, a cada paragem vemos as misturas de povos. Mas depois, apanho no comboio uma mulher de seios de fora a levar para casa uma perna de boi ao colo, e a ser maltratada por estar com as pernas abertas… O tipo do comboio a dizer “fecha lá as pernas”. Sinto-me mal. Epá, mas ela está na boa é a tradição dela, o sentido sexual não está na sua cabeça. Ou seja, há partes muito lindas, basicamente as pessoas tal como elas são, mas no fundo algo acaba por romper, por agredir a essência das pessoas, a sua cultura, forma de estar, a sua natureza, sempre a ser violentados, um sistema que já é assimilado.
Como era a Luanda da sua infância?
Sempre vivi em Luanda, cresci no bairro da Praia do Bispo.
Era vizinho da Chicala.
A Chicala não existia, era a praia onde eu tomava banho. Não havia lá casas. O mar era logo aqui na cidade. Vi a Chicala a nascer. Na Praia do Bispo havia desde boas vivendas até casas mais humildes e pequenas, era um bairro feito de becos e ruelas.
Viu as mudanças de Luanda…
Vi as várias fases. Vi Luanda crescer, vi Luanda descer, vi Luanda morrer. Tenho um projeto, o Urbanismo (2012), que fala exatamente sobre a grande fusão entre o gueto e a cidade. Em 1992 há uma intensa imigração de pessoas do interior, passa tudo por aqui. Nascem os morros ali mesmo por trás da minha casa, perto do Palácio nascem guetos e favelas. Em todo o lado na cidade, e foram expandindo para fora. Para todo o lado. Já não era a minha cidade, era uma coisa diferente. Já não podia andar muito por aí, se as amigas da minha mãe, amigas de Jeová, me vissem na favela iam queixar à minha mãe. E eu gostava de ir à favela para ver como é que eles vivem, quem são, e tentar perceber. Andei por todas as favelas, vadiei todas, vasculhei todas.
O que é que o atrai na vida do musseque?
Ainda vivo na favela, independentemente de viver numa casa com melhores condições do que as outras. É uma favela muito densa, a Estalagem. O que me atrai são as crianças a crescer naquele mundo, correm em cima de pedras, temos medo que caiam, mas elas não caem e, mesmo quando caem, levantam-se e continuam a brincar. Não têm carrinhos, não têm bonecas, há brincadeira de casinha de papai e mamã, uma coisa que apanham, uma rolha de Cuca, uma tampa da lata de inseticida para fazer o funge da areia. Fazem ali uma brincadeira. Às vezes dava-me para filmar porque é lindo demais, só que sinto aquela coisa da consciência. Depois do projeto Urbanismo pensei “mas isto é a vida das pessoas” não é propriamente arte o que estou a fazer. Se bem que chamo foto-instalação porque pego no Photoshop, instalo, e crio histórias. Mas é mais a vida das pessoas, portanto não me apetece continuar a produzir o Urbanismo e a trabalhar dessa forma.
E manipulava também com som.
Peguei em dois megafones e paguei às senhoras para gritarem “cebola, kiabo”. Queria dar a voz às vendedoras, mostrar ao mundo o que essas pessoas estão a passar.
Porquê o nome Toy Boy?
Em Luanda todo o mundo tem um nome de rua e eu tenho este desde criança. Nasci em fevereiro de 1976, na época do boom do pós-independência quando já estava tudo muito confuso. A minha mãe deu-me o nome Toy em homenagem ao meu pai que António Nbazela. Tinha fugido para a Zâmbia, sem dar notícia, estava escondido. Pensava-se que estava morto. Aparece cinco anos depois.
Mas porque fugiu?
Era um homem com muito democrata, era amigo do Daniel Chipenda tal como era amigo do Holden Roberto ou como era amigo do Savimbi, ou como casou com uma prima do José Eduardo dos Santos. Tinha uma mente muito democrata. Era professor e ensinava os políticos como se faz política. Mas se não eras uma pessoa familiarizada e ligada ao partido X, já não podias lidar com o partido Z, então isso foi muito complicado para uma mente já muito democrata como a do meu pai. Na época perseguiam e até matavam intelectuais.
O seu pai esteve escondido, reaparece e consegue reintegrar-se bem?
Aparece e vai trabalhar nas Nações Unidas, abre uma escola numa casa no Mártires do Kifangondo. Na época era preciso aptidões e ele passou a dar aulas particulares. Fui viver com ele. Enquanto dava aulas eu ficava a brincar com os filhos das pessoas que lá iam. A minha casa era onde todos vinham brincar. O meu pai fingia que não via que tinha havido bagunça. Tínhamos uma horta, um tanque que era a nossa piscina. Tinha liberdade.
E tomava bem conta da criança?
Muito bem. Até hoje não percebo como é que isto funcionou. O homem tinha muito power. Foi uma coisa muito diferente.
Então, voltando ao seu nome. Toy está explicado, porque adoptou o Boy?
Como se diz Manguxi para Agostinho Neto, todo mundo aqui tem um nome. Dão-me o nome de Toy Boy quando era criança na Praia do Bispo. Apesar de ser um nome que alude a um “menino para brincar”, fui descobrindo com o tempo que não era muito relevante, as pessoas sabiam que não era isso.
Vamos dando personalidade própria ao nome…
Mais informação sobre o artista pela Galeria Jahmekart.
Artigo originalmente publiado no WAAU